sexta-feira, 27 de setembro de 2013

HOMILIA DOMINICAL - 29/09/2013


OS MORTOS NÃO VOLTAM
(Monsenhor José Maria Pereira*)




O Evangelho (Lc 16, 19-31) descreve-nos um homem que não soube tirar o proveito dos seus bens. Ao invés de ganhar com eles o Céu, perdeu-o para sempre. Trata-se de um homem rico, que se vestia de púrpura e de linho, e que todos os dias fazia festas esplêndidas; muito perto dele, à sua porta, estava deitado um mendigo chamado Lázaro, todo coberto de chagas, que desejava saciar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico. E até os cães lambiam as suas feridas.

A descrição que o Senhor nos faz nesta parábola tem fortes contrastes: grande abundância num, extrema necessidade no outro. O homem rico vive para si, como se Deus não existisse. Esqueceu uma coisa que o Senhor recorda com muita freqüência: não somos donos dos bens materiais, mas administradores.

O homem rico não está contra Deus nem oprime o pobre! Apenas está cego para as necessidades alheias. O seu pecado foi não ter visto Lázaro, a quem poderia ter feito feliz com um pouco menos de egoísmo e um pouco mais de despreocupação pelas suas próprias coisas. Não utilizou os bens conforme o querer de Deus. Não soube compartilhar. Santo Agostinho comenta: “Não foi a pobreza que conduziu Lázaro ao Céu, mas a sua humildade; nem foram as riquezas que impediram o rico de entrar no descanso eterno, mas o seu egoísmo e a sua infidelidade.”

Do uso que façamos dos bens que Deus depositou nas nossas mãos depende a vida eterna. Estamos num tempo de merecer! Por isso, o Senhor nos dirá: “É melhor dar do que receber” (At 20, 25). Ganhamos mais dando do que recebendo: ganhamos o Céu! A caridade é sempre realização do Reino dos Céus e é a única bagagem que restará neste mundo que passa. E devemos estar atentos, pois Lázaro pode estar no nosso próprio lar, no escritório ou na oficina em que trabalhamos.

A parábola ensina a sobrevivência da alma após a morte e que, imediatamente depois da morte a alma é julgada por Deus de todos os seus atos – juízo particular –, recebendo o prêmio ou o castigo merecidos; que a Revelação divina é, de per si, suficiente para que os homens creiam no mais além.

Também ensina que quem morre não volta mais! Que não existe reencarnação! Quem salva o homem é Jesus Cristo, não o próprio homem que vai pagando as suas faltas, cada vez que reencarna. Quem tem fé em Cristo e o aceita como salvador rejeita o espiritismo e a sua doutrina, a reencarnação. Em Hb 9, 27, diz o Senhor: “Está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo.

 “Entre vós e nós existe um abismo”, disse Abraão ao rico, manifestando que depois da morte e ressurreição não haverá lugar para penitência alguma. Nem os ímpios se arrependerão e entrarão no Reino, nem os justos pecarão e descerão para o inferno. Este é um abismo intransponível. Por isso se compreendem as palavras de São João Crisóstomo: “Rogo-vos e peço-vos e, abraçado aos vossos pés, suplico-vos que, enquanto gozemos desta pequena respiração da vida, nos arrependamos, nos convertamos, no tornemos melhores, para que não nos lamentemos inutilmente como aquele rico quando morrermos e o pranto não nos traga remédio algum. Porque ainda que tenhas um pai ou um filho ou um amigo ou qualquer outro que tenha influência diante de Deus, todavia, ninguém te livrará, sendo como são os teus próprios fatos (atos) que te condenam.”

Exorta São Paulo em 1 Tm 6, 10: “a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro e que muitos perderam a fé por causa disso.” O mesmo S. Paulo nos convida: “Combate o bom combate da fé, conquista a vida eterna, para qual foste chamado...” (1 Tm 6, 12).

Nós fomos eleitos para ser fermento que transforma e santifica as realidades terrenas. A sobriedade, a temperança, o desprendimento hão de levar-nos ao mesmo tempo a sermos generosos: ajudando os mais necessitados, levando adiante – com o nosso tempo, com os talentos que recebemos de Deus, com os bens materiais na medida das nossas possibilidades – obras boas, que elevem o nível de formação, de cultura, de atendimento aos doentes... Ou seja, com o coração em Deus e voltado para o próximo.

"Não vos conformeis com este mundo...” (Rm 12, 2). Quando se vive com o coração posto nos bens materiais, as necessidades dos outros escapam-nos; é como se não existissem. O rico da parábola “...foi condenado porque nem sequer percebeu a presença de Lázaro, da pessoa que se sentava à sua porta e desejava alimentar-se das migalhas que caíam da sua mesa” ( Sto. Agostinho).

Façamos bom uso dos bens materiais. Jesus vê na riqueza o perigo mais grave de auto-suficiência, de afastamento de Deus e de insensibilidade para com o próximo.




*MONSENHOR JOSÉ MARIA PEREIRA
(Reitor do Seminário Diocesano Nossa Senhora do Amor Divino e SCE das Equipes de Nossa Senhora do Setor Itaipava)

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Obrigado, amigos equipistas!!




             Que alegria podermos perceber que a proposta deste blog de informar e difundir as atividades do Setor Itaipava das ENS e do próprio Movimento encontra resposta de tantos equipistas! 

               Vamos em frente!!

Roseli e Aguinaldo
CRS Itaipava

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

HOMILIA DOMINICAL - 22/09/2013

O administrador desonesto
Mons. José Maria Pereira
  Em Lc 16, 1 – 13 o Senhor convida-nos a uma reflexão sobre o uso correto das riquezas: “Não podes servir a Deus e ao dinheiro”. Os cristãos são chamados a investir com sabedoria os bens materiais para adquirirem um tesouro nos céus.
Quem não tem esperança, coloca seu apoio sobre os bens materiais. Na virtude da esperança, as pessoas são chamadas a viverem como senhores e senhoras da criação, sem se deixarem escravizar por ela. Por uma inversão de valores, as pessoas caem na tentação de substituir a Deus, que é o Sumo Bem, pelos bens passageiros.
O Senhor, nessa parábola, mostra que o administrador pôs-se a refletir sobre o que o esperava: “Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha. Já sei o que hei de fazer, para que alguém me receba em sua casa, quando eu for afastado da administração” (Lc 16, 3 – 4). Chamou os devedores do seu patrão e fez com eles um acordo que os favorecia...
O dono teve notícia do que o administrador tinha feito e louvou-o pela sua astúcia. E Jesus, talvez com um pouco de tristeza, acrescentou: “os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz”. O Senhor não louva a imoralidade desse homem que, no pouco tempo que lhe restava, preparou uns amigos que depois o recebessem e ajudassem. “Por que o Senhor narrou esta parábola? – pergunta Santo Agostinho –. Não porque aquele servo fosse um exemplo a ser imitado, mas porque foi prevenido em relação ao futuro, a fim de que se envergonhe o cristão que não tenha essa determinação”; louvou-lhe o empenho, a decisão, a astúcia, a capacidade de sobrepor-se e resolver uma situação difícil, sem deixar-se levar pelo desânimo.
Podemos observar, com freqüência, como é grande o esforço e os inúmeros sacrifícios que muitas pessoas fazem para conseguir mais dinheiro, para subir na escala social...
E nós, cristãos, devemos pôr ao menos esse mesmo empenho em servir a Deus, multiplicando os meios humanos para fazê-los render em favor dos mais necessitados. O interesse que os outros têm nos seus afazeres terrenos, devemos nós tê-lo em ganhar o Céu, em lutar contra o que nos separa de Cristo.
“Que empenho põem os homens nos seus assuntos terrenos!: sonhos de honras, ambição de riquezas, preocupações de sensualidade. – Eles e elas, ricos e pobres, jovens, velhos e até crianças; todos a mesma coisa!
            Quando tu e eu pusermos o mesmo empenho nos assuntos da nossa alma, teremos uma fé viva e operante; e não haverá obstáculo que não vençamos nos nossos empreendimentos apostólicos” (São Josemaria Escrivá, Caminho, nº. 317).
            Ao terminar a parábola, o Senhor recorda-nos: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Lc 16, 13). Temos apenas um Senhor, e devemos servi-Lo com todo o nosso coração, com os talentos que Ele mesmo nos deu, empregando nesse serviço todos os meios lícitos, a vida inteira. Temos de orientar para Deus, sem exceção, todos os atos de nossa vida: o trabalho, os negócios, o descanso... O cristão não tem um tempo para Deus e outro para os assuntos deste mundo: estes devem converter-se em serviço a Deus pela retidão de intenção. “É uma questão de segundos... Pensa antes de começar qualquer trabalho: que Deus quer de mim neste assunto? E, com a graça divina, faze-o” (Caminho, nº. 778).
            A parábola do administrador infiel é uma imagem da vida do homem. Tudo o que temos é dom de Deus, e nós somos os seus administradores, que tarde ou cedo teremos de Lhe prestar contas.
            Trata-se, pois, de um chamamento ao esforço e à vigilância tendo em vista o último dia, quando se haverá de dizer a cada um: “Presta contas da tua administração!” (Lc 16, 2).
            O uso do dinheiro exige uma grande honestidade, tanto nos negócios mais importantes, como nos mais insignificantes, porque “quem é fiel no pouco é também fiel no muito” (Lc 16, 10).
            “Já o disse Mestre: oxalá nós, os filhos da luz, ponhamos, em fazer o bem, pelo menos o mesmo empenho e a obstinação com que se dedicam às suas ações os filhos das trevas! Não te queixes: trabalha antes para afogar o mal em abundância de bem (São Josemaria Escrivá, forja, nº. 848).

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Aniversário de falecimento de Padre Henri Caffarel


PADRE HENRI CAFFAREL

(Um homem arrebatado por Deus)




17 anos de falecimento 
do fundador das Equipes de Nossa Senhora


          Henri Caffarel nasceu em 30 de julho de 1903, em Lyon. Foi batizado em 2 de agosto de 1903 e ordenado padre em 19 de abril de 1930, em Paris. Morreu em 18 de setembro de 1996 em Troussures, na diocese de Beauvais, onde está enterrado.

         “Vem e segue-me!” Esta palavra do Senhor está inscrita em sua tumba porque em março de 1923, se produziu um acontecimento que iria orientar toda sua vida: “Aos vinte anos, Jesus Cristo, em um instante, tornou-se Alguém para mim. Oh! Nada de espetacular. Neste longínquo dia de março, eu soube que era amado e que amava, e que a partir daquele momento entre ele e eu seria para toda a vida. Tudo está lançado.”

         O jovem Henri Caffarel encontrou “Alguém”. Assim tudo que ele vai criar e organizar se fará pouco a pouco, como o Senhor o mostrará. O Cardeal Jean-Marie Lustiger fala do Padre Henri Caffarel como “de um profeta do século XX”. Ele tinha assim consciência de fazer “de novo pela Igreja

          Henri Caffarel responde ao apelo dos casais desejosos de viverem o sacramento do matrimônio. “A exigência de santidade vos concerne. Para responde-la, vocês tem um sacramento para vós, aquele do matrimônio.”

       As Equipes conhecem os grandes debates: São elas um movimento de iniciação ou de perfeição? O equilíbrio entre estes dois aspectos precisa ser encontrado.

          Aproveitemos o dia de hoje para refletirmos se estamos sendo fiéis ao desejo  de nosso fundador, e principalmente a vontade de Deus!  “Vem e segue-me!”

(Reprodução de e-mail encaminhado pelo Raimundo aos equipistas do Brasil)         

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

MUDANÇAS NO BLOG...

Queridos irmãos equipistas




Realizamos algumas alterações no BLOG para que tenham um acesso mais rápido e dinâmico com melhor visualização.

Abraço fraterno,
Roseli e Aguinaldo

sábado, 14 de setembro de 2013

FORMAÇÃO PARA CASAIS EQUIPISTAS

Casais equipistas do Setor Itaipava, reunidos
com nosso querido SCE Pe. Alexandre Brandão, na Formação, realizada no Seminário Diocesano, oferecida pelo Setor no último dia 08/09/2013.
Roseli e Aguinaldo apresentando ao Setor Itaipava
o novo CRS - Janete e Marco Antonio

O novo CRS Itaipava recebendo uma benção sacerdotal especial para a responsabilidade e o serviço junto as ENS

Equipe 06 - Nossa Senhora das Graças

Queridos irmãos equipistas

Queremos partilhar nossa última reunião de PILOTAGEM realizada no dia 07 de setembro/2013, tendo como casal anfitrião Fernanda e Elisandro, em Areal. 
Nesta reunião tivemos a apresentação do Pe. Guilherme da Posse, que será o nosso Conselheiro Espiritual e acompanhará a nossa Equipe 06.
Nossa próxima reunião será dia 20 de outubro/2013, às 12 horas, a última com o Beto e a Tereza - CP, e por pedido, será na nova casa do Marcelo e Tati em Itaipava.
Que Deus nos abençoe.

Wiliam e Camila
Equipe 06


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

HOMILIA DOMINICAL, 15/09/2013

O Filho Perdido e o Perdão
Mons. José Maria Pereira
Em Lc 15, 1-32, na introdução, os fariseus criticam Cristo porque “acolhe gente de má fama e come com eles...”. Esta crítica provoca a resposta de Jesus com as três parábolas da misericórdia que ilustram a atitude misericordiosa de Deus para com os pecadores: a ovelha perdida; a moeda perdida; o filho pródigo (perdido). Em todas elas dá importância muito particular à ALEGRIA daquele que encontra o que tinha perdido. O pastor, depois de encontrar a ovelha, “coloca-a nos ombros com alegria”, regressa à casa e convoca os amigos e vizinhos para que se alegrem com ele. A mulher, depois de ter procurado por todos os recantos da casa, ao encontrar a moeda perdida, faz a mesma coisa: “alegrai-vos comigo, porque achei a moeda perdida!” Muito mais faz o pai ao ver ao longe o filho que volta e que há tanto tempo tinha abandonado a casa paterna; não pensa em recriminá-lo, mas em fazer uma festa!
O personagem central destas parábolas é o próprio Deus (que é PAI), que lança mão de todos os meios para recuperar os seus filhos feridos pelo pecado. “No seu grande amor pela humanidade, Deus vai atrás do homem, escreve Clemente de Alexandria, como a mãe voa sobre o passarinho quando este cai do ninho; e se a serpente começa a devorá-lo, esvoaça gemendo sobre os seus filhotes (Dt 32, 11). Assim Deus busca paternalmente a criatura, cura-a da sua queda, persegue a besta selvagem e recolhe o filho, animando-o a voltar, a voar para o ninho.”
“Assim haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão” (Lc 15, 70). Isto não quer dizer que o Senhor não estime a perseverança dos justos, mas aqui se põe em realce o gozo de Deus e dos bem-aventurados diante do pecador que se converte. É um claro chamamento ao arrependimento e a não duvidar nunca do perdão de Deus.
O pecado, tão detalhadamente descrito na parábola do filho pródigo, consiste na rebelião contra Deus, ou ao menos no esquecimento ou indiferença para com Ele e para com o seu amor, no desejo tolo de viver fora do amparo de Deus, de emigrar para uma terra distante, longe da casa paterna. Como se passa mal quando se está longe de Deus! “Onde se passará bem sem Cristo – pergunta Santo Agostinho -, ou quando se poderá passar mal com Ele?”
“Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos” (Lc 15, 20). Acolhe-o como filho imediatamente! Estas são as palavras da Bíblia: cobriu-o de beijos, comia-o a beijos. Pode-se falar com mais calor humano? Pode-se descrever de maneira mais gráfica o amor paternal de Deus pelos homens? Perante um Deus que corre ao nosso encontro, não nos podemos calar, e temos que dizer-Lhe, como São Paulo: “Abbá, Pai” (Rm 8,15). Quer que Lhe chamemos de Pai, que saboreemos essa palavra, deixando a alma inundar-se de alegria.
“Deus espera-nos como o pai da parábola, estendendo para nós os braços, embora não o mereçamos. Não importa o que lhe devemos. Como no caso do filho pródigo, o que é preciso é que lhe abramos o coração, que tenhamos saudades do lar paterno, que nos maravilhemos e nos alegremos perante o dom que Deus nos fez de nos podermos chamar e sermos realmente, apesar de tanta falta de correspondência da nossa parte, seus filhos” (São Josemaria Escrivá; Cristo que passa, nº.64).
Essa parábola deve nos despertar para a beleza do sacramento da Reconciliação (confissão). Na Confissão, através do sacerdote, o Senhor devolve-nos tudo o que perdemos por culpa própria: a graça e a dignidade de filhos de Deus. Cumula-nos da sua graça e, se o arrependimento é profundo, coloca-nos num lugar mais alto do que aquele em que estávamos anteriormente.
O pecado existe e todo o pecado é uma ofensa a Deus, porém a misericórdia de Deus é maior do que todos os nossos pecados. Contudo supõe uma atitude de retorno: CONVERSÃO.
O Pai é Deus, que tem sempre as mãos abertas, cheias de misericórdia. O filho mais novo é a imagem do pecador, que percebe que só pode ser feliz junto de Deus, nem que seja no último lugar, mas com o seu Pai-Deus. E o mais velho? É um homem trabalhador, que sempre serviu...; mas sem alegria. Serviu porque não tinha outra solução, e, com o tempo, o seu coração tornou-se pequeno. Foi perdendo o sentido da caridade enquanto servia. O seu irmão é já, para ele, “esse teu filho”. É a figura de todo aquele que esquece que estar com Deus, nas coisas grandes e nas coisas pequenas, é uma honra imerecida.
Deus espera de nós uma entrega alegre, sem tristeza nem constrangimento, pois Deus ama aquele que dá com alegria (2 Cor 9, 7). “É uma doce alegria pensar que o Senhor é justo, que conhece perfeitamente a fragilidade da nossa natureza! Por que então temer? Ele que se dignou perdoar, com tanta misericórdia, as culpas do filho pródigo, não será também justo comigo, que estou sempre junto dEle?” (Santa Teresinha do Menino Jesus). Com alegria sirvamos ao Senhor nas coisas mais pequenas!


domingo, 8 de setembro de 2013

SER EQUIPISTA...

                                   Helena e as Equipes de Nossa Senhora
Era um sábado à noite, quando chegamos à casa de Roseli e Aguinaldo Junior, o casal anfitrião, que, como sempre, com muito carinho nos esperava.
Valéria e Carlinhos haviam chegado, outro casal especial para nossa equipe, e junto a eles estava a pequena Helena, sentada ao chão e que num movimento rápido levantou-se e começou a saltitar quando percebeu a nossa chegada, e numa explosão de alegria com saltos falava com a chupeta na boca, “mãe eles chegaram!”, eles chegaram....
A chupeta não deixava que entendêssemos tudo que ela falava, mas entendemos algumas frases como “Oba, hoje vai ter música”, Hoje vai ter oração! ; Oh! pai, vai chegar mais?
Helena, o que está acontecendo?  pergunta Roseli, nunca te vi assim. Você está eufórica. E Cidinha e Julio chegam, outro casal que junto aos seus filhos, Vitor e Mariana, enriquecem a reunião, Helena mais uma vez se alegra e saltitante louva ao senhor.
É Helena, talvez você tenha percebido algo que muitos não perceberam, algo que levei anos para descobrir e acho que ao invés de nos assustarmos com sua alegria externada,  deveríamos nos juntar a você com saltos e cantos, pois estamos iniciando mais uma reunião das equipes de nossa senhora.
Bem, talvez os vizinhos iriam falar, “Vejam, eles estão embriagados de vinho!”, mas na verdade a felicidade de poder se encontrar com Jesus é incomparável, é maravilhoso saber que podemos nos deixar levar pelo seu Espírito Santo.
Helena tão frágil e pequenina, mas nos dá uma lição.
Deus gosta de se comunicar com os pequeninos e nós GRANDÕES, temos que tomar cuidado para não participarmos de uma reunião com Jesus sem que o reconheçamos, sem que o encontremos.
Tenho medo que a Graça passe sem que eu a perceba.
Boa noite Helena!
Beijo,
Janete e Marco Antônio
Equipe 02

sábado, 7 de setembro de 2013

25.000 visitas!!!



Obrigado, amigos equipistas!!!

3º ENCONTRO NACIONAL ENS

INFORMAÇÕES SOBRE O III ENCONTRO NACIONAL DAS ENS - Aparecida/SP


III Encontro Nacional das ENS - Aparecida/SP




A equipe da Super Região já está com os pensamentos voltados para nosso III Encontro Nacional, que acontecerá em Aparecida, no ano de 2015. Assistam o vídeo de um Documentário feito sobre os Encontros Nacionais e também o convite para que estejamos todos juntos para este grande encontro de equipistas de todo Brasil:

Tema: "Matrimônio Cristão" - Festa da alegria do amor conjugal
Lema: " Fazei tudo o que Ele vos disser" (Jo 2,5)
Data: de 30/06/2015 (terça-feira) à 03/07/2015 (sexta-feira)
Local: Aparecida/SP

Data da abertura das Inscrições: 01/10/2013 (vagas limitadas) - previsão 6.800 participantes, porém teremos quantidade de vagas limitadas por Província.
Local de Inscrição: site das ENS
(De 01/07/2014 até 28/02/2015 - lista de espera por ordem de entrada)

Taxa de Inscrição: R$ 60,00 por pessoa
Valor com hospedagem e com transporte (dos aeroportos de São Paulo e Campinas p/ Aparecida): R$ 900,00 por pessoa
Valor com hospedagem e sem transporte: R$ 795,00 por pessoa
Valor sem hospedagem e com transporte: R$ 420,00 por pessoa
Valor sem hospedagem e sem transporte: R$ 315,00 por pessoa
Prazo de pagamento: até 15 parcelas mensais (1ª parcela em 28/12/2013 / Última 28/02/2015)

Mais informações: Carta Mensal de Outubro/2013
Site: www.encontronacionalaparecida2015.com
E-mail: ensaparecida2015@gmail.com

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

HOMILIA DOMINICAL - 08/09/2013


Condições para Seguir Jesus






O Evangelho (Lc 14, 25-33) ensina que a verdadeira sabedoria, que nos leva à salvação, consiste no seguimento radical de Cristo; multidões O seguiam e Jesus voltando-se, disse-lhes: “Se alguém vem a Mim, e não odeia pai e mãe, mulher, filhos, irmãos, irmãs e até a própria vida, não pode ser Meu discípulo”.

Odiar na linguagem bíblica, ou renunciar, segundo o uso semítico, significa amar menos, pospor, como se pode apreciar no texto paralelo de Mt 10, 37: “Quem amar o pai ou a mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim”. 

Só Deus tem o direito ao primado absoluto no coração e na vida do homem; Jesus é Deus e, por conseguinte, é lógico que o exija como condição indispensável para ser Seu discípulo. “Mas o Senhor, comenta S. Ambrósio, não manda nem desconhecer a natureza nem ser escravo dela; manda atender à natureza de tal maneira que se venere o Seu Autor e não afastar-se de Deus por amor aos pais”. Isto é válido para todos, mesmo para os simples cristãos, como para todos é válida também a frase seguinte: “Quem não carrega sua Cruz e não caminha atrás de Mim, não pode ser meu discípulo” (Lc 14, 27). 

Jesus vai a caminho de Jerusalém onde será crucificado e, à multidão que O segue, declara a necessidade de levar a Cruz com amor e constância. Ele levou a Cruz até morrer pregado nela; o cristão não pode pensar em levá-la só em alguns momentos da vida, mas terá que abraçá-la todos os dias, até à morte.

O seguimento de Cristo exige uma atitude radical de desprendimento de tudo que possa opor-se à proposta de Jesus. Mesmo os valores mais sagrados, como relacionamento familiar, devem submeter-se ao valor superior, o do Reino de Deus, à imitação de Jesus Cristo. Quem deseja ser discípulo de Jesus Cristo deve estar pronto a investir tudo, até a própria vida, até os valores mais sagrados como as vinculações de sangue e os bens matérias.

Isso não significa que os cristãos devam renunciar aos vínculos familiares e aos deveres de membro da sociedade. Significa antes que são chamados a viverem estes relacionamentos com liberdade e dedicação, respeitando o valor das pessoas e das coisas, bem como a própria dignidade.

 “Se alguém vem a Mim, mas não odeia o pai, a mãe...”; estas palavras do Senhor não devem desconcertar ninguém. O amor a Deus e a Jesus Cristo deve ocupar o primeiro lugar na nossa vida e devemos afastar tudo aquilo que ponha obstáculos a este amor: “Amemos neste mundo a todos", comenta São Gregório Magno, ainda que seja ao inimigo; mas odeie-se o que se nos opõe no caminho de Deus, ainda que seja parente... 

Devemos, pois, amar o próximo; devemos ter caridade com todos; com os parentes e com os estranhos, mas sem nos afastarmos do amor de Deus por amor deles”. Em última análise, trata-se de observar a ordem da caridade: Deus tem prioridade sobre tudo.

O Jesus que fala é o mesmo que manda amar os outros com a própria alma e entrega a Sua vida pelos homens. A frase, “se não odiar pai e mãe...” indica simplesmente que perante Deus não cabem meias-tintas. Poderiam traduzir-se as palavras de Cristo por amar mais, amar melhor, ou então por não amar com amor egoísta nem também com um amor de vistas curtas: devemos amar com o Amor de Deus.

 “Quem não carrega sua Cruz... não pode ser meu discípulo” (Lc 14, 27). O caminho do cristão é a imitação de Jesus Cristo. Não há outro modo de O seguir senão acompanhá-Lo com a própria Cruz. A experiência mostra-nos a realidade do sofrimento, e que este leva à infelicidade se não se aceita com sentido cristão. A Cruz não é uma tragédia, mas pedagogia de Deus que nos santifica por meio da dor para nos identificarmos com Cristo e nos tornarmos merecedores da glória. Por isso é tão cristão amar a dor: “Bendita seja a dor. Amada seja a dor. Santificada seja a dor... Glorificada seja a dor!” (Caminho, 208). “... Qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo” (Lc 14, 33). 

Se antes o Senhor falou de “odiar” os pais e até a própria vida, agora exige com igual vigor o desprendimento total das riquezas. Esta renúncia das riquezas há de ser efetiva e concreta: o coração deve estar desembaraçado de todos os bens matérias para poder seguir os passos do Senhor. Pois, é impossível “servir a Deus e ao dinheiro” (Lc 16, 13). Dizia São Josemaria Escrivá: “Se és homem de Deus, põe em desprezar as riquezas o mesmo emprenho que põem os homens do mundo em possuí-las”. (Caminho, 633).


MONSENHOR JOSÉ MARIA PEREIRA

(Reitor do Seminário Diocesano Nossa Senhora do Amor Divino e SCE das ENS)


quinta-feira, 5 de setembro de 2013

FORMAÇÃO DO SETOR - DIA 08/09/2013

Querido casal equipista, você não pode perder esta oportunidade de aprofundar-se na espiritualidade conjugal


Esperamos vocês!
Com carinho,
Roseli e Aguinaldo


QUAL A IMPORTÂNCIA DE UMA ESPIRITUALIDADE CONJUGAL?

UMA GRAÇA QUE SANTIFICA O CASAL
Espiritualidade significa viver segundo o Espírito. Espiritualidade conjugal é aprender, do Espírito, como viver conjugado, unido, é para ser vivida na carne, situada no tempo e no espaço, é concreta, dinâmica. É uma espiritualidade encarnada, uma graça que santifica o casal não apesar da vida conjugal, mas por meio dela. A vida conjugal torna-se instrumento e meio de vivência e expressão da espiritualidade.
Podemos falar em espiritualidade conjugal exatamente porque foi o próprio Deus que, ao longo das páginas da Sagrada Escritura, se apropriou dessa imagem para expressar e manifestar seu infinito amor pela humanidade. O amor conjugal precisa ser anúncio explícito do amor apaixonado de Deus pela humanidade.
Não existe nenhum amor mais intenso e profundo do que o amor conjugal. O envolvimento amoroso de um casal é o mais pleno que existe, pois implica corpo, alma, coração, sentimentos, emoções, sangue e sonhos. Tudo isso porque Deus o fez instrumento de revelação do seu amor por nós.
O maior objetivo da espiritualidade conjugal é ajudar o casal a vencer a indiferença religiosa do ser humano moderno. Não existe praga pior do que a indiferença, que é sempre egocêntrica e infantilizadora. O indiferente religioso não é contra Deus nem contra as religiões, ele é sempre a favor de si mesmo. Pior do que a idolatria é a egolatria.
Muitos pensadores e filósofos previram o fim das religiões. Os grandes pensadores ateus anunciavam para breve o fim da era da dependência religiosa, ópio do povo, cachaça de má qualidade, infantilismo psicológico, instrumento de dominação capitalista e reflexo do primitivismo humano, que não conseguia explicações e soluções científicas para os problemas. Freud, Marx, Nietzsche, Ferbauch, Comte, Simone de Beauvoir e tantos outros que apregoaram o fim dessa praga chamada religião.
Todas as suas previsões deram em nada. Nunca o mundo buscou tanto o alimento para sua alma. Apesar de todos os progressos tecnológicos e científicos, o homem do século XXI é profundamente religioso, embora, muitas vezes, sua experiência religiosa não vá além de princípios irresponsáveis de autoajuda. Não tenho dúvida de que toda busca desenfreada pela autoajuda é transferência imatura da busca pela ajuda do Alto.
A espiritualidade conjugal, e como consequência a espiritualidade familiar, tem a grande missão de ajudar o ser humano moderno a encontrar os caminhos para essa ajuda do Alto.
A falta de uma espiritualidade conjugal tornou-se um dos grandes assassinos do amor. Sem a força do Alto, ninguém persevera no amor. Sem a força do Alto ninguém passa da paixão ao amor. Sem a força do Alto é impossível achar sentido para a vida conjugal.

Padre Léo, scj

Conteúdo extraído do livro "Famílias Restauradas". 

terça-feira, 3 de setembro de 2013

TESTEMUNHANDO...

           Irmãos equipistas 

           Nós nos casamos em 22 de outubro de 2011, na Paróquia de Santo Antônio e Santo Agostinho, em Nogueira. Até então, participávamos do Grupo de Jovens da paróquia; mas depois de casados percebemos que não nos encaixávamos mais, era preciso buscar algo que nos formasse na vida matrimonial. Ouvíamos falar das Equipes de Nossa Senhora por amigos que já participavam, até que o convite chegou até nós.

            Quando nos casamos, não pensamos em esperar para ter filhos, deixamos nas mãos de Deus o momento de uma gravidez; e o momento foi logo: “engravidamos” da nossa alegria, Letícia!, com três semanas de casados. O convite para participarmos de uma Experiência chegou quando a bebê tinha poucos meses de vida, no ano de 2012. Naquele momento, por causa dos cuidados que Letícia exigia e da adaptação pela qual passávamos, estávamos bem afastados um do outro.

            Foi nas reuniões da Experiência Comunitária, na convivência com os outros casais participantes (nossos amigos) e com o casal coordenador de experiência – Paulo Cleffs e Carla – que nossos olhos se abriram. Uma palavra aqui, um testemunho ali, o “puxão de orelha” da nossa coordenadora e até uma conversa bem pessoal com nosso coordenador: tudo isso contribuiu para percebermos que era hora de recomeçar, de ter forças para ajustar o que meses antes tínhamos deixado de lado.

            Hoje, podemos dizer: o movimento das Equipes de Nossa Senhora foi essencial em nosso matrimônio, por causa dos temas apresentados, por causa das partilhas e dos propósitos, enfim, porque sua espiritualidade mariana nos faz ficar mais próximos de Cristo.

Grande abraço a todos.
Sabrina e Mario Cesar

Casal integrante da Experiência Comunitária do Setor Itaipava 

TESTEMUNHANDO...

Mutirão do Setor Itaipava/2013

             Estamos apaixonados pelo movimento, essa é a palavra que mais expressa o que sentimos. O mutirão nos deu um novo gás, saímos de lá radiantes. Esse momento nos fez perceber, a partir da partilha feita com tanta simplicidade pelos casais, coisas que nós não percebíamos, mas que estavam óbvias. Despertou em nós uma vontade, digamos assim, de "arrumar a casa".

            Há muito tempo não fazíamos uma adoração tão profunda e de maneira que conseguíssemos expor tudo aquilo que precisávamos; o roteiro nos ajudou muito, e já trouxemos isso para nossa oração diária em casal. Encontramo-nos com Deus mais uma vez. E que alegria é você sair com vontade de testemunhar, de ser melhor, de querer se esforçar ainda mais.

            Não podemos deixar de agradecer por toda a acolhida, fazendo com que nós nos sentíssemos cada vez mais parte do movimento.

            A paz!
           Sabrina e Mario Cesar 
          (Casal integrante da Experiência Comunitária do Setor Itaipava)