sábado, 28 de maio de 2016

Homilía Dominical dia 29/05/2016



  

Saber Pedir
Mons. José Maria Pereira

            O Evangelho (Lc 7, 1-10) apresenta-nos a figura de um centurião que é modelo de muitas virtudes: fé, humildade, confiança no Senhor.
            Este centurião é também para nós um exemplo de homem que sabe pedir. A fé deste homem arrancou a admiração de Jesus, porque se diz que “Jesus ficou admirado”.
            É uma fé humilde. A humildade deste homem é verdadeiramente surpreendente e transparece em tantos particulares (Não só nas famosas palavras: Eu não sou digno..., antes de tudo da relação que há entre ele e seu servo: aquele servo não é uma coisa, mas uma pessoa, um amigo(“a quem prezava”); por ele, se dispõe pessoalmente, e esta é humildade, da melhor qualidade! Indica que, também na vida, ele não é um homem que olha os outros do alto de seu cargo, não faz pesar sua superioridade, mas sabe colocar-se ao lado dos mais humildes. Em segundo lugar, ele não vai pessoalmente a Jesus, porque, como pagão, se considera indigno de comparecer à sua frente.
            É a própria fé deste homem que é humilde; tem uma fé  capaz de deslocar montanhas, e não o percebe, aliás, parece até se envergonhar, porque tenta justificá-la. Como se dissesse: nenhum mérito há de minha parte em crer que tu podes curar meu servo; vejo como me obedecem meus súditos!
            Mas exatamente aqui está o milagre de sua fé que arranca a admiração de Jesus: “Também eu estou debaixo de autoridade, mas tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Se ordeno a um: Vai, ele vai; e a outro: Vem! ele vem; e ao meu empregado: Faze isto!, ele o faz” (Lc 7, 8). A lógica é clara: ele responde pelos próprios atos diante de seu superior, este por sua vez ao governador local, que por fim responde a César, em Roma. A autoridade que se espera seja exercida por Jesus se encontra nas mesmas condições. A argumentação é notável!
            Este homem entendeu – certamente pelo dom do Espírito Santo – que os milagres de Jesus brotam de sua obediência ao Pai e isto, em Israel, não o tinha entendido ninguém, nem mesmo os discípulos mais íntimos! Entende-se por que Jesus ficou comovido.
            O ensinamento mais importante desse texto evangélico é a fé do centurião; a qualidade daquela fé! É uma fé humilde, sim, mas corajosa; dir-se-ia até mal-educada, indiscreta, segura demais de si, se isto não resultasse que a Jesus agradava exatamente assim: “Em verdade, vos digo: se alguém disser a esta montanha: arranca-te e joga-te no mar, sem duvidar no coração, mas acreditando que vai acontecer, então acontecerá” (Mc 11,23). O dito de Jesus quer dizer que a fé faz superar todos os obstáculos; que entre o que Deus pede ao homem com a fé e aquilo que ele está disposto a lhe dar há a mesma desproporção que existe entre um grãozinho de mostarda e um monte que se desloca.
            O centurião colocou seu servo nas mãos de Jesus; sabia que não podia fazer outra coisa a não ser o bem: e voltando para a casa do centurião os que haviam sido enviados, encontraram o servo curado.
            Eis o ensinamento do Evangelho de hoje: crer de maneira simples e corajosa, ousar muito em matéria de fé, pedir “sem duvidar.”
            Nossa fé é, muitas vezes, extremamente intelectual, muito cerebral; consiste em crer que aquilo que Deus falou seja verdadeiro(crer na veracidade de Deus), mas não em crer que o que prometeu acontecerá (crer no poder de Deus). Enfim, falta-nos a fé nos milagres.
            Revistamo-nos da humildade do centurião com aquelas palavras que ele foi o primeiro a dizer e que atravessaram os séculos até nós: Senhor, não sou digno; mas abracemos também sua fé: Dize somente uma palavra e eu ficarei curado.

FESTA NOSSA SENHORA DO AMOR DIVINO !!!!



quarta-feira, 25 de maio de 2016

FORMAÇÃO CASAL PILOTO


Dia 23 de Maio foi realizada, pelo casal Ane e Doca (Equipe 4), a segunda reunião para formação de casal piloto, agradecemos ao Padre Jac que cedeu o espaço para a realização da Formação em Nogueira, Paróquia Santo Antonio e Santo Agostinho.







Momento de Formação e Oração!

Nossa Senhora do Amor Divino, rogai por nós!

terça-feira, 24 de maio de 2016

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Homília Dominical dia 22/05/2016




Santíssima Trindade
Mons. José Maria Pereira

Depois de ter celebrado os mistérios da Salvação, desde o nascimento de Cristo (Natal) até a vinda do Espírito Santo (Pentecostes), a liturgia propõe-nos o mistério central de nossa fé,a fonte de tudo e à qual tudo deve voltar: a Trindade.
Santo Agostinho afirmou que é difícil encontrar uma pessoa que, falando da Trindade, saiba do que esteja falando (Confissões XIII,II). Trata-se de uma tarefa – como foi revelado em sonho a Santo Agostinho – não menos impossível do que aquela de uma criança que tenta esvaziar o mar usando uma concha.
Toda a vida da Igreja está impregnada pelo Mistério da Santíssima Trindade. E quando falamos aqui de mistério, não pensemos no incompreensível, mais na realidade mais profunda que atinge o núcleo do nosso ser e do nosso agir.
A revelação da Trindade é, portanto, uma cascata de amor: é o gesto supremo da condescendência divina para com o homem. Os gregos diziam: “ Nenhum Deus pode se misturar com o homem” ( Platão). Nosso Deus, em vez disso, se misturou com o homem; tramou sua vida com a do homem preparando-o para a comunhão eterna com ele.
Mas é Cristo quem nos revela a intimidade do mistério trinitário e o convite para que participemos dele. “Ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mt, 11, 27). Ele revelou-nos também a existência do Espírito Santo junto como Pai e enviou-o à Igreja para que a santificasse até o fim dos tempos; e revelou-nos a perfeitíssima Unidade de vida entre as Pessoas divinas (Cf. Jo16, 12-15).
O mistério da Santíssima Trindade é o ponto de partida de toda a verdade revelada e a fonte de que procede a vida sobrenatural e para a qual nos encaminhamos: somos filhos do Pai, irmãos e co-herdeiros do Filho, santificados continuamente pelo Espírito Santo para nos assemelharmos cada vez mais a Cristo.
Por ser o mistério central da vida da Igreja, a Santíssima Trindade é continuamente invocada em toda a liturgia. Fomos batizados em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, e em seu nome perdoam-se os pecados; ao começarmos e ao terminarmos muitas orações, dirigimo-nos aoPai, por mediação de Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Muitas vezes ao longo do dia, nós, os cristãos repetimos: Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Meditando sobre a Trindade dizia S. Josemaria Escrivá: “Deus é o meu Pai! Se meditares nisto, não sairás dessa consoladora consideração.
Jesus é meu Amigo íntimo ! (outra descoberta), que me ama com toda a divina loucura do seu coração.
O Espírito Santo é meu Consolador!,que me guia nos passos de todo o meu caminho. Pensa bem, nisso. Tu és de Deus..., e Deus é teu” (Forja, nº2).
Desde que o homem é chamado a participar da própria vida divina pela graça recebida no Batismo, está destinado a participar cada vez mais dessa Vida. É um caminho que é preciso percorrer continuamente.
A Santíssima Trindade habita na nossa alma como num templo. E São Paulo faz-nos saber que o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Cf. Rm 5, 5). E aí, na intimidade da alma, temos de nos acostumar a relacionar-nos com Deus Pai, com Deus Filho e com Deus Espírito Santo. Dizia Santa Catarina de Sena: “Vós, Trindade eterna, sois mar profundo, no qual quanto mais penetro, mais descubro, e quanto mais descubro, mais vos procuro”.
Imensa é a alegria por termos a presença da Santíssima Trindade na nossa alma! Esta alegria é destinada a todo cristão, chamado à santidade no meio dos seus afazeres profissionais e que deseja amar a Deus com todo o seu ser; se bem que, como diz Santa Teresa, “há muitas almas que permanecem rodando o castelo (da alma), no lugar onde montam guarda as sentinelas , e nada se lhes dá de penetrar nele. Não sabem o que existe em tão preciosa mansão, nem quem mora dentro dela”. Nessa “preciosa mansão”, na alma que resplandece pela graça, está Deus conosco: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Desde pequenos, aprendemos de nossos pais a fazer o sinal da cruz e chamar a Deus: de Pai, Filho e Espírito Santo.
Assim com toda a naturalidade, estávamos invocando o mistério mais profundo de nossa fé e da vida cristã: Santíssima Trindade que hoje celebramos.
Só Cristo nos revelou claramente essa verdade: Fala constantemente do Pai: Quando Felipe diz: “Mostra-nos o Pai...”, Jesus responde: “Felipe... quem me vê, vê o Pai” (Jo 14,8).
Jesus promete o Espírito Santo: “Quando vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena Verdade”.
Quando se despede, no dia da Ascensão, afirma: “Ide... e batizai em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.”
A contemplação e o louvor à Santíssima Trindade são a substância da nossa vida sobrenatural, e esse é também o nosso fim: porque no Céu, junto de Nossa Senhora – Filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho, Esposa de Deus Espírito Santo: mais do que Ela, só Deus - , a nossa felicidade e o nosso júbilo serão um louvor eterno ao Pai, pelo Filho, no Espírito Santo. Estes vieram em nós no Batismo. Estabeleceram em nós sua habitação e nos são mais íntimos do que nós mesmos, diz Santo Agostinho. Em seu nome e no diálogo com eles desenvolve-se toda a nossa vida de fé, desde o berço até o túmulo. No limiar da existência fomos batizados “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. No ocaso dela, partiremos deste mundo ainda “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.
Fazendo o sinal da Cruz, nós declaramos a cada vez, nossa vontade de pertencer à Trindade.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Formação Casal Piloto , Setor Itaipava .

O casal Rosana e Sérgio fizeram a primeira reunião para formação de casais Piloto na Igreja de Nogueira.
Serão quatro dias de formação, no dia 24 de Maio será realizada a segunda parte da formação.
 Momento muito importante para a expansão de  nosso Setor.






Nossa Senhora do Amor Divino, rogai por nós!


Janete e Marco Antônio CRS Itaipava

Homilía Dominical dia 15/05/2016





Missão do Espírito Santo

Mons. José Maria Pereira

Com a Solenidade de Pentecostes encerramos o Tempo Pascal.
Pentecostes era uma das grandes festas judaicas; muitos israelitas iam nesses dias em peregrinação a Jerusalém, para adorar a Deus no Templo. A origem da festa remontava a uma antiqüíssima celebração em que se davam graças a Deus pela safra do ano, em vésperas de ser colhida. Depois acrescentou-se a essa comemoração, que se celebrava cinqüenta dias depois da Páscoa, a da promulgação da Lei dada por Deus no monte Sinai. Por desígnio divino, a colheita material que os judeus festejavam com tanto júbilo converteu-se, na Nova Aliança, numa festa de imensa alegria: a vinda do Espírito Santo com todos os seus dons e frutos.
Hoje é a plenitude do Mistério Pascal, com o Dom do Espírito Santo à Igreja. É o nascimento da Igreja. O Pentecostes é o cumprimento da promessa de Jesus: “... se Eu for, enviá-lo-ei” (Jo 16,7);
A vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes não foi um acontecimento isolado na vida da Igreja. O Paráclito santifica-a continuamente, como também santifica cada alma, através das inúmeras inspirações que se escondem em “todos os atrativos, movimentos, censuras e remorsos interiores, luzes e conhecimentos que Deus produz em nós, prevenindo o nosso coração com as suas bênçãos, pelo seu cuidado e amor paternal, a fim de nos despertar, mover, estimular para o amor celestial, para as boas resoluções, para tudo aquilo que, numa palavra, nos conduz à nossa vida eterna. A sua ação na alma é suave e aprazível; Ele vem salvar, curar, iluminar,” (São Francisco de Sales).
No dia de Pentecostes, os Apóstolos foram robustecidos na sua missão de anunciarem a Boa Nova a todos os povos. Todos os cristãos têm desde então a missão de anunciar, de cantaras maravilhas que Deus fez no seu Filho e em todos aqueles que crêem nEle. Somos agora um povo santo para publicar as grandezas dAquele que nos tirou das trevas para a sua luz admirável.
Ao compreendermos a grandeza da nossa missão, compreendemos também que ela depende da nossa correspondência às moções do Espírito Santo, e sentimo-nos necessitados de pedir-lhe freqüentemente que lave o que está manchado, regue o que está seco, cure o que está doente, acenda o que está morno, retifique o que está torcido. Porque sabemos bem que no nosso interior há manchas, e partes que não dão todo o fruto que deveriam porque estão secas, e partes doentes, e tibieza e também pequenos desvios, que é necessário retificar.
Não se pode conceber vida cristã nem Igreja sem a presença e a ação do Espírito Santo.
Depois que Jesus completou a sua obra, constituído Senhor a partir de sua ressurreição, envia ao mundo o seu Espírito, o Espírito do Pai. Conforme São João (Cf. Jo 20,19-23), Jesus comunica o seu Espírito, o mesmo Espírito que Ele entregou ao Pai no dia da ressurreição. Para isso, sopra sobre eles, transmitindo-lhes a vida nova, a força, o Espírito Santo: “Recebi o Espírito Santo...” e o Dom do Perdão e da Reconciliação.
O Espírito Santo nos conduz à vida de oração. A vida cristã requer um diálogo constante com Deus Uno e Trino, e é a essa intimidade que o Espírito Santo nos conduz. Acostumemo-nos a procurar o convívio com o Espírito Santo, que é quem nos há de santificar; a confiar nEle, a pedir a sua ajuda, a senti-lo perto de nós. Assim se irá dilatando o nosso pobre coração, teremos mais ânsias de amar a Deus e, por Ele, a todas as criaturas.
A chama do Espírito Santo transformou totalmente os apóstolos... Que essa mesma chama ilumine e aqueça a nossa vida no caminho da Unidade, do Bem e da Verdade...
 “O Espírito Santo vem em socorro à nossa fraqueza”, diz S. Paulo (Rom. 8,26). Diz São João da Cruz que o Espírito Santo, com a sua chama está ferindo a alma, gastando e consumindo-lhe as imperfeições dos seus maus hábitos.
Para chegarmos a um convívio mais íntimo com o Espírito Santo, aproximemo-nos da Virgem Maria, que soube secundar como ninguém as inspirações do Espírito Santo. “Perseveravam unânimes na oração, com algumas mulheres e com Maria, a Mãe de Jesus” (At 1,14).
Rezemos hoje com a Igreja: Deus eterno e todo-poderoso, quisestes que o mistério pascal se completasse durante cinquenta dias, até a vinda do Espírito Santo. Fazei que todas as nações dispersas pela terra, na diversidade de suas línguas, se unam no louvor do vosso nome.
Cantemos: Vem, vem, vem, vem Espírito Santo de Amor, vem a nós, traz à Igreja em novo vigor.