sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
BOAS FESTAS!
BOAS FESTAS!
Que Deus abençoe a todos, e a sua presença seja constante em nossas vidas durante o ano novo.
Pedimos a intercessão de Santa Maria Mãe de Deus, junto a seu filho Jesus, por todos nós e agradecemos pelo ano que se finda.
Que Jesus nos cubra com bençãos espirituais e materiais.
Muito amor, paz, alegria, felicidades, SAÚDE, realizações e sempre JESUS NO CORAÇÃO!
FELIZ ANO NOVO !
Homilía Dominical dia 01/01/2017
Mons. José Maria – Santa
Maria Mãe de Deus
No oitavo dia de Natal, a Igreja
celebra a Solenidade de Maria, Mãe de Deus. É o dia 1º de janeiro, abertura de
um ano civil e celebra-se também o DIA MUNDIAL DA PAZ.
A piedade cristã plasmou de mil
formas diferentes a festa da Mãe de Deus que celebramos hoje! Um exemplo disso
é que inúmeras são as imagens de Maria com o Menino nos braços. A Maternidade
de Maria é o fato central que ilumina toda a vida da Virgem e é o fundamento
dos outros privilégios com que Deus quis adorná-la.
Maria é a Senhora, cheia de graça e
de virtudes, concebida sem pecado, que é Mãe de Deus e Mãe nossa, e está nos
céus em corpo e alma. A Bíblia fala-nos dela como a mais excelsa de todas as
criaturas, a bendita, a mais louvada entre as mulheres, a cheia de graça (Lc
1,28), Aquela que todas as gerações chamarão bem-aventurada (Lc 1,48).
A Igreja ensina-nos que Maria ocupa,
depois de Cristo, o lugar mais alto e o mais próximo de nós, em função da sua
maternidade divina. Diz o Concilio Vaticano II, na Lumen Gentium, 63: “Ela,
pela graça de Deus, depois do seu Filho, foi exaltada sobre todos os anjos e
todos os homens.”
Ensina S. Paulo: “Quando chegou a
plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a
lei…” (Gl 4,4). Jesus não apareceu de repente na terra vindo do céu, mas fez-se
realmente homem, como nós, tomando a nossa natureza humana nas entranhas
puríssimas da Virgem Maria. Enquanto Deus, é eternamente gerado, não feito, por
Deus Pai. Enquanto homem, nasceu, “foi feito”, de Santa Maria. “Muito me admira
–diz por isso São Cirilo- que haja alguém que tenha alguma dúvida de que a
Santíssima Virgem deve ser chamada Mãe de Deus. Se Nosso Senhor Jesus Cristo é
Deus, por que a Santíssima Virgem, que o deu à luz, não há de ser chamada Mãe
de Deus? Esta é a fé que os discípulos do Senhor nos transmitiram, ainda que
não tenham empregado essa expressão. Assim nos ensinaram os Santos Padres”.
“Quando a Virgem respondeu livremente
Sim àqueles desígnios que o Criador lhe revelava, o Verbo divino assumiu a
natureza humana: a alma racional e o corpo formado no seio puríssimo de Maria.
A natureza divina e a natureza humana uniam-se numa única Pessoa: Jesus Cristo,
verdadeiro Deus e, desde então, verdadeiro Homem; Unigênito eterno do Pai e, a
partir daquele momento, como Homem, filho verdadeiro de Maria. Por isso Nossa
Senhora é Mãe do Verbo encarnado, da segunda pessoa da Santíssima Trindade que
uniu a si para sempre –sem confusão- a natureza humana. Podemos dizer bem alto à
Virgem Santa, como o melhor dos louvores, estas palavras que expressam a sua
mais alta dignidade: Mãe de Deus” (São Josemaría Escrivá, Amigos de Deus, n.
274).
“Concebendo Cristo, gerando-o,
alimentando-o, apresentando-o ao Pai no templo, padecendo com seu Filho quando
morria na Cruz, cooperou da forma inteiramente ímpar com a obra do Salvador
mediante a obediência, a fé, a esperança e a ardente caridade, a fim de
restaurar a vida sobrenatural das almas. Por isso Ela é nossa Mãe na ordem da
graça” (LG,61).
Jesus deu-nos Maria como Mãe nossa no
momento em que, pregado na Cruz, dirigiu à sua Mãe estas palavras: “Mulher, eis
aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí a tua mãe” (Jo 19,26-27).
Desde aquele dia, toda a Igreja a tem por Mãe; e todos os homens a têm por Mãe.
Todos entendemos como dirigidas a cada um de nós as palavras pronunciadas na
Cruz.
Quando Cristo dá a sua Mãe por Mãe
nossa, manifesta o amor aos seus até o fim. Quando a Virgem Maria aceita o
Apóstolo João como seu filho, mostra o seu amor de Mãe para com todos os
homens.
Hoje também é o Quinquagésimo DiaMundial da Paz, com o tema: A
não – violência: estilo de uma política para a paz.
Hoje, primeiro dia do ano, rezemos
com salmista: Deus nos dê a sua graça e nos abençoes! Sim fomos abençoados. E
se abençoados, somos chamados a sermos fonte de benção para nosso próximo. Que
a saudação Feliz Ano Novo desperte em nós o propósito de comunicar a paz e a
alegria a todos!
Mons. José Maria Pereira
sábado, 24 de dezembro de 2016
Homilia do
Mons. José Maria – Natal
Somos convidados a formar coro com os
anjos: Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na Terra às pessoas de boa
vontade. Chegou a salvação! A luz se manifestou para iluminar os caminhos da
humanidade, que anseia por paz e fraternidade. Deus se torna presente em nosso
meio. A palavra se fez carne e veio morar junto a nós!
Alegremo-nos todos no Senhor! Hoje
nasceu o Salvador do mundo; hoje desceu do céu a verdadeira paz. “Acabamos de
ouvir uma mensagem transbordante de alegria e digna de todo o apreço: Cristo
Jesus, o Filho de Deus, nasceu em Belém de Judá. A notícia faz-me estremecer, o
meu espírito acende-se no meu interior e apressa-se, como sempre, a
comunicar-vos esta alegria e este júbilo”, anuncia São Bernardo. Coloquemo-nos
a caminho para contemplar e adorar Jesus, pois todos temos necessidade dEle; é
unicamente dEle que temos verdadeira necessidade. A verdade é que nenhum caminho
que empreendemos vale a pena se não termina no Menino-Deus.
“Hoje nasceu o nosso Salvador. Não
pode haver lugar para a tristeza, quando acaba de nascer a própria vida, a
mesma que põe fim ao temor da mortalidade e nos infunde a alegria da eternidade
prometida. Ninguém deve sentir-se incapaz de participar de tal felicidade, a
todos é comum o motivo para o júbilo; pois Nosso Senhor, destrutor do pecado e
da morte, como não encontrou ninguém livre de culpa, veio libertar-nos a todos.
Alegre-se o santo, já que se aproxima a vitória. Alegre-se o gentio, já que é
chamado à vida. Pois o Filho, ao chegar a plenitude dos tempos, assumiu a
natureza do gênero humano para reconciliá-la com o seu Criador” (São Leão
Magno). Daqui nasce para todos, como um rio que não pode ser contido, a alegria
destas festas.
Vamos à Gruta de Belém levando o
nosso presente! E talvez aquilo que mais agrade à Virgem Maria seja uma alma
mais delicada, mais limpa, mais alegre por ser mais consciente da sua filiação
divina, mais bem preparada por meio de uma confissão realmente contrita, a fim
de que o Senhor resida com mais plenitude em nós: essa confissão que talvez
Deus esteja esperando há tanto tempo…
Maria e José estão nos convidando a
entrar. E, já dentro, dizemos a Jesus com a Igreja: “Rei do universo, a quem os
pastores encontraram envolto em panos, ajudai-nos a imitar sempre a vossa
pobreza e a vossa simplicidade” (Preces das Laudes de 5 de janeiro).
No presépio contemplamos Jesus, recém
nascido, que não fala; mas é a Palavra eterna do Pai. Já se disse que o
Presépio é uma cátedra. Nós deveríamos hoje “entender as lições que Jesus nos
dá, já desde Menino, desde recém-nascido, desde que os seus olhos se abriram
para esta bendita terra dos homens” (São Josemaria Escrivá, É Cristo que passa,
nº14).
Jesus nasce pobre e ensina-nos que a
felicidade não se encontra na abundância de bens. Vem ao mundo sem, ostentação
alguma, e anima-nos a ser humildes e a não estar preocupados com o aplauso dos
homens.
Quando nos aproximarmos hoje do
Menino para beijá-lo, quando contemplarmos o presépio ou meditarmos neste
grande mistério, agradeçamos a Deus o seu desejo de descer até nós para se
fazer entender e amar, e decidamo-nos, nós também a tornar-nos crianças, para
podermos assim entrar no Reino dos Céus.
Sejamos anunciadores da Boa Nova da
Salvação que veio até nós! Na verdade, para que serviria celebrar o Natal de
Jesus se os cristãos não soubessem anunciá-Lo aos seus irmãos com a sua própria
vida? Celebra verdadeiramente o Natal todo aquele que, em si mesmo, acolhe o
Salvador, com fé e com amor cada vez mais intensos, aquele que O deixa nascer e
viver em seu coração para que possa manifestar-Se ao mundo na bondade,
benignidade e doação generosa de quantos n’Ele acreditamos.
Um Feliz e Santo Natal para todos!
Mons.
José Maria Pereira
quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
PRÉ EACRE E MISSA MENSAL SETOR ITAIPAVA
Missa mensal Setor Itaipava, fechando o Pré Eacre 2017.
Paulane e Roney passaram as informações ao novos CREs.
Após a missa os novos CREs tomaram posse.
Pe. Jac, Pe. Brandão e Monsenhor José Maria com os novos casais responsáveis de equipe.
Que Deus ilumine todos os equipistas com o seu Santo Espírito!
Agradecemos O Pe. Jac pela acolhida e todos os SCE que estiveram em oração pelo Movimento
um dia abençoado coordenado pelo CRR Setor Itaipava , Paulane e Roney.
Que Nossa Senhora do Amor Divino, interceda por todos nós!
sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
Homilía dominical dia 18/12/2016
Homilia do
Mons. José Maria – IV Domingo do Advento (Ano A)
A
Virgem e o Emanuel
No Quarto Domingo do Advento entra em
cena Maria. Seu Filho é o Deus conosco e já se faz presente, ainda de modo
velado, mas real, no seio da Virgem, que concebeu por obra do Espírito Santo
(cf. Mt 1, 18 – 24).
Ao descrever a genealogia de Jesus,
Mateus demonstra que é verdadeiro homem, filho de Davi, filho de Abraão; ao
narrar o Seu nascimento de Maria Virgem, que foi mãe por virtude do Espírito
Santo, afirma que é verdadeiro Deus; e, finalmente, ao citar o profeta Isaias,
declara que Ele é o Salvador prometido pelos profetas, o Emanuel, o Deus
conosco.
Nossa Senhora fomenta na alma a
alegria, porque, quando procuramos a sua intimidade, leva-nos a Cristo. Ela é
Mestra de esperança. Maria proclama que a chamarão bem-aventurada todas as
gerações (Lc. 1, 18).
Dentro de poucos dias veremos Jesus
reclinado numa manjedoura, o que é uma prova de misericórdia e do amor de Deus.
Poderemos dizer: “Nesta noite de Natal, tudo pára dentro de mim. Estar diante
dEle; não há nada mais do que Ele na branca imensidão. Não diz nada, mas está
aí… Ele é o Deus amando-me. E se Deus se faz homem e me ama, como não
procurá-Lo? Como perder a esperança de encontrá-Lo, se é Ele que me procura?
Afastemos todo o possível desalento; as dificuldades exteriores e a nossa
miséria pessoal não podem nada diante da alegria do Natal que se aproxima.
Faltam poucos dias para que vejamos
no presépio Aquele que os profetas predisseram, que a Virgem esperou com amor
de mãe, que João anunciou estar próximo e depois mostrou presente entre os
homens.
Desde o presépio de Belém até o
momento da sua Ascensão aos céus, Jesus Cristo proclama uma mensagem de
esperança. Ele é a garantia plena de que alcançaremos os bens prometidos.
Olhamos para a gruta de Belém, em vigilante espera, e compreendemos que somente
com Ele poderemos aproximar-nos confiadamente de Deus Pai.
Nas festas que celebramos por ocasião
do Natal, lutemos com todas as nossas forças, agora e sempre, contra o desânimo
na vida espiritual, o consumismo exagerado, e a preocupação quase exclusiva
pelos bens materiais. Na medida em que o mundo se cansar da sua esperança
cristã, a alternativa que lhe há de restar será o materialismo, do tipo que já
conhecemos; isso e nada mais. Por isso, nenhuma nova palavra terá atrativo para
nós se não nos devolver à gruta de Belém, para que ali possamos humilhar o
nosso orgulho, aumentar a nossa caridade e dilatar o nosso sentimento de
reverência com a visão de uma pureza deslumbrante.
O Espírito do Advento consiste em boa
parte em vivermos unidos à Virgem Maria neste tempo em que Ela traz Jesus em
seu seio.
A devoção a Nossa Senhora é a maior
garantia de que não nos faltarão os meios necessários para alcançarmos a
felicidade eterna a que fomos destinados. Maria é verdadeiramente “porto dos
que naufragam, consolo do mundo, resgate dos cativos, alegria dos enfermos”
(Santo Afonso M. de Ligório). Nestes dias que precedem o Natal e sempre,
peçamos-Lhe a graça de saber permanecer, cheios de fé, à espera do seu Filho
Jesus Cristo, o Messias anunciado pelos Profetas.
Mons.
José Maria Pereira
sábado, 10 de dezembro de 2016
Homilía Dominical dia 11/12/2016
Homilia do Mons. José Maria – III Domingo do Advento (Ano A)
A Verdadeira Alegria
Aproximando-se o dia de Natal a Liturgia faz um
convite à alegria! “Alegrai-vos sempre no Senhor; eu repito,alegrai-vos” (Fl4,
4-7), exorta S. Paulo.
O mundo vive carente da verdadeira alegria!
Os textos bíblicos do III Domingo do Advento são
um convite muito forte a ALEGRIA, porque o Senhor, que esperamos, já está
conosco e com Ele preparamos o Advento do seu Reino.
O profeta Isaías (Is 35, 1-6.10) nos faz reviver
a espera que precedeu a primeira vinda de Cristo e as esperanças que a
animaram. Isaías deseja despertar e fortalecer a esperança dos exilados. O povo
atravessava um dos piores períodos de sua história: Jerusalém e o Templo
destruídos, o povo deportado na Babilônia.
Mesmo assim, o Profeta prevê a ALEGRIA dos tempos
messiânicos: fala do deserto que vai florir, da tristeza que vai dar lugar à
alegria, Ele libertará os cegos, os coxos, os mudos de suas doenças…
No Evangelho (MT 11, 2-11) encontramos Jesus
realizando o que Isaías profetizou.
João Batista está preso, por Herodes, por
reprovar o seu comportamento. No cárcere ouve falar das obras de Cristo…
Perplexo, envia a Jesus dois discípulos com uma pergunta bem concreta: “És tu
aquele que há de vir ou devemos esperar por outro?” (Mt11, 3).
Jesus responde-lhes apontando os sinais concretos
de libertação, já anunciados por Isaías há muito tempo: “Ide contar a João o
que estais ouvindo e vendo: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam,
os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são
evangelizados” (Mt 11, 4-5).
Na Exortação Apostólica “A Alegria do Evangelho”,
o Papa Francisco nos lembra que “a alegria do Evangelho enche o coração e a
vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Os que se deixam salvar por
Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento.
Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria.”
A alegria do Advento e a de cada dia é porque
Jesus está muito perto de nós.A alegria cristã não é uma atitude passageira de
festas humanas, mas um estado permanente, de quem confia que a vida cristã é
uma caminhada ao encontro do Senhor que vem. A alegria é um dos sinais da
presença de Deus no coração de uma pessoa.
Jesus, após a Ressurreição, aparecerá aos seus
discípulos em diversas ocasiões. E o evangelista irá sublinhando repetidas
vezes que os Apóstolos “se alegraram vendo o Senhor” (Jo 20,20). Eles não
esquecerão nunca esses encontros em que as suas almas experimentaram uma
alegria indescritível.
Poderemos estar alegres se o Senhor estiver
verdadeiramente presente na nossa vida, se não o tivermos perdido, se não
tivermos os olhos turvados pela tibieza ou pela falta de generosidade. Quando,
para encontrar a felicidade, se experimentam outros caminhos fora daquele que
leva a Deus, no fim só se acha infelicidade e tristeza. Fora de Deus não há
alegria verdadeira. Não pode havê-la. Encontrar Cristo, ou tornar a
encontrá-Lo, é fonte de uma alegria profunda e sempre nova.
O cristão deve ser um homem essencialmente
alegre. Mas a sua alegria não é uma alegria qualquer, é a alegria de Cristo,
que traz a justiça e a paz, e que só Ele pode dar e conservar, porque o mundo
não possui o seu segredo.
A alegria do mundo procede de coisas exteriores:
nasce precisamente quando o homem consegue escapar de si próprio, quando olha
para fora, quando consegue desviar o olhar do seu mundo interior, que produz
solidão porque é olhar para o vazio. O cristão leva a alegria dentro de si,
porque encontra a Deus na sua alma em Graça. Esta é a fonte da sua alegria! Não
nos é difícil imaginar a Virgem Maria, nestes dias do Advento, radiante de
alegria com o Filho de Deus no seu seio. A alegria do mundo é pobre e
passageira. A alegria do cristão é profunda e capaz de subsistir no meio das
dificuldades. É compatível com a dor, com a doença, com o fracasso e as
contradições. “Eu vos darei uma alegria que ninguém vos poderá tirar” (Jo
16,22), prometeu o Senhor. Nada nem ninguém nos arrebatará essa paz gozosa, se
não nos separarmos da sua fonte.
A nossa alegria deve ter um fundamento sólido.
Não se pode apoiar exclusivamente em coisas passageiras: notícias agradáveis,
saúde, tranqüilidade, situação econômica desafogada, etc., coisas que em si são
boas se não estiverem desligadas de Deus,mas que por si mesmas são
insuficientes para nos proporcionarem a verdadeira alegria.
O Senhor pede que estejamos sempre alegres! Só
Ele é capaz de sustentar tudo na nossa vida. Não há tristeza que Ele não possa
curar: “Não temas, mas apenas crê” (Lc 8,50), diz-nos o Senhor.
Fujamos da tristeza! Uma alma triste está à mercê
de muitas tentações. Quantos pecados se têm cometido à sombra da tristeza!Por
outro lado, quando a alma está alegre, abre-se e é estímulo para os outros;
quando está triste obscurece o ambiente e faz mal aos que tem à sua volta.
A tristeza nasce do egoísmo, de pensarmos em nós
mesmos esquecendo os outros. Quem anda excessivamente preocupado consigo
próprio dificilmente encontrará a alegria da abertura para Deus e para os
outros. Em contrapartida, com o cumprimento alegre dos nossos deveres, podemos
fazer muito bem à nossa volta, pois essa alegria leva a Deus.
“Dentro de pouco, de muito pouco, Aquele que vem
chegará e não tardará” (Hb 10,37), e com Ele chegarão a paz e a alegria; em
Jesus encontraremos o sentido da nossa vida.
Que a nossa alegria seja um testemunho muito
forte de que Cristo já está no meio de nós .
Mons. José Maria Pereira
sábado, 3 de dezembro de 2016
Homilía Dominical dia 04/12/2016
Homilia do Mons. José Maria
– II Domingo do Advento (Ano A)
Mons. José Maria Pereira
O Advento é tempo de preparação para
receber o Salvador. É tempo de conversão! Daí o convite de João Batista a
todos: “Convertam-se por que o Reino do Céu está próximo!” (Mt 3,2). O tempo é
agora: “Preparem o caminho do Senhor, endireitem suas
estradas!” (Mt 3,3).
João Batista prega a conversão. Esta
significa colocar os passos nos passos de Jesus. E isto é um aspecto que
caracteriza a vida cristã inteira. Quando acontece erro, um extravio, cumpre
reconhecer o erro, dispondo-se a receber o dom de Deus, que perdoa sempre, que
é infinitamente misericordioso e oferece a cura espiritual no Sacramento da
Confissão.
Converter-se é renascer continuamente
para a vida ressuscitada com Cristo. A existência do cristão deve ser uma
conversão contínua. Não é somente purificar-se do estado de pecado, mas também
progredir sempre. Ensina São Paulo: “Rogamos e vos exortamos no Senhor Jesus
Cristo a que progridais sempre mais” (1Ts 4,1). O cristão convertido sabe que é
um peregrino, como ser que vive debaixo da tenda em condição provisória, como
pessoa que jaz sob a lei fundamental de uma mudança sempre mais profunda em
busca de santificação pessoal.
João foi chamado o Profeta do
Altíssimo por que sua a missão foi ir à frente do Senhor para preparar os seus
caminhos, ensinando a ciência da Salvação a seu povo. João não desempenhará
essa missão à procura de uma realização pessoal, mas concentrando-se em
preparar para o Senhor um povo perfeito. Não se dedicará a ela por gosto
pessoal, mas por ter sido concebido para isso. E irá realizá-la até o fim, até
dar a vida no cumprimento da sua vocação.
Foram muitos os que conheceram Jesus
graças ao trabalho apostólico do Batista. Os primeiros discípulos seguiram
Jesus por indicação expressa dele e muitos outros se preparam interiormente
para segui-Lo graças à sua pregação.
Diz João: “Eu sou a voz que clama no
deserto: Preparai os caminhos do Senhor, endireitai suas veredas” (Mt 3,3). Ele
não é mais do que a voz, a voz que anuncia Jesus. Essa é a sua missão, a sua
vida, a sua personalidade. Todo o seu ser está definido em função de Jesus,
como teria que acontecer na nossa vida, na vida de qualquer cristão. O
importante da nossa vida é Jesus.
João Batista indica-nos também o
caminho que devemos seguir. Na ação apostólica pessoal – enquanto preparamos os
nossos amigos para que encontrem o Senhor –, devemos procurar não ser o centro.
O importante é que Cristo seja anunciado, conhecido e amado. Uma preocupação de
singularidade, a ânsia de sermos protagonistas, não deixaria lugar para Jesus.
Sem humildade, não poderíamos aproximar os nossos amigos de Deus. E então a
nossa vida ficaria vazia.
Hoje nós não podemos esquecer que
somos testemunhas de Cristo. Nós somos testemunhas, mas que tipo de
testemunhas? Como é o nosso testemunho cristão entre os nossos colegas, na
família? Tem força suficiente para persuadir os que ainda não crêem em Jesus,
os que não o amam, os que têm uma idéia falsa a seu respeito? São perguntas que
poderiam ajudar-nos a viver este Advento, um tempo a que não pode faltar a
dimensão apostólica.
Temos que dar testemunho e, ao mesmo
tempo, apontar aos outros o caminho. Diz São Josemaria Escrivá: “Grande é a
nossa responsabilidade, porque ser testemunhas de Cristo implica, antes de mais
nada, procurar comportar-se segundo a sua doutrina, lutar para que a nossa
conduta recorde Jesus e evoque a sua figura amabilíssima. Temos que
conduzir-nos de tal maneira que, ao ver-nos, os outros possam dizer: este é
cristão, porque não odeia, porque sabe compreender, porque não é fanático,
porque está acima dos instintos, porque é sacrificado, porque manifesta
sentimentos de paz, porque ama” (É Cristo que passa, nº 122).
O mundo não se abriu nem converteu
ainda ao Evangelho. Por isso, soa ainda hoje, e mais atual do que nunca, a voz
de João Batista que ecoa no Advento: “Arrependei-vos…” (Mt3,2).
Olhemos em direção ao Menino Deus que
está para chegar! Hoje o mundo, muitas vezes, olha em outra direção, donde não
virá ninguém. Muitos se acham debruçados sobre os bens materiais como se fossem
o seu fim último; mas com eles jamais satisfarão seu coração. Temos que
apontar-lhes o caminho. A todos.
Não é possível acolher “Aquele que
vem “ se o nosso coração estiver cheio de egoísmo, de orgulho, de
autossuficiência, de preocupação com os bens materiais. Não bastam aparências,
apenas de que somos cristãos porque recebemos o Batismo. A conversão deve ser
comprovada pela ação.
Quais os caminhos tortos que devemos
endireitar? Quais os frutos de conversão que Deus está esperando de nós, neste
Advento, em preparação ao Natal?
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