terça-feira, 29 de setembro de 2015

Experiência Comunitária

Nossa sétima reunião da Experiência Comunitária, da província 04 região 0423, Rio de Janeiro setor de Itaipava, foi realizada na casa dos nossos irmãos Rose e Marcio no dia 25 de setembro. Nesta reunião, além de contarmos com a presença do sacerdote Pe. Brandão e de todos os casais, recebemos a visita do casal responsável pelo setor Marco Antonio e Janete. Neste encontro partilhamos sobre os frutos referentes ao tema da última reunião. Após a partilha fizemos a leitura e um bate papo sobre o novo tema e assumimos novos propósitos para o mês de outubro.
A cada reunião descobrimos novas “ferramentas” que nos aproximam ainda mais de Deus como individuo e principalmente como casal: Assumir compromisso, intimidade com Deus na oração, Santa Missa e o diálogo entre o casal, vão fortificando o relacionamento com o cônjuge e com o Nosso Senhor.


Que Nossa Senhora do Amor Divino possa interceder por nós para continuarmos neste caminho de busca de santidade. 

Bruno e Catia. 

domingo, 27 de setembro de 2015

Missa Mensal dia 27/09/2015 Paróquia Nossa Senhora das Dores - Areal





























































Hoje fomos muito bem acolhidos pelo Pe. Bruno e a comunidade de Areal, ficamos muito gratos e felizes com participação dos casais equipistas em nossa missa do Setor.

Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!


Janete  e Marco Antônio CRS ITAIPAVA



sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Homilía Dominical dia 27/09/2015 - Mc 9,38-48

A Missão de Todos

Mons. José Maria Pereira 


O Evangelho (Mc 9,38-48) relata-nos que João aproximou-se de Jesus para dizer-lhe que tinham visto uma pessoa que expulsava os demônios em nome d’Ele. Como não era do grupo que acompanhava o Mestre, tinham-no proibido de fazê-lo.Jesus respondeu-lhes:”Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. Estão com ciúme! Jesus reprova a intransigência e a mentalidade exclusivista e estreita dos discípulos, e abri-lhes o horizonte e o coração para um apostolado universal, variado e diversificado.
Diz Jesus: “Quem não é contra nós é a nosso favor.” E, para testemunhar que tudo aquilo que se faz em Seu nome tem sempre algum merecimento, acrescenta: “Se alguém vos der a beber um copo de água, porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa.” A mais insignificante obra de misericórdia feita por amor a Cristo terá a recompensa, ainda que seja feita por alguém que ainda não pertence à comunidade. E, se é feita em favor dos irmãos ou de quem, na Igreja, é representante do Senhor, Ele aceitará e recompensará como se fosse feita a Si mesmo (Mt 10, 40-42).
Quem vos der a beber um copo de água porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa, disse Jesus. O valor e o mérito das obras boas está principalmente no amor a Deus com que se realizam: “Um pequeno ato, feito por Amor, quando não vale!” (Caminho, 814). Deus recompensa, sobretudo, as ações de serviço aos outros, por pequenas que pareçam: “Vês esse copo de água ou esse pedaço de pão que uma mão caritativa dá a um pobre por amor de Deus? Pouca coisa é na realidade e quase não estimável para o juízo humano; mas Deus recompensa-o e concede imediatamente por isso aumento a caridade” (Tratado do amor de Deus, livro 3, cap. 2).
Jesus, depois de ter ensinado a obrigação de evitar o escândalo aos outros, coloca agora as bases da doutrina moral cristã sobre a ocasião de pecado; a doutrina do Senhor é imperiosa: o homem está obrigado a afastar e evitar a ocasião próxima de pecado, como o próprio pecado, segundo o que já tinha dito Deus no Antigo Testamento: “O que ama o perigo cairá nele” (Eclo 3, 26-27). O bem eterno da nossa alma é superior a qualquer estima de bens temporais. Portanto, tudo aquilo que nos põe em perigo próximo de pecado deve ser cortado e arrancado de nós. Esta forma de falar – tão gráfica- do Senhor deixa bem claro a gravidade dessa situação.
Nós, cristãos, não temos mentalidade de partido único, de quem condena formas apostólicas diferentes daquelas que, por formação e modo de ser, se sente chamado a realizar. A única condição -dentro da grande variedade de modos de levar Cristo às almas - é a unidade no essencial, naquilo que pertence ao núcleo fundamental da Igreja.
Quais os critérios para discernirmos se uma determinada associação mantém a comunhão com a Igreja? Entre os critérios, diz o São João Paulo II, encontra-se a
primazia que se deve dar à vocação de cada cristão para a santidade, que tem como fruto principal a plenitude de vida cristã e a perfeição da caridade. Neste sentido, as associações de leigos estão chamadas a ser instrumento de santidade na Igreja.
Outro critério apontado pelo Papa é o apostolado, que deve antes de mais nada proclamar a verdade sobre Cristo, sobre a Igreja e sobre o homem, em filial obediência ao Magistério da Igreja que a interpreta autenticamente. Trata-se de uma participação no fim sobrenatural da Igreja, que tem como objetivo a salvação de todos os homens. Todos os cristãos participam desse único fim missionário...
Se somos cristãos verdadeiros, embora às vezes sejamos muito diferentes uns dos outros, nos sentiremos comprometidos a levar para Deus a sociedade em que vivemos e da qual fazemos parte. E nos será fácil aceitar modos de ser e de atuar bem diferentes dos nossos. Como nos alegramos de que o Senhor seja anunciado de formas tão diversas! Isto é o que realmente importa: que Cristo seja conhecido e amado.
O Evangelho (Boa Nova) deve chegar a todos os cantos da terra! E para o cumprimento desta tarefa, o Senhor conta com a colaboração de todos: homens e mulheres, sacerdotes e leigos, jovens e anciãos, solteiros e casados, religiosos... conforme tenham sido chamados por Deus, com iniciativas que nascem da riqueza da inteligência humana e do impulso sempre novo do Espírito Santo.
Todo cristão é chamado a dilatar o Reino de Cristo, e qualquer circunstância é boa para levar a cabo essa tarefa. Diz o Concílio Vaticano II: “onde quer que o Senhor abra uma porta à palavra para proclamar o mistério de Cristo a todos os homens, anuncie-se com confiança e sem cessar o Deus vivo e Jesus Cristo, enviado por Ele para a salvação de todos” (Decreto Ad Gentes,13).
“Conservemos a doce e reconfortante alegria de evangelizar, mesmo quando temos de semear entre lágrimas” (Papa Paulo VI, Evangelii Nuntiandi).
Nós, que recebemos o dom da fé, sentimos a necessidade de comunicá-la aos outros, fazendo-os participar do grande achado da nossa vida. Esta missão como se vê na vida dos primeiros cristãos, não é da competência exclusiva dos pastores de almas, mas tarefa de todos, de cada um segundo as suas circunstâncias particulares e a chamada que recebeu do Senhor.
É nesta direção que o Doc. de Aparecida nos aponta: “Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-Lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e nos escolher” (A,18)
Celebramos hoje o DIA DA BÍBLIA.
A Palavra de Deus sempre nos oferece uma luz para as mais diversas situações de nossa vida. “Por isso, como discípulos e missionários de Jesus, queremos e devemos proclamar o Evangelho, que é o próprio Cristo. Os cristãos somos portadores de boas novas para a humanidade, não profetas de desventuras” (Doc. de Aparecida,30).


quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Missa Mensal - 27 de Setembro - 10h AREAL



      Movimento de Espiritualidade Conjugal
Missa Mensal



Convidamos todos os casais equipistas do Setor Itaipava, a participarem da Missa Mensal em ação de graças pelo movimento das Equipes de Nossa Senhora, a realizar-se no dia 27 de Setembro de 2015 – na Matriz Nossa Senhora das Dores –  Areal  - às 10h

“O Poderoso fez em mim maravilhas, e Santo é o seu nome!”

Abraço fraterno, esperamos por vocês

                              Janete e Marco Antônio

CRSetor Itaipava

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Reunião PILOTAGEM - Equipe 09

Foi com muita alegria que no domingo dia 20, os casais da Equipe 09
(Nossa Senhora Aparecida)  se reuniram para a 1ª Meditação do Tema da Pilotagem.
O casal anfitrião Fabinho e Flávia, abriram as portas de sua casa para acolher toda equipe. O casal animador Eduardo e Lucilene trabalharam muito bem o tema da Comunidade através de uma breve dinâmica e reflexão do tema. O SCE Pe. Anderson, fechou com chave de ouro, dando uma bela catequese sobre a Palavra meditada pelos casais.
Foi um momento muito forte de oração e partilha dos casais, trazendo grande crescimento na vida matrimonial de cada um de nós.
Que Nossa Senhora Aparecida rogue pelo matrimônio de cada um! O Poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome!


Gustavo e Eliene (Casal Piloto)






quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Homilía Dominical dia 19/09/2015 Mc 9, 30-37





Quem é o maior?
Mons. José Maria Pereira

            No Evangelho (Mc 9, 30-37), São Marcos relata-nos que Jesus atravessa a Galiléia com os discípulos, e pelo caminho anuncia-lhes sua paixão e morte e dá-lhes uma lição de humildade e serviço.
            Dizia-lhes com toda a clareza: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão, e Ele ressuscitará ao terceiro dia”. Mas os discípulos, que tinham formado outra ideia acerca do futuro reino do Messias, não compreendiam estas palavras e temiam interrogá-lo. Enquanto Jesus anuncia a sua paixão um fato que nos chama a atenção é atitude dos discípulos que discutem entre si “qual deles era o maior.”
            Por isso, ao chegarem a Cafarnaum, quando estavam em casa, Jesus questiona o assunto da conversa: “o que vocês estavam discutindo pelo caminho? Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior.”
            Como naquele momento com os apóstolos, hoje também, Jesus precisa colocar diante de nós uma criança e dizer-nos sempre de novo: “Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último e aquele que serve a todos. Aquele que receber uma destas crianças por causa de meu nome, a mim recebe” (Mc 9, 35-36).
            Jesus não nega o desejo existente no coração humano de ser grande, de ser o primeiro. Dá, porém, a chave para consegui-lo. Trata-se de imitar o Filho do Homem no seu mistério pascal. Morrer e ressuscitar, entregando-se por amor. Para ser o primeiro devemos ser o último , aquele que serve a todos. E para servir a todos é preciso morrer a si mesmo, aos próprios interesses, aos critérios de poder e de grandeza humanos.
            Servir a todos é acolher a uma criança pelo valor que nela existe, é empregar tempo no serviço àqueles que como uma criança no tempo de Cristo, e hoje, não têm importância, não podem dar recompensa, não têm meios de compensar as nossas ações feitas.
            Quem entendeu realmente este ensinamento de Jesus Cristo, começa a ver as coisas de modo diferente. Não mais na visão meramente humana. Em vez de pensar em si mesmo, começa a ver a necessidade do próximo.
            Para alcançarmos essa meta, para termos a visão sobrenatural das coisas, dos acontecimentos, precisamos da virtude da humildade. O que considera pouca coisa diante de Deus, o humilde, vê; o que está contente com o seu próprio valor não percebe o  sobrenatural.
            A humildade é uma virtude básica. É a virtude básica! “Pela senda da humildade vai-se a toda parte..., fundamentalmente ao Céu.” (Sulco, 282).
            A oração é verdadeira quando regada pela humildade. Esta é o fundamento da oração. De onde falamos nós ao rezar? Das alturas de nosso orgulho e vontade própria, ou das “profundezas” (Sl 130,14) de um coração humilde e contrito? Quem se humilha será exaltado. “Não sabemos o que pedir como convém” (Rm 8,26). A humildade é a disposição para receber gratuitamente o dom da oração; o “homem é um mendigo de Deus” (Santo Agostinho). “A oração é a elevação da alma a Deus ou o pedido a Deus dos bens convenientes”.
            Ensinou Santa Terezinha: “oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado ao céu, um grito de reconhecimento e amor no meio da provação ou no meio da Igreja.”
            Acredito ser oportuno meditar, fazer um exame de consciência para saber como estamos vivendo a virtude da humildade.
            Os santos nos ensinam a adquirir a virtude básica de nossa vida cristã!
            “Deixa-me que te recorde, entre outros, alguns sinais evidentes de falta de humildade: - pensar que o que fazes ou dizes está mais bem feito ou dito do que aquilo que os outros fazem ou dizem;                                                                                   - querer levar sempre a tua avante;
            -discutir sem razão ou – quando a tens – insistir com teimosia e de maus modos;
            - dar o teu parecer sem que to peçam, ou sem que a caridade o exija;
            -desprezar o ponto de vista dos outros;
            - não encarar todos os teus dons e qualidades como emprestados;
            -não reconhecer que és indigno de qualquer honra e estima, que não mereces sequer a terra que pisas e as coisas que possuis;
            - citar-te a ti mesmo como exemplo nas conversas;
            - falar mal de ti mesmo, para que façam bom juízo de ti ou te contradigam;
            - desculpar-te quando te repreendem;
            -ocultar ao Diretor algumas faltas humilhantes, para que não perca o conceito que faz de ti;
            -ouvir com complacência quando te louvam, ou alegrar-te de que tenham falado bem de ti;
            -doer-te de que outros sejam mais estimados do que tu;
            - negar-te a desempenhar ofícios inferiores;
            -procurar ou desejar singularizar-te;
            -insinuar na conversa palavras de louvor próprio ou que deem a entender a tua honradez, o teu engenho ou habilidade, o teu prestígio profissional...;
            -envergonhar-te por careceres de certos bens...(São Josemaria Escrivá, Sulco, 263).  
            Deus resiste aos soberbos! “... dispersou os que têm planos orgulhosos... e exaltou os humildes” (Lc 1, 51-52).
            Peçamos continuamente: “Jesus manso e humilde de coração fazei o nosso coração semelhante ao vosso”!
            “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos” (Mc 9, 35).
            Maior é aquele que serve! Na comunidade cristã, a única grandeza é a grandeza de quem, com humildade e simplicidade, faz da própria vida um serviço aos irmãos.
            Aquilo que nos deve mover é a vontade de servir e de partilhar com os irmãos os dons que Deus nos concedeu.


sábado, 12 de setembro de 2015

PRIMEIRA REUNIÃO - EXPERIÊNCIA COMUNITÁRIA

Primeira Reunião da mais nova Experiência Comunitária do nosso setor, realizada no dia 11 de Setembro.
Tendo como SCE o Pe. João Rosa e casal coordenador: Rosana e Sérgio.

Deus os abençoe e Nossa Senhora esteja a frente desta experiência. 

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Homilía Dominical dia 13/09/2015 - (Mc 8,27-35)

Resposta de Pedro
Mons. José Maria Pereira 


O Evangelho (Mc 8, 27-35) nos apresenta Jesus com os seus discípulos em Cesareia de Filipe. Enquanto caminham, Jesus pergunta aos Apóstolos: “Quem dizem os homens ser o Filho do homem?” E depois que eles apresentaram as várias opiniões que as pessoas tinham, Jesus pergunta-lhes diretamente: “E vós, quem dizeis que eu sou?”.
Disse São João Paulo II, em 1980: “Todos nós conhecemos esse momento em que já não basta falar de Jesus repetindo o que os outros disseram, em que já não basta referir uma opinião, mas é preciso dar testemunho, sentir-se comprometido pelo testemunho dado e depois ir até aos extremos das exigências desse compromisso. Os melhores amigos, seguidores, apóstolos de Cristo, foram sempre aqueles que perceberam um dia dentro de si a pergunta definitiva, incontornável, diante da qual todas as outras se tornam secundárias e derivadas: “Para você, quem sou Eu?” Todo o futuro de uma vida “depende da nossa resposta nítida e sincera, sem retórica nem subterfúgios, que se possa dar a essa pergunta”.
Essa pergunta encontra particular ressonância no coração de Pedro, que, movido por uma graça especial, respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Jesus chama-o bem-aventurado (Feliz és tu, Simão...) por essa resposta cheia de verdade, na qual confessou abertamente a divindade dAquele em cuja companhia andava há vários meses. Esse foi o momento escolhido por Cristo para comunicar ao seu Apóstolo que sobre ele recairia o Primado de toda a sua Igreja: “Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la...”.
Pedro confessou sua fé no Cristo, Filho de Deus vivo, graças à escuta de sua palavra e à cotidiana convivência. O Discípulo reconheceu o Messias porque a revelação do Pai encontrou nele abertura e acolhida. Quer dizer, descobre a verdade dos desígnios de Deus quem se deixa iluminar pela luz da fé. Com razão, reconhece o Documento de Aparecida: “A fé em Jesus como o Filho do Pai é a porta de entrada para a Vida.” Como discípulos de Jesus, confessamos nossa fé com as palavras de Pedro: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (DAp, 100). A fé é um dom de Deus, é uma adesão pessoal a Ele. Crer só é possível pela graça e pelos auxílios interiores do Espírito Santo.
Para dar uma resposta convincente de fé, os cristãos precisam conhecer a fundo Jesus Cristo, saber sempre mais sobre sua pessoa e obra, pela leitura e meditação dos Evangelhos e pelos encontros com Ele por meio da ação litúrgica, em particular, dos sacramentos.
“Tu és Pedro...”. Pedro será a rocha, o alicerce firme sobre o qual Cristo construirá a sua Igreja, de tal maneira que nenhum poder poderá derrubá-la. E foi o próprio Senhor que quis que ele se sentisse apoiado e protegido pela veneração, amor e oração de todos os cristãos. Se desejamos estar muito unidos a Cristo, devemos estar sim, em primeiro
lugar, a quem faz as suas vezes aqui na terra. Ensinava São Josemaria Escrivá: “Que a consideração diária do duro fardo que pesa sobre o Papa e sobre os bispos, te leve a venerá-los, a estimá-los com a tua oração” (Forja, 136).
O nosso amor pelo Papa não é apenas um afeto humano, baseado na sua santidade, simpatia, etc. Quando vamos ver o Papa, escutar a sua palavra, fazemo-lo para ver e ouvir o Vigário de Cristo, o “doce Cristo na terra”, na expressão de Santa Catarina de Sena, seja ele quem for. O Romano Pontífice é o sucessor de Pedro; unidos a ele, estamos unidos a Cristo.
Jesus continua perguntando-nos: “quem dizeis que eu sou?” para responder, não basta procurar na memória alguma fórmula que aprendemos no catecismo, ou ouvimos de outros ou lemos nos livros. É preciso procurar no coração, em nossa fé vivida e testemunhada. Assim descobriremos o que Jesus representa, de fato, em nossa vida.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

08/09 - Natividade de Nossa Senhora

Maria nasce, é amamentada e cresce para ser a Mãe do Rei dos séculos, para ser a Mãe de Deus



Hoje é comemorado o dia em que Deus começa a pôr em prática o Seu plano eterno, pois era necessário que se construísse a casa, antes que o Rei descesse para habitá-la. Esta “casa”, que é Maria, foi construída com sete colunas, que são os dons do Espírito Santo.

Deus dá um passo à frente na atuação do Seu eterno desígnio de amor, por isso, a festa de hoje, foi celebrada com louvores magníficos por muitos Santos Padres. Segundo uma antiga tradição os pais de Maria, Joaquim e Ana, não podiam ter filhos, até que em meio às lágrimas, penitências e orações, alcançaram esta graça de Deus.

De fato, Maria nasce, é amamentada e cresce para ser a Mãe do Rei dos séculos, para ser a Mãe de Deus. E por isso comemoramos o dia de sua vinda para este mundo, e não somente o nascimento para o Céu, como é feito com os outros santos.

Sem dúvida, para nós como para todos os patriarcas do Antigo Testamento, o nascimento da Mãe, é razão de júbilo, pois Ela apareceu no mundo: a Aurora que precedeu o Sol da Justiça e Redentor da Humanidade.



Nossa Senhora, rogai por nós!


sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Homilía Dominical dia 06/09/2015 - (Mc 7,31-37)



Escutar e Anunciar
 Mons. José Maria Pereira





O Profeta Isaías, num momento de tribulação, levanta-se para reconfortar o Povo eleito que vive no desterro (Is 35, 4-7). Dizei às pessoas deprimidas: criai ânimo, não tenhais medo! Vede, é vosso Deus... é Ele que vem para vos salvar. E o Profeta apresenta prodígios que terão o seu pleno cumprimento com a chegada do Messias: Então se abrirão os olhos dos cegos e se descerrarão os ouvidos dos surdos. O coxo saltará como um cervo e se desatará a língua dos mudos; brotarão águas no deserto e jorrarão torrentes no ermo. Com Cristo, todos os homens são curados, e as fontes da graça, sempre inesgotáveis, convertem o mundo numa nova criação.
            No Evangelho (Mc 7, 31-37) encontramos a realização da profecia de Isaías.
            Jesus abre os ouvidos e solta a língua de um surdo-mudo. E o povo, entusiasmado, vê nessa cura um sinal da presença do Poder salvífico do Messias e exclama: “Tudo Ele tem feito bem. Fez os surdos ouvirem e os mudos falarem.”
            Nesta cura que o Senhor realizou, podemos ver uma imagem da sua ação nas almas: ela livra o homem do pecado, abre-lhe os ouvidos para que escute a Palavra de Deus e solta-lhe a língua para que louve e proclame as maravilhas divinas. Santo Agostinho, ao comentar esta passagem do Evangelho, diz que a língua de quem está unido a Deus “falará do bem, tornará unido os que estavam divididos, consolará os que choram... Deus será louvado, Cristo será anunciado.” É o que nós faremos se tivermos o ouvido atento às contínuas moções do Espírito Santo e a língua preparada para falar de Deus sem respeitos humanos.
            Existe uma surdez da alma que é pior que a do corpo, porque não há pior surdo do que aquele que não quer ouvir. São muitos os que têm os ouvidos fechados à Palavra de Deus, e são também muitos os que se vão endurecendo cada vez mais ante as inúmeras chamadas da graça! O nosso apostolado paciente, tenaz, cheio de compreensão, acompanhado de oração, fará com que muitos dos nossos amigos ouçam a voz de Deus e se convertam em novos apóstolos que a preguem por toda a parte.
            Não podemos  ficar mudos quando devemos falar de Deus e da sua mensagem sem constrangimento algum, antes vendo nisso um título de glória: os pais aos seus filhos; o amigo ao amigo, com sentido de oportunidade, mas sem receios; o colega de escritório aos que trabalham ao seu lado, com o seu comportamento exemplar e alegre e com a palavra que estimula a sair da apatia; o estudante aos colegas de Universidade com quem convive tantas horas por dia...
            São Beda o Venerável, Doutor da Igreja (séc. VIII), ensina: “Jesus o separou da multidão e, levando-o à parte, colocou seus dedos em seus ouvidos. O primeiro passo para a salvação é que o enfermo, guiado pelo Senhor, seja levado à parte, longe da multidão. Isto acontece quando o Senhor, iluminando a alma do enfermo – prostrada por seus pecados- com a presença do seu amor, o tira do habitual modo de vida e o coloca sobre o caminho dos seus mandamentos.
            Ele coloca os seus dedos nos ouvidos quando, por meio dos dons do Espírito Santo, abre os ouvidos do coração para que compreenda e receba a palavra da salvação. De fato, o próprio Senhor testemunha que o Espírito Santo é o dedo de Deus, quando afirma aos judeus: Se eu expulso os demônios com o dedo de Deus, seus filhos por quem os expulsam? Explicando estas palavras outro evangelista diz: Eu expulso os demônios com o Espírito Santo.
            Os próprios magos do Egito foram vencidos por Moisés por esse dedo, fato que eles reconheceram: Aqui está o dedo de Deus; e também a lei foi escrita sobre tábuas de pedra. E, por meio do dom do Espírito Santo, estamos protegidos contra as ciladas dos homens e dos espíritos malignos, e somos instruídos no conhecimento da vontade divina.
            Portanto, os dedos de Deus, colocados nos ouvidos do enfermo que seria curado, são os dons do Espírito Santo, que abre os corações que tinham se distanciado do caminho da verdade ao conhecimento da ciência da salvação...”
            Peçamos ao Senhor fé e audácia para anunciar com clareza e simplicidade as maravilhas de Deus de que somos testemunhas, como fizeram os Apóstolos depois do dia de Pentecostes. Santo Agostinho aconselha-nos: “Se amais a Deus, atraí para que O amem todos os que se reúnem convosco e todos os que vivem na vossa casa. Se amais o Corpo de Cristo, que é a unidade da Igreja, estimulai a todos para que gozem de Deus e dizei-lhes com Davi: “ Celebrai comigo o Senhor, exaltemos juntos o seu nome” (Sl 33 (34), 4); e nisto não sejais parcos nem tímidos, mas conquistai  para Deus todos os que puderdes e por todos os meios possíveis, conforme a vossa capacidade, exortando-os, suportando-os, suplicando-lhes, conversando com eles e falando-lhes com toda a mansidão e suavidade da razão de ser das coisas que dizem respeito à fé.” Não fiquemos calados quando tantas são as coisas que Deus quer dizer através das nossas palavras.
            Deus também fez uso da Palavra. Ele próprio se fez Palavra, na pessoa de Jesus Cristo. E o que nos lembra São Tiago? “Acolhei com humildade a Palavra que lhes foi plantada no coração” (Tg 1,21).
            Jesus tocou os ouvidos e a boca do doente e ele começou a escutar e a falar! Peçamos a Cristo, que toque também: Nossos ouvidos para que se tornem sensíveis em escutar sua Palavra;
            Nossos lábios para que se tornem entusiastas em anunciá-La e nossas mãos para que nos tornemos generosos em testemunhá-La...
            Nossos pés, para que desperte em nós novo ardor missionário...