segunda-feira, 29 de julho de 2013

MOMENTOS DE CASAIS EQUIPISTAS E SCE NA JMJ 2013

Caros amigos, 


reunimos aqui algumas fotos de casais equipistas e sacerdotes conselheiros espirituais do Setor Itaipava participando da JMJ e das atividades da Semana Missionária.

Foram momentos, certamente, de grande emoção, alegria e, sobretudo, de crescimento na fé.

Um grande abraço a todos!!

"O Poderoso fez em mim maravilhas, e Santo é o Seu nome."

Roseli e Aguinaldo
CRS Itaipava




Foto: Com a Igreja. Após pegar os kits encontramos a alegria de D. Gilson Andrade e de René Vilela.
(Dom Gilson Andrade da Silva)




(Monsenhor José Maria Pereira)



(Roseli e Aguinaldo com dois peregrinos franceses)



(Danielle e Marlan na chegada do Papa Francisco)




(Ane e Doca na Semana Missionária e na JMJ)








(Bia e Felipe com peregrinos franceses)


(Carla e Paulinho na Vigília em Copacabana)











(Carla e Paulinho com Dom Gregório Paixão em Copacabana)





(Sacerdotes e comunidade da Posse com peregrinos do Malawi)





(Equipistas Luciana e Marcelo e Ana e Cazé com peregrinos do Malawi)





(Bernardo - do Cláudio e da Letícia - encantando os peregrinos).

domingo, 28 de julho de 2013

Papa pede que jovens levem Jesus às 'periferias existenciais'

A homilia final do Papa Francisco na missa de envio da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) deixou um pouco de lado o cunho social para se voltar ao aspecto religioso do lema do evento: "Ide e fazei discípulos entre todas as nações". O Pontífice pediu que os jovens não tenham medo da missão que Jesus ordena a cada um deles. "É uma ordem, sim, mas que não nasce da vontade de domínio ou de poder, mas nasce da força do amor", afirmou Francisco, pedindo atenção especial para os jovens do Brasil e da América Latina.
Mesmo com foco na religião, o papa Francisco não deixou de inserir o contexto social em suas palavras, pedindo aos jovens que levem Cristo a todos os ambientes. "Até as periferias existenciais, incluindo a quem parece mais distante, mais indiferente", disse, pedindo que a união demonstrada por eles durante a JMJ não se perca a partir de amanhã. "Jesus não chamou os Apóstolos para viverem isolados, chamou-lhes para que formassem um grupo, uma comunidade", afirmou, advertindo aos sacerdotes que não deixem de estar lado a lado com a juventude.
Ele desafiou os jovens a partilhar a experiência vivida no Rio de Janeiro durante esses dias de JMJ na volta para casa, dizendo que a missão não tem fronteiras nem limites. "A experiência desse encontro não pode ficar trancafiada na vida de vocês ou no pequeno grupo da paróquia, do movimento e da comunidade de vocês. Seria como cortar o oxigênio a uma chama que arde", afirmou, lembrando como exemplo de missão o beato José de Anchieta e citando o profeta Jeremias, que disse que não é preciso temer o desafio. "Alguém poderia pensar que não está preparado. Mas Deus responde: não tenham medo, pois estou contigo para te defender."
No fim, o Papa abriu as portas da Igreja para o serviço ao próximo, para uma nova Igreja. "Evangelizar significa testemunhar pessoalmente o amor de Deus, significa superar os nossos egoísmos, significa servir, inclinando-se para lavar os pés dos nossos irmãos, tal como fez Jesus", disse, deixando claro o novo estilo que quer da Igreja Católica. "Para construir um mundo novo, é preciso levar a força de Deus para devastar e derrubar as barreiras do egoísmo, da intolerância e do ódio; e também para extirpar e destruir o ódio e a violência", afirmou. 

Fonte:
http://noticias.terra.com.br/brasil/papa-francisco-no-brasil/papa-pede-que-jovens-levem-jesus-as-periferias-existenciais,1ef1a4bac8520410VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html

sábado, 27 de julho de 2013

HOMILIA DOMINICAL - 28/07/2013





O Poder da Oração




            A oração constitui um dos elementos essenciais da vida cristã e do seguimento de Cristo.

      Na primeira leitura (Gn 18, 20-32) aparece a comovente e atrevida oração de Abraão, em favor das cidades pecadoras, expressão magnífica da sua confiança em Deus e da sua solicitude pela salvação dos outros. Deus revelou-lhe o Seu desígnio de destruir as cidades de Sodoma e Gomorra, pervertidas ao máximo, e o patriarca procura deter o castigo, em atenção aos justos que, possivelmente, poderia haver entre os pecadores. 

             O Evangelho (Lc 11, 1-13) retoma o tema da oração. Jesus, solicitado pelos seus discípulos, ensina-os a orar: “Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o Teu nome. Venha o Teu reino” (Lc 11, 2). O cristão, autorizado por Jesus, chama a Deus de Pai, nome que dá à oração uma atitude filial, que pode derramar o seu coração no coração de Deus, apresentando-Lhe as suas necessidades, de maneira simples e espontânea, como indica o Pai-nosso. 

 
 
            Com a parábola do amigo importuno Jesus ensina a orar com perseverança e insistência, como fez Abraão, sem temer a ser indiscretos: “Pedi, procurai, batei”. Não há horas inconvenientes para Deus. Nunca se aborrece da oração humilde e confiada dos Seus filhos, mas antes se compraz com ela: “Todo aquele que pede recebe; quem procura encontra; e ao que bate abrir-se-á” (Lc 11, 10). E, mesmo que o homem nem sempre obtenha aquilo que pede, é certo que a sua oração não é em vão, pois o Pai celeste responde sempre com o Seu amor e a seu favor, embora de uma maneira oculta e diferente da que o homem espera.

              O mais importante não é obter isto ou aquilo, mas sim, que nunca lhe falte a graça de ser cada dia fiel a Deus. Esta graça está garantida ao que ora sem cessar: “Se vós que sois maus sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que O pedirem” (Lc 11, 13). No dom do Espírito Santo, estão incluídos todos os bens que Deus quer conceder aos Seus filhos.

            Jesus retirava-se para rezar, com frequência! E um dia, ao terminar a sua oração, disse-lhe um de seus discípulos: “Senhor, ensina-nos a orar... É o que nós temos de pedir também: Jesus, ensina-me de que modo relacionar-me contigo, diz-me como e que coisas devo pedir-te...Pois, se Jesus foi um homem orante, também os cristãos são chamados a serem homens e mulheres orantes. 

          Para que possam transformar toda a sua vida numa comunhão profunda com Deus, importa dedicar espaços de tempo explicitamente ao exercício da oração. Sem dúvida a oração constitui uma profunda experiência pascal. Daí cuidarmos da vida de oração, pois a oração é o grande recurso que no resta para sair do pecado, perseverar na graça, mover o coração de Deus e atrair sobre nós toda a sorte de bênçãos do céu, quer para a alma, quer pelo que respeita às nossas necessidades temporais.

            Aos jovens ensinava João Paulo II: “É preciso reconhecer humilde e realmente que somos pobres criaturas com idéias confusas, frágeis e débeis, com necessidade contínua de força interior e de consolação. A oração dá força para os grandes ideais, para manter a fé, a caridade, a pureza, a generosidade; a oração dá ânimo para sair da indiferença e da culpa, se por desgraça se cedeu à tentação e à debilidade; a oração dá luz para ver e julgar os acontecimentos da própria vida e da própria história na perspectiva salvífica de Deus e da eternidade. 

          Por isto, não deixeis de orar! Não passe um dia sem que tenhais orado um pouco! A oração é um dever, mas também é uma grande alegria, porque é um diálogo com Deus por meio de Jesus Cristo! Cada domingo a Santa Missa e, se vos é possível, alguma vez também durante a semana; cada dia as orações da manhã e da noite e nos momentos mais oportunos!”

            O que devemos pedir e desejar é que se cumpra a vontade de Deus: Faça-se a tua vontade assim na terra como no céu. E este é sempre o meio de acertar, o melhor caminho que podíamos ter sonhado, pois é o que foi preparado pelo nosso Pai do Céu. “Diz-Lhe: – Senhor, nada quero fora do que Tu quiseres. Não me dês nem mesmo aquilo que te venho pedindo nestes dias, se me afasta um milímetro da tua vontade (S. Josemaria Escrivá, Josemaria Escrivá, Forja, 512).

            “Orai sem cessar”, diz-nos S. Paulo. “Não sabes orar? – Põe-te na presença de Deus, e logo que começares a dizer: “Senhor, não sei fazer oração!...”, podes ter certeza de que começaste a fazê-la” (Caminho, 90). Continua S. Josemaria no nº. 101 de Caminho: “Persevera na oração. – Persevera, ainda que o teu esforço pareça estéril. – A oração é sempre fecunda.”  



 Monsenhor José Maria Pereira 
(Colaborador do Blog e SCE das Equipes 01 e 04 do Setor Itaipava)

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Semana Missionária da Diocese de Petrópolis é encerrada no Parque Municipal de Petrópolis



O último dia da Semana Missionária Diocesana, promovido pela Diocese de Petrópolis, com apoio da Prefeitura de Petrópolis, reuniu cerca de 40 mil pessoas, que passaram durante todo domingo, dia 21 de julho, no Parque Municipal de Itaipava. O Bispo Diocese, Dom Gregório Paixão presidiu a missa de encerramento com a participação de cerca de 20 bispos, padres e religiosos estrangeiros, os jovens peregrinos e toda juventude diocesana, além das famílias acolhedoras, formando um público de 20 mil pessoas na hora da celebração.

O encontro em Itaipava contou com a presença presidente do Conselho Pontifício para os Leigos, Cardeal Stanisław Ryłko Nat. Ele estava em visita à Petrópolis e ao tomar conhecimento do encerramento da Semana Missionária, decidiu fazer uma visita, cumprimento os bispos participantes da missa e sendo saudado por Dom Gregório Paixão.

Ao se despedir dos jovens peregrinos, Dom Gregório Paixão afirmou que agora eles tinham uma casa no Brasil e que esta “casa é a Diocese de Petrópolis”. O bispo falou da importância desta semana e como as famílias falavam sobre a experiência que viveram ao longo de uma semana e contou uma conversa que teve com uma senhora, que apenas sabendo uma única palavra em inglês, conseguiu se comunicar com os jovens que acolheu, falando a linguagem do amor.

O evento no Parque Municipal de Itaipava teve inicio por volta das 8h30, quando começaram chegar os peregrinos e a juventude diocesana. Ao longo do dia, os jovens participaram de catequese nas tendas em francês, inglês, espanhol e italiano e foram ministradas pelos bispos destes países, como a italiana que contou com a presença do ex-bispo da Diocese, Dom Filippo Santoro.

Além das tendas, os jovens participaram de oficinas e puderem visitar exposição de trabalhos desenvolvidos na Diocese e na cidade de Petrópolis, como a Comunidade Jesus Menino. O evento contou ainda com show da banda da Diocese Frutos de Medjugorje, o cantor católico Migueli, o Padre Fábio de Mello e o grande show e louvor da noite, Martin Valverde.
Por toda Diocese de Petrópolis foram muitas as manifestações de carinho, alegria e tristeza pela partida dos peregrinos na manhã de hoje (dia 22/07), principalmente no domingo pela manhã, quando os chilenos deixaram a Diocese para o Rio de Janeiro. “Pena que os chilenos não participam com a gente do encerramento, mas a convivência foi muito boa. Depois desta experiência tenho uma certeza, vou participar da próxima jornada mundial seja onde for”, afirmou Flaviana, jovem da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, que ajudou recepção dos jovens, na comissão de comunicação e tradução.

O Padre Francisco Llanca, vigário da Esperanza Joven Arzobispado de Santiago e delegado do Chile para Jornada Mundial da Juventude (JMJ) agradeceu toda acolhida feita aos chilenos pelas famílias acolhedoras, frisando que esta troca de experiência foi importante para os chilenos e também para os brasileiros. Segundo ele, a convivência durante uma semana entre a Igreja do Chile e a Diocese de Petrópolis estreitou os laços, tornando uma só Igreja.

“É um tempo maravilhoso de muita proximidade e acolhida para as famílias, somos muito gratos à Petrópolis que nos recebeu com grande amor. O encontro com Jesus cristo, que podemos compartilhar a alegria da fé no senhor e podemos compartilhar com outros irmãos de outros países e descobrir a forte raiz de fé que há no povo brasileiro. Ajuda muitos jovens a aumentar a sua fé. O que significa também dar um testemunho desse amor a outras pessoas” afirmou o Padre Francisco Llanca.


Ele agradeceu a Diocese de Petrópolis e da reitoria da Universidade Católica de Petrópolis (UCP), por ter disponibilizado um espaço na Universidade para que pudessem coordenar os mais de 800 hospedados na Diocese e ainda cerca de 3.600 mil chilenos vindos para JMJ.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

NOTA DE FALECIMENTO

Queridos irmãos Equipistas,

É com grande pesar que comunicamos o falecimento da nossa querida irmã Annita do Waldely da Equipe 1.

Quem teve o privilégio de conhecer e conviver com essa pessoa maravilhosa sentirá muita saudade!

Annita era especial, juntamente com o seu "Waldê" foram essenciais na vida de muitos, e na vida do nosso Movimento das ENS. Sempre com uma palavra meiga, porém firme, conduziu muitas equipes em pilotagem, aconselhou e ajudou muitos casais em dificuldade de relacionamento, ela e nossa matriarca Maria Laura, com quem estive ontem, são nossas mãezonas das ENS. Devemos muito a elas, e a toda a Equipe 1 o fato das ENS existirem em Teresópolis e Friburgo, pois mesmo cansados e já com idade Annita e Waldely, não deixavam de pegar a estrada para fazer a pilotagem de equipes em Nova Friburgo, conseguindo assim, levar a benção que é o nosso Movimento para mais uma cidade.

Querida Annita, agora que estás descansando junto ao Pai, tenho certeza que Nossa Senhora a está acolhendo de braços abertos bem como todos os seus irmãos equipistas que estão no Céu!

Receba o nosso carinho e a nossa saudade, e seja mais uma a interceder por nós!

Iensuny e Francisco
CRS Teresópolis

Homilia do Papa Francisco - Santuário Nacional - 24 de julho de 2013

PAPA FRANCISCO EM APARECIDA - SP

Papa disse que quis vir ao Santuário Nacional para “suplicar à Maria, nossa Mãe, o bom êxito da Jornada Mundial da Juventude e colocar aos seus pés a vida 
do povo latino-americano” 
(Foto: Ed Alves)

PAPA FRANCISCO



segunda-feira, 22 de julho de 2013

SER FAMÍLIA ACOLHEDORA - JMJ/2013


Nossa família teve a graça de acolher até hoje pela manhã os jovens peregrinos Paul Marie (da França) e Jean (de Luxemburgo), que vieram ao Brasil para a JMJ/2013. Tudo na simplicidade e no amor. O acolhimento, de fato, é uma experiência de Deus!

Ao exercitarmos uma das obras de misericórdia: “dar pousada ao peregrino”, nossa família sentiu a alegria e a oportunidade de dar testemunho e vivenciar a fé e o dinamismo de dois jovens de outro país. É o tempo de DEUS!


“Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine”. O peregrino experimenta essa caridade, virtude cristã, que ultrapassa todas as diferenças de cor, raça, cultura, povo e língua.


Com carinho, Roseli, Aguinaldo e filhos
CRS Itaipava

terça-feira, 16 de julho de 2013

HOMILIA DOMINICAL - 21/07/2013


Lugar de Encontro com Deus





            O Evangelho, em Lc 10, 38-42, apresenta Jesus a caminho de Jerusalém e que, em Betânia, é recebido em casa de Marta, irmã de Maria e Lázaro, por quem o Senhor havia chorado e a quem havia ressuscitado. Na casa dos três irmãos, que Jesus amava de todo o coração, encontrou Ele a acolhida e o repouso necessários para descansar, depois de uma longa jornada.

            O diálogo de Jesus com Marta tem um tom familiar cheio de confiança, que nos faz pensar na grande amizade do Senhor com os três irmãos.

            Santo Agostinho comenta esta cena da seguinte maneira: “Marta ocupava-se em muitas coisas, dispondo e preparando a refeição do Senhor. Pelo contrário, Maria preferiu alimentar-se do que dizia o Senhor. Não reparou de certo modo na agitação contínua de sua irmã e sentou-se aos pés de Jesus, sem fazer outra coisa senão escutar as Suas palavras. Tinha muito bem compreendido o que diz o Salmo: “Descansai e vede que Eu sou o Senhor” (Sl 46, 11). Marta consumia-se, Maria alimentava-se; aquela abarcava muitas coisas, esta só atendia a uma. Ambas as coisas são boas.”

            Por séculos quis-se apresentar Marta e Maria como dois modelos de vida contrapostos: em Maria quis-se representar a contemplação, a vida de união com Deus; em Marta, a vida ativa de trabalho; mas a vida contemplativa não consiste em estar aos pés de Jesus sem fazer nada: isso seria uma desordem! Os afazeres de cada um são precisamente o lugar em que encontramos a Deus, “o eixo sobre o qual assenta e gira a nossa chamada à santidade” (São Josemaria Escrivá). Sem um trabalho sério, consciente, prestigioso, seria muito difícil, para não dizer impossível, ter uma vida interior profunda e exercer um apostolado eficaz no meio do mundo.

            A maioria dos cristãos, chamados a santificar-se no meio do mundo, não se podem considerar como dois modos contrapostos de viver o cristianismo. Pois, uma vida ativa que se esqueça da união com Deus é algo inútil e estéril; uma suposta vida de oração que prescinda da preocupação apostólica e da santificação das realidades ordinárias também não pode agradar a Deus. A chave está, pois, em saber unir estas duas vidas, sem prejuízo nem de uma nem de outra. Esta união profunda entre ação e contemplação pode viver-se de modos muito diversos, segundo a vocação concreta que cada um recebe de Deus.

            O trabalho, longe de ser obstáculo, há de ser meio e ocasião de uma intimidade afetuosa com Nosso Senhor, que é o mais importante. Ou seja, é no meio de nossos trabalhos cotidianos e através deles, não apesar deles, que Deus convida a maioria dos cristãos a santificar o mundo e a santificação nele, com uma vida transbordante de oração que vivifique e dê sentido a essas tarefas. 

         A um grupo numeroso ensinava S. Josemaria Escrivá: “Deveis compreender agora – com uma nova clareza – que Deus vos chama a servi-Lo nas e a partir das tarefas civis, materiais, seculares, da vida humana. Deus espera-nos cada dia no laboratório, na sala de operações de um hospital, no quartel, na cátedra universitária, na fábrica, na oficina, no campo, no lar, e em todo o imenso panorama do trabalho. Não esqueçam nunca: há algo de santo, de divino, escondido nas situações mais comuns, algo que a cada um de nós compete descobrir (...). Não há outro caminho: ou sabemos encontrar o Senhor na nossa vida de todos os dias, ou não O encontraremos nunca. Por isso, posso afirmar que a nossa época precisa devolver à matéria e às situações aparentemente vulgares o seu sentido nobre e original; pondo-as ao serviço do Reino de Deus, espiritualizando-as, fazendo delas o meio e a ocasião para o nosso encontro contínuo com Jesus Cristo” (Temas Atuais do Cristianismo, nº 114). 

        Temos que chegar ao amor de Maria enquanto levamos a cabo o trabalho de Marta. Pois, o trabalho alimenta a oração e a oração “embebe” o trabalho. E isto até se chegar ao ponto de o trabalho em si mesmo, enquanto serviço feito ao homem e à sociedade, se converter em oração agradável a Deus. Numa palavra, o trabalho é o meio com que nos santificamos.

            E isto é o que verdadeiramente importa: encontrar Jesus no meio desses afazeres diários, não esquecer em momento algum “o Senhor das coisas”; e menos ainda quando esses afazeres se referem mais diretamente a Ele, pois, do contrário, talvez acabássemos por realizá-los com a atenção posta em nós mesmos, procurando neles somente a nossa realização pessoal, o gosto ou a mera satisfação de um dever cumprido, e deixando de lado a retidão de intenção, esquecendo o Mestre.

            Marta ao acolher Jesus em sua casa também nos ensina que devemos abrir o coração para o próximo, todo o próximo que se aproxima de nós ou de quem nós nos aproximamos. É toda uma atitude de acolhimento entre os esposos, entre pais e filhos, entre irmãos, entre os vizinhos, no trabalho, em nossas comunidades paroquiais, etc.

É importante que acolhamos Jesus como Maria, colocando-nos aos seus pés para ouví-Lo, mas é importante também que O acolhamos como Marta, proporcionando-Lhe descanso e alimento, contanto que tudo seja feito no Senhor.


Que a Virgem Santíssima nos alcance o espírito de trabalho de Marta e a presença de Deus de Maria, daquele que, sentada aos pés de Jesus, escutava embevecida as suas palavras.



Monsenhor José Maria Pereira
(Colaborador do blog e SCE das Equipes 01 e 04 do Setor Itaipava)



segunda-feira, 15 de julho de 2013

MISSA MENSAL DO SETOR ITAIPAVA


MISSA MENSAL DO SETOR NA PARÓQUIA DE SÃO JOSÉ DE ITAIPAVA



Na foto, os equipistas do Setor Itaipava com o Padre Tiago.

JMJ/2013


O QUE É JMJ?

JMJ: Um sonho do coração de Deus

Tudo começou com um encontro promovido pelo Papa João Paulo II em 1984. Foi um encontro de amor, sonhado por Deus e abraçado pelos jovens. Vozes que precisavam ser ouvidas e um coração pronto para acolhê-las.
A Jornada Mundial da Juventude (JMJ), como foi denominada a partir de 1985, continua a mostrar ao mundo o testemunho de uma fé viva, transformadora e a mostrar o rosto de Cristo em cada jovem.
São eles, os jovens, os protagonistas desse grande encontro de fé, esperança e unidade. A JMJ tem como objetivo principal dar a conhecer a todos os jovens do mundo a mensagem de Cristo, mas é verdade também que, através deles, o ‘rosto’ jovem de Cristo se mostra ao mundo.
A Jornada Mundial da Juventude, que se realiza anualmente nas dioceses de todo o mundo, prevê a cada 2 ou 3 anos um encontro internacional dos jovens com o Papa, que dura aproximadamente uma semana. A última edição internacional da JMJ foi realizada em agosto de 2011, na cidade de Madri, na Espanha, e reuniu mais de 190 países.
A XXVIII Jornada Mundial da Juventude será realizada de 23 a 28 de julho de 2013 na cidade do Rio de Janeiro e tem como lema “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19).
As JMJs tem sua origem em grandes encontros com os jovens celebrados pelo Papa João Paulo II em Roma. O Encontro Internacional da Juventude, por ocasião do Ano Santo da Redenção aconteceu em 1984, na Praça São Pedro, no Vaticano. Foi lá que o Papa entregou aos jovens a Cruz que se tornaria um dos principais símbolos da JMJ, conhecida como a Cruz da Jornada.
O ano seguinte, 1985, foi declarado Ano Internacional da Juventude pelas Nações Unidas. Em março houve outro encontro internacional de jovens no Vaticano e no mesmo ano o Papa anunciou a instituição da Jornada Mundial da Juventude.
A primeira JMJ foi diocesana, em Roma, no ano de 1986. Seguiram-se os encontros mundiais: em Buenos Aires (Argentina – 1987) - com a participação de 1 milhão de jovens; em Santiago de Compostela (Espanha – 1989) - 600 mil; em Czestochowa (Polônia – 1991) - 1,5 milhão; em Denver (Estados Unidos – 1993) - 500 mil; em Manila (Filipinas – 1995) – 4 milhões; em Paris (França -1997) – 1 milhão; em Roma (Itália – 2000) – 2 milhões, em Toronto (Canadá – 2002) – 800 mil; em Colônia (Alemanha – 2005) – 1 milhão; em Sidney (Austrália – 2008) – 500 mil; e em Madri (Espanha – 2011) – 2 milhões.

Além do fato de estar em outro país, com seus encantos turísticos, a participação na Jornada requer um corpo preparado para a peregrinação e um coração aberto para as maravilhas que Deus tem reservado para cada um. São catequeses, testemunhos, partilhas, exemplos de amor ao próximo e à Igreja, festivais de música e atividades culturais. Enfim, um encontro de corações que creem, movidos pela mesma esperança de que a fraternidade na diversidade é possível.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Chão e Paz - FÉ / Para matar a saudade

HOMILIA DOMINICAL 14/07/2013


Um amor sem distinção






O evangelho, em (Lc 10, 25-37), apresenta Jesus a falar com um doutor da lei sobre o primeiro mandamento: o amor a Deus e ao próximo. O doutor interroga o Mestre, não por desejo de aprender, mas “para O experimentar.” “E quem é o meu próximo?”

            Em resposta, Jesus conta a história do samaritano que socorre o homem caído nas mãos dos ladrões e deixado meio morto ao lado da estrada. Este é o meu próximo: um homem, um homem qualquer, alguém que necessita de mim. O Senhor não introduz nenhuma especificação de raça, amizade ou parentesco. O nosso próximo é qualquer pessoa que esteja perto de nós e necessite de ajuda. Nada se diz do seu país, nem da sua cultura, nem da sua condição social: um homem qualquer.

            No caminho da nossa vida, encontraremos pessoas feridas, despojadas de tudo e meio mortas, da alma e do corpo. A preocupação por ajudar os outros, se estamos unidos ao Senhor, tirar-nos-á do nosso caminho rotineiro, de todo o egoísmo, e dilatará o nosso coração preservando-nos da mesquinhez. Encontraremos pessoas cobertas de dor pela falta de compreensão e de carinho, ou necessitadas dos meios materiais mais indispensáveis; feridas por terem sofrido humilhações que vão contra a dignidade humana; despojadas, talvez, dos direitos mais fundamentais: situações de misérias que bradam aos céus. O cristão nunca pode passar ao largo, como fizeram alguns personagens da parábola.

            Nesta passagem do Evangelho encontramos outro ensinamento fundamental: a Lei de Deus não é algo negativo, “não fazer”, mais algo claramente positivo, é amor; a santidade, a que todos os batizados estão chamados, não consiste tanto em não pecar, mas em amar, em fazer coisas positivas, em dar frutos de amor de Deus. Quando o Senhor nos descreve o Juízo Final realça esse aspecto positivo da Lei de Deus (Mt 25, 31-46). O prêmio da vida eterna será concedido aos que fizeram o bem. Nesta parábola do bom samaritano, Santo Agostinho identifica o Senhor com o bom samaritano, e o homem assaltado pelos ladrões com Adão, origem e figura de toda a humanidade caída. Levado por essa compaixão e misericórdia, desce à terra para curar as chagas do homem, fazendo-as suas próprias (Is 53, 4; Mt 8, 17; 1Pd 2, 14; 1 Jo 3, 5).

Essa mesma compaixão e amor de Jesus Cristo temos de sentir nós, os Cristãos, que devemos ser discípulos Seus, para não passar nunca do lado oposto perante as necessidade alheias. Uma concretização do amor ao próximo encontramos nas Obras de Misericórdia, que se chamam assim porque não são devidas por justiça. São quatorze: sete espirituais e sete corporais. As espirituais abarcam: ensinar a quem não sabe, dar bom conselho a quem dele tenha necessidade, corrigir a quem erra, perdoar as injúrias, consolar o triste, sofrer com paciência as adversidades e as fraquezas do próximo, e rogar a Deus pelos vivos e pelos mortos. As corporais são: visitar os doentes, dar de comer ao faminto, dar de beber ao que tem sede, redimir o cativo, vestir o nu, dar pousada ao peregrino, e enterrar os mortos.

            O amor ao próximo é muito concreto. “Com razão se pode dizer que é o próprio Cristo quem nos pobres levanta a voz para despertar a caridade dos seus discípulos” (GS, 88).

            O samaritano não tem uma compaixão puramente teórica, ineficaz. Antes de mais nada aproximou-se, que é o que devemos começar por fazer perante a necessidade do próximo.

Nem sempre se tratará de atos heróicos, difíceis; freqüentemente, serão coisas simples, muitas vezes pequenas, “pois essa caridade não deve ser procurada unicamente nos acontecimentos importantes, mas, sobretudo, na vida corrente” (GS, 38).

            Jesus conclui o ensinamento com uma palavra cordial, dirigida ao doutor: “Vai e faze tu o mesmo”. Sê o próximo inteligente, ativo e compassivo com todo aquele que precisar de ti. Pois, como ensina São Tomás, “quando é amado o homem, é amado Deus já que o homem é imagem de Deus”. Quem ama de verdade Deus ama também os seus iguais, porque verá neles os seus irmãos, filhos do mesmo Pai, redimidos pelo mesmo sangue de Nossa Senhor Jesus Cristo: “Temos este mandamento de Deus: que o que ame a Deus ame também o seu irmão” (1 Jo 4, 21). Há, porém, um perigo! Se amamos o homem pelo homem, sem referência a Deus, este amor converte-se em obstáculo que impede o cumprimento do primeiro preceito; e então deixa também de ser verdadeiro amor ao próximo. Mas o amor ao próximo por Deus é prova patente de que amamos a Deus: “se alguém diz: amo a Deus, mas despreza o seu irmão, é um mentiroso” (1 Jo 4, 20).


 Perdemos um grande Pastor, um grande homem,um grande sacerdote, um futuro santo. Monsenhor José Maria Pereira, deu sua vida pelas ovelhas de Itaipava, dedicou-se 100% por cada paroquiano, foi excelente na vida pastoral, espiritual, financeira, muito construiu, muito trouxe fiéis de volta para Casa, para nossa Amada Igreja.
Enfim, o que dizer... Muito obrigado por ter sido esse exímio pregador da palavra de Deus.
De fato perdemos, mas nossa Diocese só tem a ganhar, só tem a crescer. Muitas vocações serão marcadas por esse zeloso pastor que zela, cuida, corrige, aperfeiçoa.
Missão cumprida Monsenhor!!! Muito Obrigado por tudo, obrigado por ter sido esse pai que tanto nos levou a Deus.
Que Deus e a Virgem do Amor Divino te iluminem nessa nova Caminhada.
Monsenhor José Maria Pereira
(Colaborador do Blog e SCE das Equipes 01 e 04) 

MISSA MENSAL - 14/07/2013, em Itaipava

Movimento de Espiritualidade Conjugal
Missa Mensal
Convidamos todos os casais equipistas e viúvas do Setor Itaipava a participarem da Missa Mensal em ação de graças pelo movimento das Equipes de Nossa Senhora, a realizar-se no dia 14 de julho de 2013 - domingo, às 19h, na Paróquia de São José – em Itaipava.
Acolhimento: Equipe 01 e Equipe 04.

 “O Poderoso fez em mim maravilhas, e Santo é o seu nome!”

Abraço fraterno,
Roseli e Aguinaldo

CRSetor Itaipava

domingo, 7 de julho de 2013

CELEBRANDO - NOVO CRS ITAIPAVA

“Vós sois a LUZ DO MUNDO. Não  pode  ficar  escondida 
uma  cidade  construída  sobre  um  monte.
Ninguém acende uma lâmpada para colocá-la debaixo  de  uma  vasilha,
mas  para  colocá-la  num  candeeiro,  onde  ela  brilha  para  todos."
 (Mateus 5,14)

Fernando e Leila (CRR Rio 2); Janete e Marco Antonio (novo CRS Itaipava)
QUERIDOS  AMIGOS EQUIPISTAS

A paz de Jesus!
Com  a  bênção   de   DEUS-PAI   e  a   inspiração  do   divino    ESPÍRITO  SANTO, agradecemos    o     "SIM"   do    casal    JANETE  & MARCO ANTONIO   (Equipe 02) ,   para   ser   o   próximo    Casal  Responsável    do   Setor  Itaipava,  em   nossa   Região  Rio II -   Província Leste .
Filhos   de   pais   católicos, JANETE  & MARCO ANTONIO   estão    casados  há   mais   de  18  anos ,   tem   2   filhos , e   pertencem   às   ENS  há  mais  de  10  anos.

Agradecemos  as  orações  de  todos , e  pedimos  que  NOSSA  SENHORA  DO AMOR DIVINO  continue  a  interceder   sempre   por  nós !!!

Grande abraço,

Roseli e Aguinaldo

MUDANÇA NO CLERO DA DIOCESE DE PETRÓPOLIS/RJ



Durante a reunião do clero diocesano, na manhã de terça-feira, dia 2 de julho, Dom Gregório Paixão anunciou as mudanças que ocorreram nas paróquias e no Seminário Diocesano Nossa Senhora do Amor Divino, nos próximos dias, sendo que a maioria delas acontece após a Semana Missionária na Diocese, que acontece do dia 16 a 21 de julho, e a Jornada Mundial da Juventude do dia 23 a 28 de julho, na cidade do Rio.

As mudanças são:

Monsenhor José Maria foi nomeado o novo Reitor do Seminário Diocesano, substituindo Padre Rogério Dias, nomeado Pároco da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, na Barra, em Teresópolis.

Para a Paróquia São José em Itaipava foi nomeado como novo Pároco, Padre Mario José Coutinho, que terá como Vigário Paroquial, Padre João Rosa, que continua como Vice-Reitor do Seminário Diocesano.

O Diretor Espiritual Residente do Seminário Diocesano, Padre Alexandre Brandão foi nomeado Vigário Paroquial da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus em Teresópolis. Ele continua como diretor espiritual e coordenador da Pastoral da Comunicação da Diocese.

Para ajudar Padre Brandão na direção espiritual do Seminário Diocesano foram nomeados Padre Francisco Montemezzo, Pároco da Paróquia Santo Antônio do Alto da Serra, e Padre Luiz Cláudio, e Administrador Paroquial da Paróquia São Sebastião do Carangola.

Com a saída do Padre Adenilson Silva Ferreira da Paróquia São José do Itamarati, assume em seu lugar como Pároco, o Padre André Ricardo Asthine. Padre Adenilson, além de ser Ecônomo da Diocese, assume o cargo de Vigário Paroquial da Paróquia Santo Antônio no Alto da Serra, substituindo o Padre Antônio Teixeira.

Para a Paróquia São Sebastião em Contendas, São José do Vale do Rio Preto, foi nomeado como Administrador Paroquial, Padre Adeir da Silva Oliveira. O Padre Antonio Celso Costa, deixa esta a Paróquia de Contendas para ser missionário na Diocese de Bonfim, na Bahia. 

O Padre Tiago de Freitas vai assumir o cargo de Administrador Paroquial na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes em Araras, substituindo Padre André Asthine. Padre Carlos Silva de Oliveira foi nomeado Vigário Paroquial para a Paróquia Santa Rita de Cássia, no Bairro Castrioto e confirmado como Coordenador de Projetos para Captação de Recursos para Monumentos Históricos da Diocese de Petrópolis.

Padre Leandro Libânio Lopes da Silva foi nomeado Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora das Dores em Areal.

O Padre Carlos Veraldo Pereira e o Padre Luiz Carlos Vitorino vão preparar tudo para a criação da futura paróquia de Bomsucesso (Venda Nova).
O Padre Fabiano Cunha Motta é o novo coordenador da Pastoral Presbiteral na Diocese. 


sábado, 6 de julho de 2013

HOMILIA DOMINICAL, 07/07/2013

Fontes da Paz
Mons. José Maria Pereira

            O Evangelho (Lc 10, 1-12. 17-20) relata a partida dos discípulos para anunciarem a chegada do Reino de Deus. Com a sua passagem, multiplicam-se os milagres: cegos que recuperam a vista, leprosos que ficam limpos, pecadores que decidem fazer penitência. E vão levando por toda a parte a paz de Cristo. O próprio Senhor os encarrega disso, antes de deixá-los partir para essa missão apostólica: Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: A paz esteja nesta casa! Se ali morar um amigo da paz, a vossa paz repousará sobre ele... Esta mensagem será repetida pela Igreja até o fim dos tempos.
            Depois de tantos anos, ainda vemos que o mundo não está em paz; anseia e clama por ela, mas não a encontra.
            Poucas vezes como no nosso tempo se mencionou tanto a palavra paz, e talvez poucas vezes como no nosso tempo a paz esteja tão longe do mundo.
            Talvez o mundo esteja buscando a paz onde não a pode encontrar; talvez a confunda com a tranquilidade; talvez a faça depender de circunstâncias externas e alheias ao próprio homem. A paz vem de Deus e é um dom divino “que supera todo entendimento” (Fil. 4,7), e que se concede somente aos homens de boa vontade (Lc 2,14), aos que procuram com todas as suas forças conformar a sua vida com o querer divino.
            Ensinava São Josemaria Escrivá: “A paz, que traz consigo a alegria, o mundo não a pode dar.
- Os homens estão sempre fazendo pazes, e andam sempre enredados em guerras, porque esqueceram o conselho de lutar por dentro, de recorrer ao auxílio de Deus, para que Ele vença, e assim consigam a paz no seu próprio eu, no seu próprio lar, na sociedade e no mundo.
- Se nos comportamos deste modo, a alegria será tua e minha, porque é propriedade dos que vencem. E com a graça de Deus – que não perde batalhas – chamar-mos-emos vencedores, se formos humildes” (Forja, 102).
            Então seremos portadores da paz verdadeira, e a levaremos como um tesouro inestimável aos lugares onde estivermos: à família, ao local de trabalho, aos amigos..., ao mundo inteiro.
            “A violência e a injustiça, frisa o Beato João Paulo II, têm raízes profundas no coração de cada indivíduo, de cada um de nós.” Do coração procedem “todas as desordens que os homens são capazes de cometer contra Deus, contra os irmãos e contra eles próprios, provocando no mais íntimo das suas consciências uma ferida, uma profunda amargura, uma falta de paz que necessariamente se reflete no entrançado da vida social. Mas é também do coração humano, da sua imensa capacidade de amar, da sua generosidade para o sacrifício, que podem surgir – fecundados pela graça de Cristo – sentimentos de fraternidade e obras de serviço aos homens que como rio de paz (Is 66,12), cooperem para a construção de um mundo mais justo, onde a paz tenha foro de cidadania e impregne todas as estruturas da sociedade.” (A. Del Portillo, Homilia). A paz é consequência da graça santificante, como a violência, em qualquer das suas manifestações, é consequência do pecado.
            A vida do cristão converte-se, então, numa luta alegre por rejeitar o mal e alcançar Cristo. Nessa luta, encontra uma segurança cheia de otimismo, mas quando pactua com o pecado e os seus erros, acaba por perdê-la, e converte-se numa fonte de mal-estar ou de violência para si próprio e para os outros.
            Unicamente em Cristo encontraremos a paz de que tanto necessitamos para nós mesmos e para que os que estão mais perto. Recorramos a Ele quando as contrariedades da vida pretenderem tirar-nos a serenidade da alma. Recorramos ao Sacramento da Penitência (Confissão) e à direção espiritual se, por não termos lutado suficientemente, a inquietação e o desassossego entrarem no nosso coração.
            A presença de Cristo no coração dos seus discípulos é a origem da verdadeira paz, que é riqueza e plenitude, e não simples tranquilidade ou ausência de dificuldades e de luta. São Paulo afirma que o próprio Cristo é a nossa paz (Ef 2,14); possuí-Lo e amá-Lo é a origem de toda a serenidade verdadeira.

Peçamos a Nossa Senhora, Rainha da Paz, que saibamos recorrer, com humildade, às fontes da paz: o Sacrário, a Confissão, a direção espiritual.