segunda-feira, 30 de março de 2015

Reunião e experiência comunitária













Queridos, realizamos na ultima sexta a nossa segunda reunião da nova Experiência Comunitária do nosso setor de Itaipava. Fomos recebidos pelo simpático  casal Tamires e Aderaldo e tivemos a alegria de contar com a presença de todos os casais e do nosso SCE Padre Brandão. 
A reunião aconteceu com um clima muito agradável onde rezamos , partilhamos e aprofundamos o tema Ser Comunidade. Pedimos a todos que continuem suas orações por essa importante missão do nosso movimento de reavivar a espiritualidade conjugal na vida do casal.
Que nossa padroeira Nossa  Senhora do Amor Divino continue a interceder por nos. Um abraço fraterno. Carla e Paulinho.

Paulo Cleffs
















domingo, 29 de março de 2015

RETIRO ANUAL - 2015

                        


 Queridos casais equipistas do Setor Itaipava
   
  Como não aproveitar esta oportunidade de estar  pessoalmente e em casal, refletindo sobre a nossa  vida na presença de Deus?
                    
 Vamos desde já, preparando-nos para esse momento do ano, tão especial para nós cristãos equipistas, com orações e entrega a Deus e a nossa mãe Maria Santíssima para que passe à frente e tudo providencie.
Nosso pregador será o SCE Pe. Alexandre Brandão.
                                                                                      Janete e Marco Antônio -CRS-

sexta-feira, 27 de março de 2015

Homilia Dominical dia 29/03/2015 - Mc 11,1-10

Domingo de Ramos
Mons. José Maria Pereira




Com a celebração do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, a Igreja abre a Semana Santa.                                                                                                                      
            No Evangelho ( Mc 15,1-39)   vemos que o cortejo organizou-se rapidamente.               
  Jesus faz a sua entrada em Jerusalém, como Messias, montado num burrinho, conforme havia sido profetizado muitos séculos antes (Zac. 9,9). Jesus aceita a homenagem, e quando os fariseus, que também conheciam as profecias, tentaram sufocar aquelas manifestações de fé e alegria, o Senhor disse-lhes: “Eu vos digo, se eles se calarem, as pedras gritarão.” (Lc 19, 40).
Nossa celebração de hoje inicia-se com o Hosana! E culmina no crucifica-o! Mas este não é um contrassenso; é, antes, o coração do mistério. O mistério que se quer proclamar é este: Jesus se entregou voluntariamente a sua Paixão; não se sentiu esmagado por forças maiores do que Ele (Ninguém me tira a vida, mas eu a dou por própria vontade: Jo 10,18); foi Ele que, perscrutando a vontade do Pai, compreendeu que havia chegado a hora e a acolheu com a obediência livre do filho e com infinito amor para os homens: “... sabendo Jesus que tinha chegado a sua hora, hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1).
Hoje Jesus quer também entrar triunfante na vida dos homens, sobre uma montaria humilde: quer que demos testemunho d’Ele com a simplicidade do nosso trabalho bem feito, com a nossa alegria, com a nossa serenidade, com a nossa sincera preocupação pelos outros. Quer fazer-se presente em nós através das circunstâncias do viver humano.                                                                                                                 
Naquele cortejo triunfal, quando Jesus vê a cidade de Jerusalém, chora! Jesus vê como Jerusalém se afunda no pecado, na ignorância e na cegueira. O Senhor vê como virão outros dias que já não serão como estes, um dia de alegria e de salvação, mas de desgraça e ruína. Poucos anos depois a cidade será arrasada. Jesus chora a impenitência de Jerusalém. Como são eloquentes estas lágrimas de Cristo.                                             
  O Concílio Vaticano II, G.S,nº 22, diz: De certo modo, o próprio Filho de Deus se uniu a cada homem pela sua Encarnação. Trabalhou com mãos humanas, pensou com mente humana, amou com coração de homem. Nascido de Maria Virgem, fez-se verdadeiramente um de nós, igual a nós em tudo menos no pecado. Cordeiro inocente, mereceu-nos a vida derramando livremente o seu sangue, e n’Ele o próprio Deus nos reconciliou consigo e entre nós mesmos e nos arrancou da escravidão do demônio e do pecado, e assim cada um de nós pode dizer com o Apóstolo: “Ele me amou e se entregou por mim (Gal. 2,20)”.                                                                                         
  A história de cada homem é a história da contínua solicitude de Deus para com ele. Cada homem é objeto da predileção do Senhor. Jesus tentou tudo com Jerusalém, e a cidade não quis abrir as portas à misericórdia. É o profundo mistério da liberdade humana, que tem a triste possibilidade de rejeitar a graça divina.                                                     
Como é que estamos correspondendo às inúmeras instâncias do Espírito Santo para que sejamos santos no meio das nossas tarefas, no nosso ambiente? Quantas vezes em cada dia dizemos sim a Deus e não ao egoísmo à preguiça, a tudo o que significa falta de amor, mesmo em pormenores insignificantes?                                                                  
A entrada triunfal de Jesus foi bastante efêmera para muitos. Os ramos verdes murcharam rapidamente. O hosana entusiástico transformou-se, cinco dias mais tarde, num grito furioso: Crucifica-o! Por que foi tão brusca a mudança, por que tanta inconsistência?                                                                                                                
São Bernardo comenta: “Como eram diferentes umas vozes e outras! Fora, fora, crucifica-o e bendito o que vem em nome do Senhor, Hosana nas alturas! Como são diferentes as vozes que agora o aclamam  Rei de Israel e dentro de poucos dias dirão: Não temos outro rei além de César! Como são diferentes os ramos verdes e a Cruz, as flores e os espinhos! Àquele a quem antes estendiam as próprias vestes, dali a pouco o despojam das suas e lançam a sorte sobres elas.”                                                                         
  A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém pede-nos coerência e perseverança,aprofundamento da nossa fidelidade, para que os nossos propósitos não sejam luz que brilha momentaneamente e logo se apaga. Muito dentro do nosso coração, há profundos contrastes: somos capazes do melhor e do pior. Se queremos ter em nós a vida divina, triunfar com Cristo, temos de ser constantes e matar pela penitência o que nos afasta de Deus e nos impede de acompanhar o Senhor até a Cruz.                                        
A Igreja nos lembra que a entrada triunfal vai perpassar todos os passos da Paixão de Cristo. Terminada a procissão mergulha-se no mistério da Paixão de Jesus Cristo: Em Is 50 4-7 descreve o Servo sofredor, na esperança da vitória final. Vemos nele a própria pessoa de Jesus Cristo. Em Fl 2,6-11 temos a chave principal de todo o mistério deste Domingo de Ramos: Jesus humilhou-se e por isso Deus o exaltou!                          
No texto de  Mc 15,1-39, somos chamados a contemplar a PAIXÃO e a MORTE de Jesus. Que durante a Semana Santa possamos tirar muitos frutos da meditação da Paixão de Cristo. Que em primeiro lugar tenhamos aversão ao pecado; possamos avivar o nosso amor e afastar a tibieza!
Cabe a nós escolher com que atitude queremos entrar na história da Paixão de Cristo: com a atitude de Cirineu, que se coloca ao lado de Jesus, ombro a ombro, para carregar com Ele o peso da cruz; com a atitude das mulheres que choram, do centurião que bate no peito e de Maria que fica silenciosa ao pé da cruz; ou se queremos entrar com a atitude de Judas, de Pedro, de Pilatos e daqueles que “olham de longe” para ver como irá terminar aquele episódio.
Toda nossa vida é, em certo sentido, uma “semana santa” se a vivemos com coragem e fé, na espera do “oitavo dia” que é o grande Domingo do repouso e da glória eterna.
Neste tempo, Jesus nos repete o convite que dirigiu a seus discípulos no Horto das Oliveiras: “Ficai aqui e vigiai comigo” (Mc 14, 34; Mt 26,38).


quinta-feira, 26 de março de 2015

NOSSA SENHORA PRESENTE EM NOSSAS VIDAS


Em julho de 2012, sofri um acidente em minha casa, com uma maquita, e perdi a ponta do dedo polegar da mão esquerda.
Teresa ficou muito nervosa e deu uma crise de risos, eram 15:00 horas, (hora da misericórdia Divina).
Entramos em oração, minha filha estava saindo para uma festa. Corri até ela e pedi para levar-me ao pronto socorro. (Sistema de saúde em caos) fomos para o (IPASE) em greve só emergência não quiseram nem olhar, minha filha começou a brigar, eu falei:  Filha vamos, o Senhor está preparando um lugar melhor para mim. Paramos no (UPA) Cascatinha. O médico me atendeu, perguntou se estava doendo muito deu uma anestesia e falou que talvez não daria implante, e me encaminhou para hospital Nelson de Sá Earp, (HMNSP) pronto socorro. Condicionou a parte amputado numa caixa.
Chegando lá havia, mais ou menos, umas dez pessoas na frente para atendimento. A Doutora logo que viu chamou-me atendeu-me e disse: “Será impossível o implante” e me internou no Hospital Santa Teresa. Sempre em oração. Chegando Já havia dois  médicos a minha espera passei por uma triagem e eles falaram que não dava implante pois se tratava de uma micro cirurgia e a casa não estava apta, resolveram quem iria fazer a cirurgia,então falei faça como se estivesse fazendo na mão do seu pai, era 18:00 horas (hora Mariana).Veio então uma enfermeira e ficou na porta do Centro Cirúrgico o tempo todo.O médico operando e conversando comigo.Um dado momento ele falou:  “Está pronto”  e chamou a enfermeira para ver , lembrei-me da oração que havia pedido a N.Senhora que fosse à frente preparando os corações e todas as coisas. Ela olhou e disse, ¨Está perfeito Doutor¨. e voltou para lugar onde ela estava. O médico fez o curativo, a porta da sala se abriu e o médico exclamou ¨RAFAEL que bom que você chegou ¨, ele me encaminhou para o quarto. Então chorei, chorei, chorei e agradeci a DEUS.
O médico perguntou o que estava acontecendo, pois estava calmo. Então contei tudo, ele respondeu-me.¨ Olha foi uma das operações mais tranquilas da minha vida”.
Meus irmãos o médico era Jesus, a enfermeira Maria,Rafael o anjo que anuncia, liberta, cura.



(Beto da Teresa) eq 01 N.S. Amor Divino-Setor Itaipava-Petrópolis-RJ.




quinta-feira, 19 de março de 2015

Homilia Dominical dia 22/03/2015 - Jo 12,20-33

“Queremos ver Jesus!”
Mons. José Maria Pereira


A Quaresma caminha para o seu fim.
            No Evangelho (Jo 12,20-33) Jesus mostra que desejam vê-Lo: É o caminho da Cruz, o caminho da obediência a Deus, o caminho da semente lançada à terra, que não fica só,mas, morrendo, produz muito fruto. É chegada a hora de Jesus. Trata-se de sua Paixão e Ressurreição, pela qual Ele se lança totalmente no plano do Pai e realiza plenamente sua vontade.
            Um grupo de gregos (os estrangeiros à raça judaica), que estavam em Jerusalém para celebrar a Páscoa, pedem: “Queremos ver Jesus!”, isto é, conhecê-Lo em profundidade. Não se dirigem diretamente a Jesus, mas aos discípulos. Servem-se de dois mediadores: Felipe e André...
            Diz Jesus: “Se o grão, que cai na terra, morre, produzirá muito fruto.” A fecundidade da vida se manifesta na morte. Jesus vai morrer e nascerá a Igreja...
            Para conhecer Jesus: devem morrer as seguranças humanas, o apego à própria vida é à sabedoria humana (que os gregos valorizavam tanto)...
            Deve morrer tudo o que nos afasta do projeto de Jesus, que veio para que todos tenham vida em abundância.
            O caminho para ver Jesus é a Cruz: “Quando Eu for elevado da terra (na Cruz), atrairei todos a Mim”. É o caminho para todo o discipulado...
            “Queremos ver Jesus!” Esse pedido dos gregos é uma linda proposta de vida para todos nós. É anseio de todos nós. Todos queremos ver Jesus! O Doc. de Aparecida nos lembra que “o início do Cristianismo é um encontro de fé com a pessoa de Jesus Cristo” (DA 243). E “a própria natureza do cristianismo consiste em reconhecer a presença de Jesus Cristo e segui-Lo” (244). Seguir Cristo: este é o segredo! Acompanhá-Lo tão de perto, que vivamos com Ele, como os primeiros Doze; tão de perto, que com Ele nos identifiquemos: se não colocarmos obstáculos à graça, não tardaremos a afirmar que nos revestimos de Nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 13,14). Diz São Josemaria Escrivá: “Neste esforço por nos identificarmos com Cristo, costumo falar de quatro degraus: procurá-Lo, encontrá-Lo, conhecê-Lo, amá-Lo. Talvez vos pareça que estais na primeira etapa... Procurai-O com fome, procurai-O em vós mesmos com todas as vossas forças! Se o fazeis com este empenho, atrevo-me garantir que já O encontrastes e que já começastes a conhecê-Lo e a amá-Lo e a ter a vossa conversa nos céus” (Amigos de Deus, 299-300).
            Ao ser pregado na Cruz, Jesus é o sinal supremo de contradição para todos os homens! “Cristo, Senhor Nosso, foi crucificado e, do alto da Cruz, redimiu o mundo, restabelecendo a paz entre Deus e os homens. Jesus Cristo lembra a todos: “quando Eu for elevado da terra, atrairei todos a Mim” (Jo 12,32), se vós Me puserdes no cume de todas as atividades da terra, cumprindo o dever de cada momento, sendo Meu testemunho naquilo que parece grande e naquilo que parece pequeno, tudo atrairei a Mim. O Meu reino entre vós será uma realidade” (Cristo que Passa, 183). Cada cristão seguindo Cristo, há de ser uma bandeira hasteada, uma luz colocada no candeeiro: bem unido pela oração e mortificação à Cruz, em cada momento e circunstância da vida, há de manifestar aos homens o amor salvador de Deus Pai.
Os gregos quiseram ver Jesus! Encontraram Filipe e André que os conduziram a Jesus. Tendo visto Jesus, tendo acreditado nEle, Filipe e André guiam outras pessoas para verem Jesus. È a vocação de todos os que queiram seguir a Cristo. Tendo visto Jesus, tendo feito a experiência de Deus em sua vida, tendo-se transformado em semente lançada à terra, os cristãos são chamados a conduzirem outras pessoas a Jesus, para o verem, para o seguirem, para viverem de sua vida. Vendo Jesus nos cristãos, essas pessoas também crerão e terão vida em abundância.
“Queremos ver Jesus!”
                                             
                                       Mas onde, quando, como encontrá-Lo?                                                                    

      O Documento de Aparecida mostra uns lugares de encontro com Jesus Cristo:

-“O encontro com Cristo realiza-se na fé recebida e vivida na Igreja”. (246)
- Encontramos Jesus na Sagrada Escritura, lida na Igreja...                                                   
   É indispensável o conhecimento profundo e vivencial da Palavra de Deus” (347).
-Encontramos Jesus Cristo na Sagrada Liturgia... a Eucaristia é o lugar privilegiado do encontro do Discípulo com Jesus Cristo” (250-251).
A celebração eucarística dominical é uma necessidade interior do cristão, da família cristã e da comunidade paroquial” (252).
-O sacramento da Reconciliação (Confissão) é o encontro com o Cristo que perdoa (254).
- A Oração pessoal e comunitária cultiva a amizade com Cristo (255).
-“Jesus está presente em meio a uma Comunidade viva na fé e no amor fraterno” (256).
-Também o encontramos nos pobres, aflitos e enfermos... (257).
-“Encontramos também na Piedade popular...” (258)

            “Queremos ver Jesus” significa acolher a sua pessoa com alegria, por ser o centro e a motivação mais forte da própria existência, e a garantia que não se apaga.
                                            

segunda-feira, 16 de março de 2015

Após a missa, fomos para o delicioso almoço da paróquia: comida mineira.


1ª MISSA MENSAL DO ANO - SETOR ITAIPAVA



Domingo passado foi celebrada a missa mensal do nosso Setor Itaipava, no Santuário Nossa Senhora do Amor Divino em Corrêas,  fomos muito bem acolhidos pelo Pe. Tomé e agradecemos ao casal liturgia da Equipe 02 (Carla e João) pela recepção organizada e a todos os casais que lá estiveram.



Após a celebração e antes da nossa foto, rezamos o Magnificat por todo o Movimento.



Que Nossa Senhora do Amor Divino interceda a Jesus por todos nós!


Janete e Marco Antônio CRS ITAIPAVA


sábado, 14 de março de 2015

Homilía Dominical dia 15/03/2015 - Jo 3,14-21



A Cruz e a Alegria

Mons. José Maria Pereira





            O Evangelho (Jo 3, 14-21) nos apresenta a conclusão do diálogo de Jesus com Nicodemos: “ Como Moisés levantou  a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna. Pois Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho único, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna” (Jo 3, 14-16).

            No deserto, os hebreus olhavam a serpente levantada por Moisés como sinal de cura e libertação. Faz lembrar a cruz onde foi levantado o Filho do Homem. Da Cruz de Jesus brota a vida e a salvação para todos. Ao olhar com fé para esse sinal, ficamos curados...

            Nesse tempo de conversão, que é a Quaresma, meditemos na Cruz, na alegria da Cruz! É sempre o mesmo júbilo de estar com Cristo: “Somente d’Ele é que cada um de nós pode dizer com plena verdade, juntamente com S. Paulo: “Ele me amou e se entregou por mim” (Gal 2,20). Daí deve partir a vossa alegria mais profunda, daí deve advir também a vossa força e o vosso ponto de apoio. Se, por desgraça, deveis encontrar amarguras, padecer sofrimentos, experimentar incompreensões e até cair em pecado, que o vosso pensamento se dirija rapidamente para Aquele que vos ama sempre e que, com o seu amor ilimitado, faz vencer todas as provas, preenche todos os nossos vazios, perdoa todos os nossos pecados e nos impele com entusiasmo para um caminho novamente seguro e alegre” (São João Paulo II).

            A Igreja quer recordar-nos que a alegria é perfeitamente compatível com a mortificação e a dor. O que se opõe à alegria é a tristeza, não a penitência!Vivendo com profundidade o tempo da Quaresma que conduz à Paixão – e portanto à dor -, compreendemos que aproximar-se da Cruz significa também aproximar-se do momento da Redenção, e por isso a Igreja e cada um dos seus filhos se enchem de alegria. A mortificação que procuramos viver nestes dias não deve ofuscar a nossa alegria interior, mas, pelo contrário, deve fazê-la crescer, porque está prestes a realizar-se essa prova máxima de amor pelos homens que é a Paixão, e é iminente o júbilo da Páscoa. Por isso queremos estar muito unidos ao Senhor, para que também na nossa vida se repita o mesmo processo da sua: chegarmos, pela sua Paixão e Cruz, à glória e à alegria da sua Ressurreição.

            Os sofrimentos e as tribulações acompanham todos os homens na terra, mas o sofrimento, por si só, não transforma nem purifica; pode até causar revolta e ódio. Alguns cristãos separam-se do Mestre quando chegam até a Cruz, porque esperavam uma felicidade puramente humana, que estivesse isenta de dor e acompanhada de bens naturais.

            Para O amarmos com obras, o Senhor pede-nos que percamos o medo à dor, às tribulações, e o procuremos onde Ele nos espera: na Cruz. A nossa alma ficará então mais purificada e o nosso amor mais forte. Então compreenderemos que a alegria está muito perto da Cruz. Mais ainda: que nunca seremos felizes se não amarmos o sacrifício.

            Essas tribulações que, à luz exclusiva da razão, nos parecem injustas e sem sentido, são necessárias para a nossa santidade pessoal e para a salvação de muitas almas. No mistério da co-redenção, a nossa dor, unida aos sofrimentos de Cristo, adquire um valor incomparável para toda a Igreja e para toda a Humanidade. A dor, quando lhe damos o seu verdadeiro sentido, quando serve para amar mais, produz uma paz íntima e uma profunda alegria. Por isso, em muitas ocasiões, o Senhor abençoa-nos com a Cruz.

            Assim temos que percorrer “o caminho da entrega: a Cruz às costas, com um sorriso nos lábios, com uma luz na alma” (São Josemaria Escrivá, Via Sacra, II º est.).

            Sigamos Jesus com alegria, até Jerusalém, até o Calvário, até a Cruz. Além disso, “não é verdade que, mal deixas de ter medo à Cruz, a isso que a gente chama de cruz, quando pões a tua vontade em aceitar a Vontade divina, és feliz, e passam todas as preocupações, os sofrimentos físicos ou morais?” (São Josemaria Escrivá, Via Sacra, IIº est.).