sábado, 31 de outubro de 2015

REUNIÃO DE BALANÇO








Qual caminho devemos seguir?



REUNIÃO DE BALANÇO

BALANÇO

A última reunião do ano é uma reunião de balanço. Ela proporciona
a todos os membros da equipe a oportunidade de refletir
e fazer o ponto de situação, abertamente e com espírito cristão,
sobre o seu itinerário, os seus progressos ao longo do ano que
termina e também o de preparar o ano seguinte.”
(Guia das ENS)

A. Objetivo
Realizar na equipe uma séria e tranqüila  revisão do ano que termina,
a partir das propostas concretas que o Movimento oferece e recomenda
aos seus membros. Como o nome já revela, é uma reunião de
avaliação e projeção sobre aspetos da vida de cada casal e especialmente
da vida de equipa que precisam ser fortalecidos, preservados
ou, caso necessário, corrigidos.

“Não nos podemos situar frente ao Movimento como o inquilino
frente ao proprietário ou o empregado frente ao patrão. Devemos sentir-
nos como membros de um todo, responsáveis por tudo, solidários
com todos. Não nos podemos afastar nunca, independentemente do
Movimento decair ou progredir.
Um Movimento vivo é um Movimento que está em construção em cada dia, graças à ação de cada um de seus membros. Cada um, na
obra, assume uma responsabilidade que lhe é própria segundo as suas
atitudes particulares, os seus recursos, o seu tempo, a sua generosidade...
Um Movimento declina para a morte quando os seus membros deixam
a mentalidade de construtores para assumirem uma mentalidade de inquilinos!
Contribuem todos, membros das Equipas de Nossa Senhora, para
edificar o Movimento? Convido-vos a pôr esta questão na mesa”. 

(Pe. Henri Caffarel – Construtores ou Inquilinos)

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

NOVO CASAL RESPONSÁVEL EQUIPE 2 NOSSA SENHORA DO AMOR DIVINO

Após oração e discernimento o casal Valéria e Carlinhos foram escolhidos como novo CRE Eq. 02 Nossa Senhora do Amor Divino.










                                        Monsenhor José Maria nos ajudou e orientou nas orações e escolha do novo casal, que ficaram   muito felizes com a nova responsabilidade.

Nossa Senhora do Amor Divino, rogai por nós!



Homilía - Solenidade de Todos os Santos





Homilia do Mons. José Maria – Solenidade de Todos os Santos
Vocação: Ser Santo!
A nossa vocação é para a Santidade! É o que nos atesta São Paulo: “Foi assim que nEle nos escolheu antes da constituição do mundo, para sermos santos e imaculados diante dos seus olhos” (Ef 1, 4). “Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação” (1Tes. 4, 3).
A Igreja convida-nos hoje a pensar naqueles que, como nós, passaram por este mundo lutando com dificuldades e tentações parecidas às nossas, e venceram. É essa grande multidão que ninguém poderia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, como nos fala São João em Ap. 7, 2 -14. Todos estão marcados na fronte, revestidos de vestes brancas, lavados no Sangue do Cordeiro (Ap 7, 4) A marca e as vestes são símbolo do Batismo, que imprime no homem, para sempre, o caráter da pertença a Cristo, e a graça renovada e aumentada pelos sacramentos e pelas boas obras.
Hoje festejamos e pedimos ajuda à multidão incontável que alcançou o Céu depois de ter passado por este mundo semeando amor e alegria quase sem terem consciência disso; recordamos aqueles que, enquanto estiveram entre nós, se ocuparam talvez num trabalho semelhante ao nosso: empregados de escritório, comerciantes, empregadas domésticas, professores, secretárias, trabalhadores da cidade e do campo… Lutaram com dificuldades parecidas às nossas e tiveram que recomeçar muitas vezes, como nós procuramos fazer.
Todos fomos chamados a alcançar a plenitude do Amor, a luta contra as nossas paixões e tendências desordenadas, a recomeçar sempre que preciso, porque “a santidade não depende do estado – solteiro, casado, viúvo, sacerdote – mas da correspondência pessoal à graça que a todos nos é concedida” (São JosemariaEscrivá). A Igreja recorda-nos que o trabalhador que todos as manhãs empunha a sua ferramenta ou caneta, ou a mãe de família que se ocupa em seus trabalhos domésticos, no lugar que Deus lhes designou, devem santificar-se cumprindo fielmente os seus deveres.
Hoje, fazemos nossa a oração de Santa Teresa, que ela mesma escutará: “Ó almas bem-aventuradas, que tão bem soubestes aproveitar e comprar herança tão deleitosa…! Ajudai-nos, pois estais tão perto da fonte; obtei água para os que aqui perecemos de sede”.
Nós somos ainda a Igreja peregrina que se dirige para o Céu; e, enquanto caminhamos, temos de reunir esse tesouro de boas obras com que um dia nos apresentaremos a Deus. Ouvimos o convite do Senhor: “Se alguém quer vir após Mim…” Todos fomos chamados à plenitude da vida em Cristo. O Senhor chama-nos numa ocupação profissional, para que ali o encontremos, realizando as nossas tarefas com perfeição humana e, ao mesmo tempo, com sentido sobrenatural: oferecendo a Deus, vivendo a caridade com os nossos colegas, praticando a mortificação de um trabalho perfeitamente terminado, procurando já aqui na terra o rosto de Deus, a quem um dia veremos face a face.
“Para amar a Deus e servi-Lo, não é necessário fazer coisas estranhas. Cristo pede a todos os homens, sem exceção, que sejam perfeitos como o seu Pai celestial é perfeito (Mt. 5, 48). Para a grande maioria dos homens, ser santo significa santificar o seu trabalho, santificar-se no seu trabalho e santificar os outros com o seu trabalho, e assim encontrar a Deus no caminho da vida” (São JosemariaEscrivá).
O que fizeram essas mães de família, esses intelectuais ou operários…, para estarem no Céu? Pois bem, procuraram santificar as pequenas realidades diárias! E é isso o que temos de fazer: ganhar o Céu todos os dias com as coisas que temos entre mãos, entre as pessoas que Deus colocou ao nosso lado.
Quando terminou o Jubilei do Ano 2000, São João Paulo II escreveu a Carta ApostólicaNovoMillennioIneunte e disse: “Espera-nos uma entusiasmante obra de retomada pastoral; uma obra que toca a todos. Entretanto, como estímulo e orientação comum, desejo apontar algumas prioridades pastorais que a experiência do Grande Jubileu me fez ver com particular intensidade.
Em primeiro lugar, não hesito em dizer que o horizonte para o qual deve tender todo caminho pastoral é a santidade.
Na verdade, colocar a programação pastoral sob o signo da santidade é uma opção carregada de consequências. Significa exprimir a convicção de que, se o Batismo é um verdadeiro ingresso na santidade de Deus mediante a inserção em Cristo e a habitação de seu Espírito, seria um contrassenso contentar-se com uma vida medíocre, pautada por uma ética minimalista e uma religiosidade superficial. Perguntar a um catecúmeno: “Queres receber o Batismo?” significa ao mesmo tempo pedir-lhe: “Queres fazer-te santo?” Significa colocar em sua estrada o radicalismo do Sermão da Montanha: “Sede perfeitos, como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48).
Os caminhos da santidade são variados e apropriados à vocação de cada um. Os itinerários da santidade são pessoais e exigem uma verdadeira pedagogia da santidade, capaz de se adaptar ao ritmo dos indivíduos.
Para esta pedagogia da santidade, necessita-se um cristianismo que se destaque principalmente pela arte da oração. “Permanecei em mim e eu permanecerei em vós.” (Jo 15,4) (NMI,30 e 31).
Encontramo-nos a Caminho do Céu e muito necessitados da misericórdia do Senhor!
No Céu espera-nos a Virgem Maria, para estender-nos a mão e levar-nos à presença do seu Filho e de tantos seres queridos que ali nos aguardam.
Mons. José Maria Pereira

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Missa Mensal


    No domingo passado foi celebrada a nossa querida e santa missa mensal do Setor Itaipava na Igreja Nossa Senhora de Lourdes em Araras, onde fomos recebidos alegremente pelo Pe. Thiago Freitas.

      Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós!

       Janete e Marco Antônio
               CRS Itaipava

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Homilía Dominical dia 25/10/2015





                                                Lições de um cego

                                          Mons. José Maria Pereira

O Evangelho (Mc 10, 46-52) relata-nos a passagem de Jesus pela cidade de Jericó e a cura do cego Bartimeu, que estava à beira do caminho, pedindo esmola. Pouco antes de sua Paixão, Jesus está a caminho para Jerusalém, acompanhado dos seus discípulos e grande multidão. Percebendo que Jesus passava, o cego começou a gritar: “Filho de Davi, Jesus, tem compaixão de mim”. Muitos mandam que ele se cale,  mas ele grita mais alto ainda, pedindo compaixão. Jesus se detém e diz: “Chamai-o”. Chamaram o cego, dizendo-lhe: “Coragem, levanta-te, Jesus te chama!” Deixando seu manto, deu um pulo e foi até Jesus. Estabelece-se o diálogo decisivo. “O que queres que eu te faça?” O cego respondeu: “Mestre, que eu veja!” Jesus lhe disse: “Vai, a tua fé te curou”. No mesmo instante, ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho.
Esse homem que vive na escuridão, mas sente ânsia de luz, de cura, compreendeu que aquela era a sua a sua oportunidade: Jesus estava muito perto da sua vida. Quantos dias não tinha esperado por esse momento! O mestre está agora ao alcance da sua voz! Por isso, se bem que o repreendiam para que se calasse, ele não lhes fez caso nenhum e cada vez gritava mais alto. Não podia perder aquela ocasião.
Que exemplo para a nossa vida! Cristo, que nunca deixa de estar ao alcance da nossa voz, da nossa oração, passa às vezes mais perto, para que nos atrevamos a chamá-Lo com força. Comenta Santo Agostinho: “Temo que Jesus passe e não volte”. Não podemos deixar que as graças passem como a água da chuva sobre a terra dura. Temos que gritar para Jesus muitas vezes: Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!
Ao chamar por Ele, consolam-nos estas palavras de São Bernardo, que tornamos nossas: “O meu único mérito é a misericórdia do Senhor. Não serei pobre em mérito enquanto Ele não o for em misericórdia. E como a misericórdia do Senhor é abundante, abundantes são também os meus méritos”.
Com esses méritos, acudimos a Ele: Jesus, filho de Davi… Gritamos-lhe, afirma Santo Agostinho, com a oração e com as obras que devem acompanhá-la. As boas obras, especialmente a caridade, o trabalho bem feito, a limpeza da alma através da confissão contrita dos nossos pecados, dão o aval a esse clamor diante de Jesus que passa.
O cego, depois de vencer o obstáculo dos que estavam à sua volta, conseguiu o que tanto desejava.
Percebe-se aqui o valor da perseverança, da constância! O Senhor tinha-o ouvido já da primeira vez, mas quis que Bartimeu nos desse um exemplo de insistência na oração, de perseverança até chegar à presença do Senhor.
Vale a pena meditar na cena quando Jesus, parando, mandou chamar Bartimeu! E alguns dizem-lhe: “Tem confiança; levanta-te; Ele te chama”. É a vocação cristã! Mas, na vida de cada um de nós, não há apenas um chamamento de Deus. O Senhor procura-nos a todo o instante: levanta-te – diz-nos – e sai da tua preguiça, do teu comodismo, dos teus pequenos egoísmos, dos teus problemazinhos sem importância. Desapega-te da terra; estás aí rasteiro, achatado e informe. Ganha altura, peso, volume e visão sobrenatural.
O cego jogou o manto, deu um pulo e foi até Jesus. Atirou a capa! Não te esqueças de que, para chegar até Cristo, é preciso o sacrifício. Jogar fora tudo o que estorva: manta, mochila, cantil. Tens de proceder da mesma maneira nesta luta pela glória de Deus, nesta luta de amor e paz, com que procuramos difundir o reinado de Cristo.
Neste processo é decisiva a fé em Jesus Cristo, o Filho de Davi. Comentando a cura de Bartimeu, diz São JosemaríaEscrivá: “Agora é contigo que Cristo fala. Diz-te: que queres de Mim? Que eu veja, Senhor, que eu veja! E Jesus: Vai, a tua fé curou. No mesmo instante, ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho. Segui-Lo pelo caminho! Tu tomaste conhecimento do que o Senhor te propunha e decidiste acompanha-Lo pelo caminho. Tu procuras seguir o seus passos, vestir-te com as vestes de Cristo, ser o próprio Cristo: portanto, a tua fé – fé nessa luz que o Senhor te vai dando – deverá ser operativa e sacrificada. Não te iludas, não penses em descobrir novas formas. É assim a fé que Ele nos pede: temos de andar ao Seu ritmo com obras cheias de generosidade, arrancando e abandonando tudo o que seja estorvo” (Amigos de Deus, 195 – 198).
Dizia Santo Agostinho sobre essa passagem , no sermão 349,5: “ Amai a Deus, visto que nada encontrais melhor que ele. Amais a prata porque é melhor que o ferro e o bronze; amais o ouro mais ainda, porque é melhor que a prata; amais ainda mais as pedras preciosas, porque superam até mesmo o preço do ouro; amais, por fim, esta luz que teme perder todo homem que teme a morte; amais, repito, esta mesma luz que a desejava com grande amor quem gritava atrás de Jesus: Filho de Davi, tem compaixão de mim.
  Gritava o cego quando Jesus passava. Temia que ele passasse e não o curasse. Como gritava? Até o ponto de não calar, ainda que a multidão lhe ordenasse o silêncio. Venceu opondo-se a ela, e alcançou o Salvador. Ao bradar a multidão e ao proibir-lhe de gritar, Jesus parou, o chamou e lhe disse: - Que queres que eu te faça?- Senhor, lhe disse, que eu veja.- Vai, a tua fé te salvou.
    Amai a Cristo; desejai a luz que é Cristo. Se aquele desejou a luz corporal, quanto mais vós deveis desejar a luz do coração! Gritemos diante dele não com a voz, mas com os costumes. Vivamos santamente, desprezemos o mundo; consideremos como nulo tudo o que é passageiro. Se vivermos assim, nos repreenderão, como se o fizessem por nosso amor, os homens mundanos, amantes da terra, saboreadores do pó, que nada trazem do céu, que não possuem mais alento vital que aquele que respiram pelo nariz, sem outro no coração.
  Sem dúvida, quando nos virem desprezar estas coisas humanas e terrenas, nos recriminarão e dirão: “Por que tu sofres? Ficastes louco?” É a multidão que trata de impedir que o cego grite. E até são cristãos alguns dos que impedem de viver cristãmente. De fato, também aquela multidão caminhava ao lado de Cristo e colocava obstáculos ao homem que bradava junto a ele e desejava a luz como dádiva do próprio Cristo.
  Existem cristãos assim; porém vençamo-los, vivamos santamente; seja a nossa vida nosso grito para Cristo.”
Pois, para aproximar-se de Jesus é sempre necessário deixar algo, nem que seja somente o manto! Importante ainda que se queira ver novamente! Então, basta confiar e corresponder: segui-Lo pelo caminho!
Possamos repetir ao longo do dia: Senhor que eu veja o que queres de mim! Senhora, minha Mãe, que eu veja o que o teu Filho me pede agora, nestas circunstâncias, e que eu, generosamente, faça-Lhe a entrega do que for descoberto!
Nunca duvidemos da segurança que Cristo nos dá, com o seu olhar amabilíssimo pousado constantemente em nós!
Mons. José Maria Pereira