Nós nos sentimos honrados com o testemunho do casal Ana Lúcia e Proença, do Setor Petrópolis, que reproduzimos abaixo:
Estamos no Movimento das Equipes de Nossa Senhora há 26
anos. Mas conhecemos o Movimento há muito mais tempo. Meus pais foram
Equipistas durante muitos anos e como éramos vizinhos, sempre que havia reunião
na casa de meus pais, lá estávamos nós dois e nossos filhos para compartilhar o
jantar com eles. Não participávamos da Reunião, mas percebíamos o “quanto se
amavam”.
O convite para nossa entrada no Movimento veio em
decorrência da viagem Rio – Petrópolis que o Proença fez por muitos anos pelo
fato de morarmos em Petrópolis e ele trabalhar no Rio. Nosso primeiro contato
como ainda futuros Equipistas nos tocou e assim começamos nossa caminhada como
Equipistas. Fizemos questão de participar de todos os eventos que surgiam para
podermos nos formar e informar sobre o Movimento. Lemos vários documentos que
nos ajudaram a conhecer o Movimento, o Pe. Caffarel e sua santa
inspiração.Fomos a Mutirões, Encontros de Formação, participamos de Retiros,
participávamos das Missas Mensais. E, é claro, não perdíamos as Reuniões
Mensais e as Noites de Oração. Estávamos agora fazendo parte de um grupo que
também se amava e isto podia ser percebido nos pequenos e grandes gestos de
todos os nossos queridos irmãos da Equipe 16, Setor Petrópolis B, Região Rio
II. Sempre afirmamos que nossa vida espiritual pode ser dividida em 2 fases:
antes e depois de termos entrado nas Equipes de Nossa Senhora.
Participar do nosso primeiro EACRE como Casal Responsável de
nossa Equipe foi marcante. Conhecer novos irmãos, sermos acolhidos em suas
casas como se fôssemos velhos e queridos conhecidos, dividir experiências,
aprender e ensinar nossas vivências.
Sem que tivéssemos noção do que iria acontecer, um dia
recebemos a visita do Casal Responsável do Setor Petrópolis B. Foram a nossa
casa e nos convidaram para sermos o próximo Casal Responsável de Setor.
Surpresa, indagações, dúvidas, mas demos o nosso Sim a este chamado. Quantas
bênçãos recebidas. Muito trabalho, com certeza, mas o que aprendemos e
recebemos do Movimento, de novas amizades, de conhecermos mais profundamente a
beleza e o valor do Movimento das ENS não tem tamanho. Itaici foi significativo
para nós por vários motivos: diferentes pessoas, diferentes culturas,
diferentes sotaques. Aquele seria o último ano em que o Encontro Nacional das
Equipes de Nossa Senhora seria ali, neste lugar que exala espiritualidade, paz,
ensinamentos. O Movimento crescia e Itaici, apesar de sua grandeza, já não
comportaria todo o Brasil. Por uma destas coincidências da vida, sem
planejamentos, num almoço, quem seria nossa companheira de mesa: D. Nancy
Moncau. Verdadeira equipista, verdadeiro exemplo a ser seguido.
Logo depois deste encontro em Itaici, uma nova demonstração
deque quem é equipista nunca está sozinho. Estávamos em férias em Natal (Rio
Grande do Norte). Aproximando-se o domingo, procuramos informações sobre
horários de Missa, mas não conseguíamos obter. Em Itaici havíamos recebido um
Quadrante com os endereços de Equipistas de todo o Brasil. Sem saber bem
porquê, ao arrumar nossas malas, coloquei o Quadrante. Nesta época, não havia
internet e todas as suas comodidades. Mas existia no Quadrante o número do
telefone de Casais Responsáveis dos Setores de Natal. Conclusão, ligamos, fomos
tratados carinhosamente, fomos à Missa com estes nossos irmãos de fé. Vantagens
de sermos Equipistas. Temos irmãos nos 4 continentes.
E nossa caminhada continuava. Cada vez mais, sentíamos o
quanto era importante ser equipista e tentar seguir seus preceitos, suas
regras. E o mais importante: termos a certeza, o comprometimento e a obrigação
de fazermos santo o nosso companheiro. E cooperamos com a santificação de todos
os nossos irmãos de equipe.
Em 2000, nova experiência: Encontro Internacional em
Santiago de Compostela. Santiago de Compostela. porsi só, já é um lugar onde se
respira e se vive espiritualidade. Estar nesta cidade com tantos irmãos
Equipistas foi inesquecível. Palestras, encontros com diferentes línguas e
costumes, mas todos falando a língua universal do amor cristão e equipista.
Nossa próxima atividade marcante se deu em Correas. iríamos
acompanhar um grupo de Experiência Comunitária. Primeiro encontro. Não
conhecíamos nenhum dos casais. Todos muito mais jovens que nós. Ate um bebê
participou conosco. Não conheciam o Movimento, mas desde este primeiro contato
sentimos toda a espiritualidade que reinava por ali. Tivemos a certeza, desde
sempre, que com a ajuda de Pe. Gilson, ali estava uma equipe de Nossa Senhora
começando a se formar. Acabada a experiência, veio a Pilotagem. E lá ficamos nós,
com muito carinho, levando para este grupo todas as maravilhas de nosso
Movimento. Hoje, muito nos orgulhamos de “nossos filhos” queridos que vestiram
a camisa das ENS e disseram seu SIM, primeiro ao Movimento, formando a Equipe sob
a proteção de Nossa Senhora do Amor Divino, e, com o passar do tempo, ocupando
cargos de grande responsabilidade. Que Deus os abençoe e que continuem
difundindo as Equipes de Nossa Senhora.
No começo falei sobre meus pais e as ENS. A Equipe deles já
não existe mais. Entretanto, minha mãe, com 93 anos, pertence à Comunidade
Nossa Senhora da Esperança. É o Movimento se preocupando com as viúvas, com
todas as pessoas que querem se encontrar e conhecer mais a Deus em grupo, em
comunidade, em família!
Atualmente nossa participação nas atividades do Movimento
está mais restrita. Mas continuamos a rezar pelo Movimento, pelo seu
crescimento consciente.
Em Fátima, não nos inscrevemos como participantes do
Encontro. Sabemos o ritmo duro e agitado que sempre ocorre em todos estes
eventos. Mas estávamos lá, em Fátima, enquanto ocorria o encontro
Internacional. Nossa emoção começou quando estávamos chegando a Fátima; fomos
recepcionados por uma legião de Equipistas que paravam o tráfego para
atravessarem a rua indo talvez para a Via Sacra. Que emoção! Que beleza e que
grandeza ver todas aquelas camisas com o símbolo do encontro, ver tantas
camisas amarelas representando nosso Brasil. Não sei nem dizer ao certo quantas
vezes parei para conversar com Equipistas de todas as partes do mundo, nos identificando
como Equipistas, para dizermos que rezávamos por todos eles e pelos frutos de
mais um novo encontro internacional. Nem é preciso dizer que nossas conversas
rápidas acabavam sempre em um longo e carinhoso abraço. Mais uma vez
encontrando irmãos Equipistas nunca antes vistos mas unidos por um Deus
misericordioso.
Nesta caminhada, não podemos deixar de agradecer a todos os
sacerdotes que nos acompanharam e que nos acompanham ate hoje. Eles fazem parte
integrante e fundamental em nossas Equipes.
Obrigada a nossa Equipe de base, onde encontramos força e
persistência para continuarmos a caminhada. Que nunca percamos e Fé, a
Esperança e o Amor. Que Nossa Senhora sempre nos cubra com seu manto protetor,
que rezemos sempre, todos os dias pela causa de canonização de nosso fundador.
Que Cristo, centro e razão do nosso Movimento, esteja presente em nossas vidas.
Termino transcrevendo uma oração que achei por acaso, numa
Carta Mensal bem antiga, que recebi como herança de meus pais.
“Senhor, estamos reunidos para ouvirmos a orientação de
nosso Conselheiro Espiritual. Neste momento vamos saborear o jantar que nossos
amigos nos oferecem.Cristo está conosco e participa com alegria de nossa
reunião, por sentir a amizade que une os membros desta Equipe. Amém! “.
Não sei quando foi escrita, só sei quem é o autor: meu pai.
Então, esta oração deve ter sido escrita há mais de 40 anos. Entretanto, é
atual, verdadeira. Transmite amor, fé, união, valores que permanecem em todos
nós, Equipistas do século XXI. Vivamos e conservemos a unidade de nosso
Movimento para que ele ainda beneficie muitas gerações.
ANA LÚCIA e PROENÇA
Equipe 16 - Setor Petrópolis