quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Igreja manifesta solidariedade às vítimas da tragédia em Santa Maria (RS)

O incêndio ocorrido em uma casa noturna da cidade de Santa Maria (RS) na madrugada deste domingo, 27 de janeiro, matou 231 pessoas e pelo menos 121 feridas, 80 delas em estado grave. O socorro às vítimas está sendo realizado em hospitais da cidade e também da capital, Porto Alegre.

Dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, enviou mensagem ao arcebispo de Santa Maria, dom Hélio Adelar Rupert, recordando que os jovens cariocas realizaram uma vigília na Catedral em que rezaram pelos falecidos, familiares e amigos das vítimas. “Nossos corações estão abalados com essa grande tragédia (...) que ceifou a vida de inúmeros jovens dessa cidade, em especial, dos estudantes da Universidade Federal de Santa Maria”.

Já o cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, pediu ao clero de sua Arquidiocese que celebrem missas em intenção das vítimas do incêndio. Em sua nota de pesar, expressou sua solidariedade e recordou que “a tristeza aumenta com a constatação de que a tragédia foi consequência de uma série de erros e omissões, certamente evitáveis, se tivessem sido observadas as normas de segurança prescritas”.

O bispo auxiliar de Porto Alegre, dom Jaime Spengler, que já atuou como referencial para a Juventude no Regional Sul 3 da CNBB, destinou mensagem aos familiares dos jovens falecidos. “Somos atingidos por sentimentos de dor e tristeza. Dor pela vida de tantos jovens; tristeza pelas famílias e amigos destes jovens. Por quê? Resta-nos neste instante o silêncio respeitoso; e, sobretudo, a prece solidária”.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte (MG), também disse, por meio de nota, estar unido em oração neste momento. "Que Nossa Senhora da Piedade cubra com seu manto de amor os pais e familiares destes jovens, nesse momento de dor e sofrimento enchendo os corações de esperança e fé".
A Comissão Episcopal para a Juventude da CNBB também emitiu Nota de solidariedade:
Ao nosso irmão Bispo Dom Hélio Adelar Rupert e à Igreja de Santa Maria (RS),
às famílias que choram os filhos mortos na tragédia,
aos jovens e às jovens que acreditam na vida e sonham com a felicidade.

Estamos todos atônitos! Sentimentos de dor e impotência se misturam e nos deixam confusos! Justamente no ano em que a Igreja do Brasil celebra a Juventude, como foco de suas atenções com diversos acontecimentos a seu favor, presenciamos esta tragédia.
Nós, que formamos a Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, queremos dizer que estamos com vocês nesta hora em que tudo parece perder sentido e a realidade só nos mostra morte e sofrimento. Não temos palavras humanas de consolação; mas nossas convicções de fé devem encontrar espaço especial neste momento para continuar sustentando a caminhada. É o próprio Jesus quem nos diz: “Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em Deus, tende fé em mim também. Na casa de meu Pai há muitas moradas [...] Vou preparar um lugar para vós [...] a fim de que onde eu estiver estejais também vós.” (Jo 14, 1-3).
Há poucas semanas a juventude de Santa Maria acolheu com entusiasmo e fé a Cruz da Jornada Mundial da Juventude: ninguém podia imaginar que pouco tempo depois vocês – e nós todos do Brasil! – estariam vivendo esta incompreensível experiência de dor. Sim, a morte é e permanece um mistério, sobretudo quando atinge os projetos e sonhos de tantos jovens, a quem a Igreja tem se dedicado com esmero.
Esforcemo-nos por colocar esta cruz na Cruz de Cristo, e vida nova surgirá, garantida por Aquele que não nos abandonou, principalmente no momento do mistério do sofrimento e da morte! E contemplemos aos pés daquela Sagrada Cruz a presença consoladora de sua Mãe, a Santa Maria! Não é para menos que o papa João Paulo II quis que o Ícone de Nossa Senhora acompanhasse a Cruz peregrina da Jornada Mundial da Juventude! Maria, que sabe a dor da perda de um filho, console todas as famílias que acabaram de perder seus filhos e filhas.
Rezamos por vocês e com vocês para poderem enfrentar e superar este momento. Que este acontecimento provoque, também, em toda sociedade e na Igreja um sério questionamento, se, realmente, estamos acreditando na juventude, apostando nela e defendendo sua vida. Projetos pastorais, políticas públicas, iniciativas populares necessitam estar mais voltadas às novas gerações. Proteger e defender a vida sempre, em qualquer lugar é testemunhar a fé: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá.” (Jo 11,25).
Comissão Episcopal Pastoral para Juventude – CNBB

Fonte: http://www.cnbb.org.br

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

FORMAÇÃO NÍVEL I


CONVITE...
FORMAÇÃO NÍVEL I - ENS
Dias: 09 e 10 de março de 2013
Vamos participar!!! 


 “Na equipe, os casais são aqueles que nos ajudam a subir mais alto para ver o Senhor, num espírito de entreajuda, para sermos capazes de superar os nossos limites... Não tenhamos ilusões: a riqueza da vida em equipe não vai depender do CRS, do SCE; também não vai depender do CRE. Irá depender exclusivamente de cada um, pois, tratando-se de uma comunidade, nela, como em qualquer outra, cada um tem as suas responsabilidades e o seu papel específico”.
Trechos da palestra do casal Conchas e Zé Guerra Tavares, no Encontro Nacional de Casais Responsáveis, realizado em Fátima/Portugal (11/1996)

“Só existe comunidade quando seus componentes se conhecem, se interessam uns pelos outros, se entreajudam e se amam”. 
(Pe. Mário J. Filho - CM agosto/95)



Amigos, em breve indicaremos o LOCAL, o PREGADOR e o VALOR da Formação Nível I.
Vamos participar é muito importante crescermos espiritualmente na proposta das ENS.
Abraços,
Roseli e Aguinaldo


sábado, 26 de janeiro de 2013

Homilia para casais - 27/01/2013



Receber para Transmitir...
Mons. José Maria Pereira
            Neste Ano da Fé, proclamado pelo Papa Bento XVI, somos convidados a revigorar a nossa fé e a  testemunha-la no nosso meio.
            O atual Compêndio do Catecismo da Igreja Católica diz que “crer em Deus é aderir ao próprio Deus, confiando nEle e assentindo a todas as verdades por Ele reveladas, porque Deus é a própria verdade” (nº 27). E ao falar das características da fé, diz que “a fé é um dom gratuito de Deus”... e “um ato humano, ou seja, um ato da inteligência do homem que, sob o impulso da vontade, movida por Deus, dá livremente o próprio consentimento à verdade divina” (nº 28).
            Trata-se, pois, de conhecer e aderir ao que Deus revela acerca de Si mesmo, bem como às verdades que comunica sobre o ser mais íntimo do homem...
            O Compêndio, no nº 28, prossegue: “a fé está em contínuo crescimento graças em particular à escuta da Palavra de Deus e à oração.”
            Essa escuta da Palavra de Deus é hoje realçada nas leituras bíblicas.
            Na Primeira Leitura (Ne 8, 2-10), encontramos o Povo reunido, em assembleia, lendo e estudando a Palavra de Deus.
            Já em solo judaico, um dos sacerdotes, Esdras, explica ao povo o conteúdo da Lei que tinham esquecido naqueles anos transcorridos em “terras estranhas”. Leu o livro sagrado desde o amanhecer até o meio dia, e todos, de pé, seguiam a leitura com atenção, e o povo inteiro chorava. É um pranto em que se misturam naqueles homens a alegria de reconhecerem novamente a Lei de Deus e a tristeza de perceberem que o seu antigo esquecimento da Lei fora a causa de que tivessem sido desterrados.
            A Palavra interpela e provoca no povo uma atitude de conversão.
            Diz Santo Agostinho: “ Devemos ouvir o Evangelho como se o Senhor estivesse presente e nos falasse. Não devemos dizer: “Felizes aqueles que puderam vê-Lo”. Porque muitos dos que O viram crucificaram-no; e muitos dos que não O viram creram nele. As mesmas palavras que saíam da boca do Senhor foram escritas, guardadas e conservadas para nós”.
            Em todas as épocas da história, sobretudo em épocas de crise, os homens voltaram a alimentar-se da Bíblia, procurando nela um sentido para a sua vida e o encontraram.
            S. Paulo afirma: “Toda Escritura inspirada por Deus é útil para instruir e refutar, para corrigir e formar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, qualificado para toda a espécie de boas obras”. (2Tm 15,4).
            Só se ama o que se conhece! Por isso, muitos cristãos reservam, todos os dias, alguns minutos para lerem e meditarem o Evangelho, e assim chegam espontaneamente a um conhecimento profundo e à contemplação de Jesus Cristo.
            Seria muito difícil amar a Cristo, conhecê-Lo de verdade, se não se escutasse frequentemente a Palavra de Deus; se não se lesse o Evangelho com atenção, todos os dias. Essa leitura – bastam cinco minutos diários - alimenta a nossa piedade.
            É urgente que tenhamos, cada vez mais, mais contato com a Palavra de Deus!
            O Compêndio do Catecismo da Igreja Católica afirma: “A Sagrada Escritura dá suporte e vigor à vida da Igreja. É para seus filhos firmeza da fé, alimento e fonte de vida espiritual. É a alma da teologia e da pregação pastoral...
            A Igreja exorta, por isso, à frequente leitura da Sagrada Escritura, porque a ignorância das escrituras é ignorância de Cristo” (nº 24).
            Dizia São João Crisóstomo: “Frequentemente, a ignorância é filha da preguiça.”
            A boa formação exige tempo e constância!
            Nunca devemos considerar-nos suficientemente formados, nunca devemos conformar-nos com o conhecimento de Jesus Cristo e dos seus ensinamentos que já possuímos. O amor pede que se conheçam mais coisas da pessoa amada. Na vida profissional, um médico, um arquiteto, um advogado, se querem ser bons profissionais, nunca dão por concluídos os seus estudos ao saírem da Faculdade; estão sempre em contínua formação. Com o cristão acontece o mesmo. Pode-se aplicar-lhe também aquela frase de S. Agostinho: “Disseste basta? Pereceste.”
            Para podermos dar a doutrina de Jesus Cristo, é preciso que a tenhamos no entendimento e no coração: que a meditemos e a amemos.
            Para adquirirmos a doutrina busquemos, além da Palavra de Deus, um conhecimento aprofundado do Catecismo da Igreja Católica, que neste Ano da Fé, está celebrando os seus vinte anos que foi promulgado pelo Beato Papa João Paulo II.
            A vida de fé leva a um fluxo contínuo de aquisição e transmissão das verdades reveladas: “Transmito-vos aquilo que recebi” (1 Cor 11,23). A fé da Igreja é fé viva, porque é continuamente recebida e entregue. De Cristo aos Apóstolos, destes aos seus sucessores.
            Com o salmistas repitamos: “Tua Palavra, Senhor, é lâmpada para meus pés, e luz para meu caminho” (Sl 119, 105).
            Ide e ensinai... , diz o próprio Cristo a todos nós!
            Que bons alto-falantes não teria o Senhor se todos os cristãos se decidissem - cada um no seu lugar - a proclamar a doutrina salvadora de Cristo, a ser elos dessa corrente que se prolongará até o fim dos tempos!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Palavra do fundador


Desejaria que vocês lembrassem disto: 
Uma Equipe de Nossa Senhora não é, apenas, um grupo de casais onde se pratica o amor fraterno, mas onde nós nos iniciamos nele. E é uma iniciação forte. No diálogo, com os demais, aprendemos a conhecer a nós mesmos, e o que se descobre não é sempre agradável. Vemo-nos como que obrigados a fazer aprendizado das virtudes difíceis. Quantas vezes, para termos ânimo para perseverar, será necessário deixar retumbar em nós mesmos, de novo, as palavras de Cristo: "Meus filhos, amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado"!

Pe. Henri Caffarel
Fundador do Movimento das Equipes de Nossa Senhora
Texto extraído do livro "Centelhas de sua Mensagem"

Padre Quinha...


Queridos irmãos equipistas 

Perdemos um amigo, mas ganhamos um  grande intercessor no céu.
 Um santo homem! 
Abraços fraternos,
Beto e Teresa
Equipe 01 - CP

domingo, 20 de janeiro de 2013

Padre Quinha foi sepultado em Itaipava

MISSA DE 7º DIA DE FALECIMENTO DO PADRE QUINHA



Queridos amigos equipistas

No próximo dia 24 de janeiro, QUINTA-FEIRA, às 19h30min, na Paróquia de Madame Machado, Petrópolis, RJ, será realizada a Missa de Sétimo dia de falecimento de nosso querido Sacerdote Conselheiro Espiritual das ENS, o Padre Quinha.

Na oportunidade, serão recolhidas doações de ajuda às obras sociais do Padre Quinha, tais como 1 kg de alimentos não perecíveis, material de limpeza, higiene pessoal ou cestas básicas.

Somos chamados a participarmos desse momento e, se possível, colaborarmos na mobilização para mantermos viva a obra de nosso querido Padre Quinha.

Um abraço a todos,

Roseli e Aguinaldo.
CRS


sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Padre Quinha...


Queridos amigos,

Com pesar, vimos a notícia ser divulgada no RJTV do meio dia. Apesar da pouca convivência, aprendemos a adimirar e respeitar Pe Quinha pela sua imensa generosidade e espiritualidade. Pessoa ímpar, um santo, que com certeza já está junto ao Pai, na comunhão dos santos, intercedendo por todos nós.

Fiquem com Deus,
Sandra e Bento

Padre Quinha...


Queridos,

Ha poucos dias ainda falávamos e lembrávamos do tao querido Pe. Quinha. E rezávamos a Ave Maria que ele tanto acreditava e nos ensinou a rezar de uma forma diferente. Com certeza mais um santo no ceu, intercedendo por nos e pelas ENS. 

Um grande beijo para todos
Ana Lucia e José Proença

Padre Quinha...Amado da Mãe!

Agradecemos a este sacerdote pela amizade, o amor, a presença e a direção em nossas vidas.
Desde o tempo de "grupo jovem"!
Na celebração de nosso matrimônio!
Nas dificuldades em família e nas muitas alegrias!
Na caminhada a frente do Setor Itaipava.
Meu coração chora em luto, mas a alma rejubila de alegria pela oportunidade de conviver com um HOMEM que não poupou esforços em ir ao encontro do outro, do mais necessitado!
Um homem que ousou o Evangelho de Jesus Cristo, indo além do programado.
Nós amamos o Padre Quinha!
AVE MARIA...

Grande abraço,
Roseli e Aguinaldo 

Diocese de Petrópolis comunica falecimento do Padre Quinha


Padre Quinha estava na casa da família, quando sofreu um enfarto fulminante na madrugada de hoje, vindo a falecer.
O corpo será levado hoje para Igreja Santa Luzia, na Laginha, em Itaipava, onde fica até às 20h, quando será transladado para a Igreja São José de Itaipava.
Amanhã, às 11 horas, o Bispo Diocesano, Dom Gregório Paixão, vai presidir a missa de corpo presente e em seguida acontece o sepultamento.

Fonte: http://www.diocesepetropolis.org.br/artigos/?p=1973

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

20/01/2013 - Homilia dominical


O Primeiro Milagre
Mons. José Maria Pereira

Após as festas natalinas, inicia o Tempo Comum, em que revivemos os principais Mistérios da Salvação.
O Evangelho (Jo 2, 1-11) fala das Bodas de Caná. O motivo da escolha deste texto, para este domingo – o segundo depois da Epifania – é explicado na frase conclusiva: Jesus, em Caná da Galiléia, deu inicio aos sinais e manifestou sua glória e seus discípulos creram nele (Cf. Jo 2, 11).
Em Caná aconteceu uma nova epifania de Jesus: ele se manifestou como havia se manifestado no início aos magos e a João Batista no Batismo do Jordão.
Segundo o costume da época a festa, o banquete, durava oito dias. Depois de alguns dias começou a faltar o vinho; a alegria daqueles esposos e de sua família estava ameaçada...
Maria percebe a situação, e disse a Jesus, em tom aflito: “Eles não têm mais vinho”. Jesus opôs um pouco de resistência, mas depois fez o milagre: Da água soube tirar um novo vinho para continuar a festa. A presença de Jesus salvou a alegria dos esposos e permitiu que a festa continuasse.
Acontece em todo casamento aquilo que aconteceu nas Bodas de Caná; começa no entusiasmo e na alegria; o vinho é o símbolo, precisamente, desta alegria e do amor recíproco que lhe é a causa. Mas este amor e esta alegria – como o vinho de Caná – com o passar dos dias e dos anos, consome-se e começa a faltar; todo sentimento humano, exatamente porque humano, é recessivo, tende a consumir-se e a se exaurir; então desaba sobre a família uma nuvem de tristeza e desgosto; aos convidados para as bodas que são os filhos, não se tem mais nada a oferecer, a não ser o próprio cansaço, a própria frieza recíproca e muitas vezes a própria amarga desilusão. Falhas cheias de água. O fogo para o qual tinham vindo para se aquecer vai se apagando e todos procuram outros fogos fora dos muros da casa para aquecer o coração com um pouco de afeto.
Há remédio para esta triste perspectiva ? Sim, o mesmo remédio que houve em Caná da Galiléia: Convidar Jesus para as bodas! Se ele for de casa, a ele se poderá recorrer quando enfraquecerem o entusiasmo, a atração física, a novidade, enfim, o amor com que se tinha começado como namorados, porque da água da “rotina”, ele saberá fazer brotar, pouco a pouco, um novo vinho melhor do que o primeiro, isto é, um novo tipo de amor conjugal, menos efervescente do que o da juventude, mas mais profundo, mais duradouro, feito de compreensão, de conhecimento mútuo, de solidariedade, feito também de muita capacidade de se perdoar.
Convidar Jesus para o próprio matrimônio! Sim, isto significa reconhecer desde o tempo de namoro que o matrimônio não é uma questão privada entre um homem e uma mulher, em que a religião e o padre devem entrar somente para pingar sobre nós um pouco de agra benta ou para lhe dar um pouco de prestígio exterior com órgão, flores e tapete, mas é uma vocação, um chamado para realizar, de certa forma, a própria vida e o próprio destino; vocação que vem de Deus cuja norma e cuja força devem orientar a vida do casal.
Merecem ser destacadas as palavras de Maria: “Eles não tem mais vinho”; “Fazei o que ele vos disser” (Jo 2, 3.5).
“Em Caná, ninguém pede à Santíssima Virgem que interceda junto de seu Filho pelos consternados esposos. Mas o coração de Maria, que não pode deixar de ser compadecer dos infelizes, impele-a a assumir, por iniciativa própria, o ofício de intercessora e a pedir ao Filho o milagre. Se a Senhora procedeu assim sem que lhe tivessem dito nada, que Teria feito se lhe tivessem pedido que interviesse?” (Sto. Afonso Maria de Ligório). Que não fará quando – tantas vezes ao longo do dia! – lhe dizem “rogai por nós” ? Que não iremos conseguir se recorremos a Ela ?
“Maria põe-se de permeio entre o seu Filho e os homens na realidade das suas privações, das suas infigências e dos seus sofrimentos. Maria faz-se de Medianeira, não como uma estranha, mas na posição de Mãe, consciente de que como tal pode – ou antes, tem o direito de – tornar presentes ao Filho as necessidades dos homens” (Beato João Paulo II).
Jesus não nos nega nada; e concede-nos de modo particular tudo o que lhe pedimos através de sua Mãe.
Maria continua dizendo a nós, seus filhos: “Fazei o que Ele vos disser”.

EACRE/2013


Queridos casais equipistas

Contamos com as orações de todos para o nosso EACRE/2013, que ocorrerá neste final de semana
 (dias 19 e 20/01) e no próximo (26 e 27/01) em nossa 
cidade de Petrópolis/RJ.
Na ocasião acolheremos os casais responsáveis de equipe da Região Rio II, o SCE da Região – Padre Carlos Henrique, o CRP Leste Beth e Carlos Alberto e também o SCE da Província – Frei Arthur.
Em especial, teremos os CRE do Setor Itaipava presentes:
Equipe 01 - Ivanete e Valmick
Equipe 02 - Cassia Valéria e Carlinhos
Equipe 04 - Roney e Paulane
Equipe 05 - Simone e Quima 
Estejamos em oração para que o Espírito de Deus 
possa se manifestar no meio de nós.

Amém!
Grande abraço,
Roseli e Aguinaldo
CRS

sábado, 12 de janeiro de 2013

Homilia dominical - 13/01/2013



O Batismo de Jesus
Mons. José Maria Pereira
A Festa do Batismo do Senhor, celebrada no Domingo depois da Epifania encerra o ciclo das Festas da Manifestação do Senhor, o ciclo de Natal. Comemoramos o Batismo de Jesus por São João Batista nas águas do rio Jordão. Sem ter mancha alguma que purificar, Jesus quis submeter-se a esse rito tal como se submetera às demais observâncias legais que também não o obrigavam.
            O Senhor desejou ser batizado, diz Santo Agostinho, “para proclamar com a sua humildade o que para nós era uma necessidade”. Com o batismo de Jesus, ficou preparado o Batismo cristão, diretamente instituído por Jesus Cristo e imposto por Ele como lei universal no dia da sua Ascensão: Todo poder me foi dado no céu e na terra, dirá o Senhor; ide, pois, ensinai a todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo (Mt 28, 18-19).
O dia em que fomos batizados foi o mais importante da nossa vida, pois nele recebemos a fé e a graça. Antes de recebermos o batismo, todos nós nos encontrávamos com a porta do Céu fechada e sem nenhuma possibilidade de dar o menor fruto sobrenatural.
Devemos agradecer a Deus a Graça do Batismo. Agradecer que nos tenha purificado a alma da mancha do pecado original, bem como de qualquer outro pecado que tivéssemos naquele momento. A água batismal significa e atualiza de um modo real o que é evocado pela água natural: a limpeza e a purificação de toda a mancha e impureza.
“Graças ao sacramento do Batismo tu te converteste em templo do Espírito Santo: não te passe pela cabeça – exorta São Leão Magno – afugentar com as tuas más ações um hóspede tão nobre, nem voltar a submeter-te à servidão do demônio, porque o teu preço é o sangue de Cristo.”
Na Igreja, ninguém é um cristão isolado. A partir do Batismo, o cristão passa a fazer parte de um povo, e a Igreja apresenta-se como a verdadeira família dos filhos de Deus. O batismo é a porta por onde se entra na Igreja.
“E na Igreja, precisamente pelo Batismo, somo todos chamados à santidade” (LG 11 e 42), cada um no seu próprio estado e condição. A chamada à santidade e a conseqüente exigência de santificação pessoal são universais: todos, sacerdotes e leigos, estamos chamados à santidade; e todos recebemos, com o batismo as primícias dessa vida espiritual que, por sua própria natureza, tende à plenitude. É importante lembrar o caráter sacramental do Batismo “um certo sinal espiritual e indelével” impresso na alma no momento (Dz, 852). É como um selo que exprime o domínio de Cristo sobre a alma do batizado. Cristo tomou posse da nossa alma no momento em que fomos batizados. Ele nos resgatou do pecado com a sua Paixão e Morte.
Com estas considerações é fácil compreender porque é de desejar que as crianças recebam logo o batismo. Desde cedo a Igreja pediu aos pais que batizassem os seus filhos quanto antes. É uma demonstração prática de fé. Não é um atentado contra a liberdade da criança, da mesma forma que não foi uma ofensa dar-lhe a vida natural, nem alimentá-la, limpá-la, curá-la, quando ela própria não podia pedir esses bens. Pelo contrário, a criança tem direito a receber essa graça. No Batismo está em jogo um bem infinitamente maior do que qualquer outro: a graça e a fé; talvez a salvação eterna. Só por ignorância e por uma fé adormecida se pode explicar que muitas crianças sejam privadas pelos seus próprios pais, já cristãos, do maior dom da sua vida.
Também nós fomos marcados pelo Espírito Santo. No batismo ele, derramou-se sobre nós. Fomos chamados a viver seguindo o Espírito. Isto significa um ato de fé na presença atuante do Espírito Santo em nós. Implica uma disponibilidade para deixar-se conduzir por ele a fim de realizar uma missão como a de Cristo.
Em virtude do batismo somos chamados a ser discípulos e missionários de Jesus Cristo. Como diz o Doc. de Aparecida nº 209: “Os fiéis leigos são os cristãos que estão incorporados a Cristo pelo batismo que formam o povo de Deus e participam das funções de Cristo: sacerdote, profeta e rei. Realizam, segundo a sua condição, a missão de todo o povo cristão na Igreja e no mundo. São homens da Igreja no coração do mundo e homens do mundo no coração da Igreja.”
“Enquanto batizado, o homem deve sentir-se enviado pela Igreja a todos os campos de atividade que constituem sua vocação e missão, para dar testemunho como discípulo e missionário de Jesus Cristo...” (nº 460 do Doc. de Aparecida).

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O amor é essa capacidade de ver o outro de forma diferente




O amor só pode ser eterno à medida em que vivermos a conquista do outro todos os dias. E isso só vai acontecer a partir do momento em que o amor de Deus incendiar a nossa vida. 

O amor é essa capacidade de ver o outro de forma diferente. No meio de tanta gente, alguém se torna especial para você e você se aproxima. Amar é começar a descobrir que, numa multidão, alguém não é multidão. O amor é essa capacidade de retirar alguém do lugar comum, para um lugar dedicado, especial. Alguém descobriu uma sacralidade em você.

Quando alguém se aproximou, foi porque você gerou um encanto. O outro se sentiu melhor quando se aproximou de você. A beleza da totalidade que você tem faz ele melhor. A primeira coisa que o amor esponsal e conjugal cura são as orfandades que a vida nos colocou.

Namoro tem de começar assim: “Tira as sandálias dos pés, eu não sou um território qualquer”. O primeiro encanto tem de ser essa consciência de que se Deus lhe deu esta pessoa, Ele é dono antes de você.

O amor quando não é amor, vira competição, disputa; por isso ele é iniciado e mantido em Deus; será sempre um amor de promoção do outro.

O casamento é um encantamento pelo o outro, o qual vai ganhando sentido quando o vou conhecendo. O amor para ser verdadeiro tem de passar pelas fases da descoberta. Você tem que saber quem é o outro. 

A grande lição para quem se casa é esta: todos os dias você precisa se aproximar do outro e descobrir o motivo para continuar o respeito e a alegria de estar diante dele.

Casamento em que o outro é opressão, não é amor. O amor leva para o alto! Se vocês não se promovem mais, significa que estão esquecendo a vocação primeira do matrimônio: o de acender o fogo do amor, da dignidade e da felicidade nele.

O sexo errado na vida de um casal é a porta por onde o diabo pode entrar para fazer do parceiro um objeto. Cuidado com o que vocês trazem para a vida sexual de vocês, para não fazer o outro se sentir um objeto, uma prostituta (o).

Não levem para vida sexual instrumentais diabólicos. Que coisa ridícula a mulher se vestir de 'coelhinha' ou o marido de 'batman' ou sei lá mais o quê. E ainda vem com a desculpa de dizer que isso é para 'incrementar' a relação. Se o amor que você tem por ela não for o melhor incremento, esqueça!

Sejam criativos sim, mas sem perder a dignidade. A maior criatividade da vida sexual e para que vocês se sintam amados é carinho, afeto, dedicação!

Cuidado! A roupa de coelhinha, professorinha etc., pode fazer seu marido esquecer que você é sagrada. Cuidado com essa mentalidade mundana que está transformando as mulheres e homens em objeto. O incremento da vida sexual é carinho, afeto, dedicação. Isso nos faz sentir amados! Se não tem amor, depois do prazer você joga o outro fora. O amor do outro tem que promover na sua dignidade. 

O único objetivo que o diabo tem é apagar nossa dignidade. Se você faz parceria com ele, o seu casamento está em risco.

Este corpo que você está abraçando é território santo, é vida que precisa continuar iluminada e digna.


Padre Fábio de Melo






Padre Fábio de Melo, sacerdote da Diocese de Taubaté, mestre em teologia, cantor, compositor, escritor e apresentador do programa "Direção Espiritual" na TV Canção Nova.



Fonte: site www.cancaonova.com.br - canal da formação.

sábado, 5 de janeiro de 2013

A festa da fé - Homilia para casais


A FESTA DA FÉ
Mons. José Maria Pereira



A Igreja celebra hoje a manifestação de Jesus ao mundo inteiro. Epifania significa “manifestação”; e os Magos representam os povos de todas as línguas e nações que se põem a caminho, chamados por Deus, para adorar Jesus.

Na Vinda dos Magos a Belém, Jesus inicia a reunião de todos os povos (Ev. Mt 2, 1-12).
O Profeta Isaías (Is 60, 1-6) descreve a glória de Jerusalém para quem se levanta uma grande luz. Esta luz é Cristo, o Messias Salvador. Ele será luz para Jerusalém e para a nova Jerusalém, a Igreja e toda a humanidade.

A festa da Epifania incita todos os fiéis a partilharem dos anseios e fadigas da Igreja que “ora e trabalha ao mesmo tempo, para que a totalidade do mundo se incorpore ao Povo de Deus, Corpo do Senhor e Templo do Espírito Santo” (LG. 17). Aqui temos o plano de Deus de fazer toda a humanidade participante da salvação em Cristo! Esta é a boa-nova, o Evangelho. Por isso, devemos hoje dar graças a Deus por nossa vocação cristã.

Para que isso aconteça é preciso que trilhemos o caminho dos Magos. Qual será este caminho? Primeiramente é preciso estarmos atentos aos sinais de Deus e termos o desejo de adorá-Lo.

“Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-Lo” (Mt 2,2). Em segundo lugar, é preciso procurá-Lo, onde Ele se encontra! Depois, é preciso partir sempre de novo, recomeçar, sair à procura! Então, a estrela há de aparecer e pousar sobre o lugar onde se encontra o Menino. Serão momentos de grande alegria!

Quem encontra Jesus Cristo muda de caminho. Toma outro caminho. Um caminho novo, o caminho de Jesus Cristo que se apresenta como o Caminho (Jo 14,6).

Importa seguir a estrela que pousará onde está Jesus Cristo. Precisamos estar atentos à estrela! A estrela são todos os sinais de Deus para que encontremos o Messias Salvador. A Palavra de Deus, os Sacramentos, o Magistério da Igreja, uma palavra do sacerdote ou de pessoas amigas, os acontecimentos da vida. Devemos estar atentos para perceber a presença da estrela. E mais: somos chamados a sermos estrelas, que vão indicando o caminho ao próximo para que ele encontre o Messias Salvador. Há muitas maneiras de sermos estas estrelas, dando testemunho de Jesus Cristo. Isso na família, na Igreja e na sociedade.

Cada pessoa humana necessita de estrelas que iluminem o seu caminho para o bem, para Deus.
Os Magos, ao chegarem a Belém, ajoelharam-se diante do Menino e O adoraram. Abriram os seus cofres e lhe ofereceram presentes... Não voltaram a Herodes, retornaram por outro caminho (Mt. 2, 11-12).

O encontrar Deus no menino transforma a vida das pessoas (um chamado à conversão). Já não podem voltar a Herodes (mal). Voltarão por outro caminho à sua região (Vida nova!).

Os Magos ofereceram ouro, incenso e mirra. O ouro quer expressar o reconhecimento do poder régio de Jesus; o incenso, a confissão de sua divindade e a mirra, o testemunho de que Ele se fizera homem para a redenção do mundo.

A Epifania é a festa da fé e do apostolado da fé. “Participam desta festa tanto os que já chegaram à fé como os que se põem a caminho para alcançá-la. Participa desta festa a Igreja, que cada ano se torna mais consciente da amplitude da sua missão. A quantos homens é necessário levar ainda a fé! Quantos homens é preciso reconquistar para a fé que perderam, numa tarefa que é às vezes mais difícil do que a primeira conversão! No entanto, a Igreja, consciente desse grande dom, o dom da Encarnação de Deus, não pode deter-se, não pode parar nunca. Deve procurar continuamente o acesso a Belém para todos os homens e para todas as épocas. A Epifania é a festa do desafio de Deus” (Beato João Paulo II, Homilia 6/1/1979).

Sejamos fiéis à nossa vocação cristã! Todo cristão autêntico está sempre a caminho no próprio e pessoal itinerário de fé e, ao mesmo tempo, com a pequena luz que traz dentro de si, pode e deve servir de ajuda para quem se encontra ao seu lado e, talvez, sente dificuldade de encontrar a estrada que conduz a Cristo.