domingo, 25 de novembro de 2018

REUNIÃO DO COLEGIADO PROVINCIAL



            Está acontecendo em Paraguaçu, MG, de 23 a 25/11, a reunião do Colegiado Provincial, formado pelos Casais Responsáveis de Região dos Estados do RJ, MG e ES.

            Como sabemos, os Casais Responsáveis de Setor, de Região, de Província e de Super-Região, constituem, para o exercício da sua responsabilidade, uma Equipe de serviço que assiste em forma de colegiado e responde por seus serviços às instâncias superiores.

             O encontro serve, portanto, para uma avaliação dos trabalhos do Movimento nas diversas Regiões da Província Leste, e bem assim, para a projeção dos trabalhos para 2019.

             Participa do encontro o nosso Casal Responsável da Região Rio II, Janete e Marco Antônio, à qual pertence o Setor Itaipava.

             Rezemos para que, no espírito de fraternidade e ajuda mútua, possa este encontro render muitos outros frutos no ano de 2019.

             Vejam algumas fotos:








terça-feira, 20 de novembro de 2018

BODAS DE PRATA






             O Setor Itaipava das Equipes de Nossa Senhora aproveita esta oportunidade para parabenizar o nosso Casal Responsável da Região Rio II, Janete e Marco Antônio, pelos 25 anos de Matrimônio.
  
                Queremos agradecer a Deus pela alegria de poder contar com vocês à frente da responsabilidade da nossa Região e, principalmente, pela fidelidade ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora.

               Que venham mais vinte e cinco anos de muitos outros frutos, além da Annelisa, do Emanuel e do netinho Antônio, e que nós, equipistas, possamos nos espelhar no exemplo de vocês que, sempre, aponta para Jesus.

                Que Nossa Senhora do Amor Divino permaneça intercedendo por este querido casal!

Parabéns, amigos!           

             

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

MISSA MENSAL DO SETOR ITAIPAVA



       No dia 18 de novembro de 2018, no Santuário de Nossa Senhora do Amor Divino, em Corrêas, foi celebrada a missa mensal das Equipes de Nossa Senhora do Setor Itaipava.

   A celebração foi presidida por Monsenhor Geraldo Policarpo, que é Sacerdote Conselheiro Espiritual da Equipe 13.

     Num clima de acolhimento, realizado pelo pároco no inicio da celebração e de muita espiritualidade a celebração foi  às famílias.

     O Movimento das Equipes de Nossa Senhora é um movimento católico para casais unidos através do Sacramento do Matrimônio e tem como carisma principal a santificação dos casais.

       Ao final da celebração, Mons. Geraldo, convidou os casais equipistas presentes a subirem ao altar e, junto com a comunidade cristã, rezou pelos casais e por suas famílias consagrando-os a Nossa Senhora do Amor Divino.

O PODEROSO FEZ EM MIM MARAVILHAS E SANTO É O SEU NOME!




sábado, 10 de novembro de 2018

TESTEMUNHO DE UM CASAL EQUIPISTA


   Nós nos sentimos honrados com o testemunho do casal Ana Lúcia e Proença, do Setor Petrópolis, que reproduzimos abaixo:





   Estamos no Movimento das Equipes de Nossa Senhora há 26 anos. Mas conhecemos o Movimento há muito mais tempo. Meus pais foram Equipistas durante muitos anos e como éramos vizinhos, sempre que havia reunião na casa de meus pais, lá estávamos nós dois e nossos filhos para compartilhar o jantar com eles. Não participávamos da Reunião, mas percebíamos o “quanto se amavam”.

   O convite para nossa entrada no Movimento veio em decorrência da viagem Rio – Petrópolis que o Proença fez por muitos anos pelo fato de morarmos em Petrópolis e ele trabalhar no Rio. Nosso primeiro contato como ainda futuros Equipistas nos tocou e assim começamos nossa caminhada como Equipistas. Fizemos questão de participar de todos os eventos que surgiam para podermos nos formar e informar sobre o Movimento. Lemos vários documentos que nos ajudaram a conhecer o Movimento, o Pe. Caffarel e sua santa inspiração.Fomos a Mutirões, Encontros de Formação, participamos de Retiros, participávamos das Missas Mensais. E, é claro, não perdíamos as Reuniões Mensais e as Noites de Oração. Estávamos agora fazendo parte de um grupo que também se amava e isto podia ser percebido nos pequenos e grandes gestos de todos os nossos queridos irmãos da Equipe 16, Setor Petrópolis B, Região Rio II. Sempre afirmamos que nossa vida espiritual pode ser dividida em 2 fases: antes e depois de termos entrado nas Equipes de Nossa Senhora.

   Participar do nosso primeiro EACRE como Casal Responsável de nossa Equipe foi marcante. Conhecer novos irmãos, sermos acolhidos em suas casas como se fôssemos velhos e queridos conhecidos, dividir experiências, aprender e ensinar nossas vivências.

   Sem que tivéssemos noção do que iria acontecer, um dia recebemos a visita do Casal Responsável do Setor Petrópolis B. Foram a nossa casa e nos convidaram para sermos o próximo Casal Responsável de Setor. Surpresa, indagações, dúvidas, mas demos o nosso Sim a este chamado. Quantas bênçãos recebidas. Muito trabalho, com certeza, mas o que aprendemos e recebemos do Movimento, de novas amizades, de conhecermos mais profundamente a beleza e o valor do Movimento das ENS não tem tamanho. Itaici foi significativo para nós por vários motivos: diferentes pessoas, diferentes culturas, diferentes sotaques. Aquele seria o último ano em que o Encontro Nacional das Equipes de Nossa Senhora seria ali, neste lugar que exala espiritualidade, paz, ensinamentos. O Movimento crescia e Itaici, apesar de sua grandeza, já não comportaria todo o Brasil. Por uma destas coincidências da vida, sem planejamentos, num almoço, quem seria nossa companheira de mesa: D. Nancy Moncau. Verdadeira equipista, verdadeiro exemplo a ser seguido.

   Logo depois deste encontro em Itaici, uma nova demonstração deque quem é equipista nunca está sozinho. Estávamos em férias em Natal (Rio Grande do Norte). Aproximando-se o domingo, procuramos informações sobre horários de Missa, mas não conseguíamos obter. Em Itaici havíamos recebido um Quadrante com os endereços de Equipistas de todo o Brasil. Sem saber bem porquê, ao arrumar nossas malas, coloquei o Quadrante. Nesta época, não havia internet e todas as suas comodidades. Mas existia no Quadrante o número do telefone de Casais Responsáveis dos Setores de Natal. Conclusão, ligamos, fomos tratados carinhosamente, fomos à Missa com estes nossos irmãos de fé. Vantagens de sermos Equipistas. Temos irmãos nos 4 continentes. 

   E nossa caminhada continuava. Cada vez mais, sentíamos o quanto era importante ser equipista e tentar seguir seus preceitos, suas regras. E o mais importante: termos a certeza, o comprometimento e a obrigação de fazermos santo o nosso companheiro. E cooperamos com a santificação de todos os nossos irmãos de equipe.

   Em 2000, nova experiência: Encontro Internacional em Santiago de Compostela. Santiago de Compostela. porsi só, já é um lugar onde se respira e se vive espiritualidade. Estar nesta cidade com tantos irmãos Equipistas foi inesquecível. Palestras, encontros com diferentes línguas e costumes, mas todos falando a língua universal do amor cristão e equipista.

   Nossa próxima atividade marcante se deu em Correas. iríamos acompanhar um grupo de Experiência Comunitária. Primeiro encontro. Não conhecíamos nenhum dos casais. Todos muito mais jovens que nós. Ate um bebê participou conosco. Não conheciam o Movimento, mas desde este primeiro contato sentimos toda a espiritualidade que reinava por ali. Tivemos a certeza, desde sempre, que com a ajuda de Pe. Gilson, ali estava uma equipe de Nossa Senhora começando a se formar. Acabada a experiência, veio a Pilotagem. E lá ficamos nós, com muito carinho, levando para este grupo todas as maravilhas de nosso Movimento. Hoje, muito nos orgulhamos de “nossos filhos” queridos que vestiram a camisa das ENS e disseram seu SIM, primeiro ao Movimento, formando a Equipe sob a proteção de Nossa Senhora do Amor Divino, e, com o passar do tempo, ocupando cargos de grande responsabilidade. Que Deus os abençoe e que continuem difundindo as Equipes de Nossa Senhora.

   No começo falei sobre meus pais e as ENS. A Equipe deles já não existe mais. Entretanto, minha mãe, com 93 anos, pertence à Comunidade Nossa Senhora da Esperança. É o Movimento se preocupando com as viúvas, com todas as pessoas que querem se encontrar e conhecer mais a Deus em grupo, em comunidade, em família!

   Atualmente nossa participação nas atividades do Movimento está mais restrita. Mas continuamos a rezar pelo Movimento, pelo seu crescimento consciente.

   Em Fátima, não nos inscrevemos como participantes do Encontro. Sabemos o ritmo duro e agitado que sempre ocorre em todos estes eventos. Mas estávamos lá, em Fátima, enquanto ocorria o encontro Internacional. Nossa emoção começou quando estávamos chegando a Fátima; fomos recepcionados por uma legião de Equipistas que paravam o tráfego para atravessarem a rua indo talvez para a Via Sacra. Que emoção! Que beleza e que grandeza ver todas aquelas camisas com o símbolo do encontro, ver tantas camisas amarelas representando nosso Brasil. Não sei nem dizer ao certo quantas vezes parei para conversar com Equipistas de todas as partes do mundo, nos identificando como Equipistas, para dizermos que rezávamos por todos eles e pelos frutos de mais um novo encontro internacional. Nem é preciso dizer que nossas conversas rápidas acabavam sempre em um longo e carinhoso abraço. Mais uma vez encontrando irmãos Equipistas nunca antes vistos mas unidos por um Deus misericordioso.

   Nesta caminhada, não podemos deixar de agradecer a todos os sacerdotes que nos acompanharam e que nos acompanham ate hoje. Eles fazem parte integrante e fundamental em nossas Equipes.

   Obrigada a nossa Equipe de base, onde encontramos força e persistência para continuarmos a caminhada. Que nunca percamos e Fé, a Esperança e o Amor. Que Nossa Senhora sempre nos cubra com seu manto protetor, que rezemos sempre, todos os dias pela causa de canonização de nosso fundador. Que Cristo, centro e razão do nosso Movimento, esteja presente em nossas vidas.

   Termino transcrevendo uma oração que achei por acaso, numa Carta Mensal bem antiga, que recebi como herança de meus pais.

“Senhor, estamos reunidos para ouvirmos a orientação de nosso Conselheiro Espiritual. Neste momento vamos saborear o jantar que nossos amigos nos oferecem.Cristo está conosco e participa com alegria de nossa reunião, por sentir a amizade que une os membros desta Equipe. Amém! “.

   Não sei quando foi escrita, só sei quem é o autor: meu pai. Então, esta oração deve ter sido escrita há mais de 40 anos. Entretanto, é atual, verdadeira. Transmite amor, fé, união, valores que permanecem em todos nós, Equipistas do século XXI. Vivamos e conservemos a unidade de nosso Movimento para que ele ainda beneficie muitas gerações.


ANA LÚCIA e PROENÇA
Equipe 16 - Setor Petrópolis




quinta-feira, 1 de novembro de 2018

TESTEMUNHO DO RETIRO ESPIRITUAL




“Fomos convidados a participar do Retiro das Equipes de Nossa Senhora, nos dias 27 e 28 de Outubro, no Convento Madre Regina, em Petrópolis.

 Um dia e meio apenas, mas parecia uma eternidade de conhecimentos e aprendizagem.
  
 Maravilhosa equipe de trabalho, excelente organização e palestrante nota mil.

        PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO para as Equipes de Nossa Senhora, mas principalmente PONTOS CONCRETOS para toda a VIDA.”

ANA PAULA E LUIZ CARLOS BRUNO
Equipe 02 - Nossa Senhora do Amor Divino
SETOR ITAIPAVA



RETIRO DAS ENS SETORES PETRÓPOLIS OESTE E ITAIPAVA


"O RETIRO COMEÇA AGORA!"

(Frei Arthur Vianna Ferreira)





            Nos dias 27 e 28 de outubro ocorreu no Convento Madre Regina o retiro dos equipistas que integram os setores Petrópolis Oeste e Itaipava, da Região Rio II.

            Os Retiros não devem ser entendido apenas como “um PCE a ser cumprido" mas como um tempo privilegiado de deserto, um tempo para que tenhamos uma forte experiência de Deus, e uma oportunidade de avançarmos em nosso caminho de santificação.” (O Retiro nas Equipes de Nossa Senhora, pág. 5)

            O Retiro é um tempo “de jejum de palavras para ser fartura de escuta da voz de Deus, que fala no silêncio”. (Pe. Frei Avelino Pértile OCD, citado em O Retiro nas Equipes de Nossa Senhora, pág. 5)

            O pregador foi o Frei Agostiniano Arthur Vianna Ferreira, SCE das ENS e grande incentivador do Movimento. Ele centrou a condução dos trabalhos em momentos de palestras e dinâmicas de reflexão em casal.

             As intervenções na sala de palestras giraram em torno do tripé AUTODOMÍNIO, CONFIANÇA E MISERICÓRDIA, como virtudes a serem buscadas por todo equipista.

            As dinâmicas de reflexão em casal compreenderam a leitura de textos bíblicos, procurando, cada qual, a inserção da realidade de sua vida nos ensinamentos de Jesus.

            Tivemos o momento do terço e da procissão em honra à Nossa Senhora, tudo ornamentado pelas flores e pelo extremo cuidado do Convento Madre Regina que muito nos ajudaram a, de fato, estarmos mais perto de Deus.

            Ao final, Frei Arthur nos entregou outros textos para reflexão durante os próximos meses, alertando-nos com uma frase que permanecerá em nossos corações:
      
“O Retiro começa agora!”

            Nosso agradecimento aos casais que prepararam este momento com tanto carinho, sendo o nosso desejo que Deus muito os recompense.

            Abaixo, as fotos de alguns momentos vividos por nós:



























sábado, 20 de outubro de 2018

ANIVERSÁRIO DA EQUIPE 16 - NOSSA SENHORA DO AMPARO


Aniversário da Equipe Nossa Senhora do Amparo

                            O Movimento das Equipes de Nossa Senhora está em festa! A Equipe 16 - Nossa Senhora do Amparo, do Setor Petrópolis Leste, completou 41 anos de vida.

                            Ninguém melhor para contar a história dessa Equipe do que eles próprios, neste texto preparado para a celebração do aniversário:

“No dia 08 de outubro de 2018, a Equipe 16, sob a proteção de Nossa Senhora do Amparo comemorou 41 anos. É com grande alegria que estamos aqui reunidos para comemorarmos, juntos, como amigos e irmãos.

Joeusa e Gualter, Janina e Salvador, Lúcia e seu querido Antônio, bem longe de nós, mas celebrando conosco, bem pertinho de Deus, são os casais fundadores. Silvia e Ronaldo, Casal Piloto da Equipe que estava dando seu SIM ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora, lhes transmitiu as belezas profundas do Movimento e suas diretrizes.

Os outros casais fundadores tomaram novos rumos, pois não se adaptaram às ENS. Novos casais foram convidados. Claudio e Antônio iam para o Rio no mesmo ônibus. Antônio falou com Claudio sobre o Movimento e Sonia e Claudio a ele aderiram. Sonia e Claudio introduzem Lucy e Fadini na 16. Equipistas no Rio e aqui. Grande amor ao Movimento. 

Fernando e Sonia, nossa irmãzinha querida, sempre presente em nossos pensamentos e orações e, também lá de cima, rezando por nós e conosco, receberam o convite de Joeusa e Gualter. Ana Lúcia e Proença são convidados por Fadini e Lucy. Mais uma vez os ônibus Rio-Petrópolis, que levavam Proença e Fadini para Furnas, auxiliam para que mais um casal seja convidado para a 16.

Uma festa de casamento da filha de uma amiga da Flavia e da Cinthia, foi a responsável pela entrada do mais novo casal da 16. Há alguns anos, Padre Montezano é nosso querido, prestativo, disponível, conciso e preciso Conselheiro Espiritual. Caminhos diferentes, entrelaçados e criados pelas mãos de Deus.

Janete e Marco Antonio, Casal Responsável da nossa Região também comemorando conosco. Que alegria! Nossos queridos “filhos” Equipistas, que, amando o Movimento, como Maria, souberam dar o seu “sim” para este árduo e necessário serviço no Movimento. Que Nossa Senhora do Amparo responda sempre aos seus pedidos. Que Deus os cumule de graças!

Nestes 41 anos tivemos a oportunidade de perceber de perto a ação divina no meio de nós. Realmente, reduzidos a nós mesmos, somos pouca coisa: somos humanidade, somos a Igreja antes de Pentecostes. Mas, quando e Espírito de Deus se move em nós, acontecem maravilhas.

Rezemos pela Equipe 16, NOSSA SENHORA DO AMPARO”

                            Reunidos no melhor espírito de fraternidade, celebraram esta rica caminhada de fé, agradecendo a Deus as vitórias alcançadas, os desafios vencidos, o crescimento dos filhos e, também, o consolo divino nos momentos mais difíceis, especialmente na partida de seus entes queridos.

                            São eles, nossos queridos irmãos equipistas, cristãos chamados a seguir o Cristo no caminho do amor, da felicidade e da santidade, e, por isso, nos alegramos com eles.

                            Que nós, casais equipistas do Setor Itaipava, fiquemos atentos a esta linda e histórica caminhada dos irmãos da Equipe aniversariante, farol para nossos passos.
                            Como mencionaram Janina e Salvador, na celebração de aniversário: 
“É maravilhoso saber que caminhamos de mãos dadas todos esses anos...”

 Parabéns, queridos!

Viva a Equipe 16 - Nossa Senhora do Amparo!!!











domingo, 7 de outubro de 2018

HOMILIA DOMINICAL


XXVII DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO B
(07/10/2018)



FUTURO DA HUMANIDADE






      As leituras bíblicas deste domingo levam à reflexão sobre o tema da família.

     No Antigo Testamento, em Gn 2,18-24, lê-se que Deus faz desfilar perante o homem “todos os animais dos campos e todas as aves do céu”, para que desse o nome a cada um deles e visse se entre eles encontrava “uma auxiliar semelhante a ele.”

     Adão põe o nome a cada um dos animais, mas nenhum deles satisfaz a sua necessidade de companhia e amor.

       Então diz o Senhor Deus: “Não é bom que o homem esteja só. Vou dar-lhe uma auxiliar semelhante a ele.” E Deus cria a mulher e quando esta é apresentada ao homem, este prorrompe numa exclamação de alegria, reconhecendo nela a companheira ideal: “Desta vez, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne!” O texto termina por afirmar: “Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne.” A indissolubilidade do matrimônio encontra nestas palavras o seu fundamento, a sua razão de ser profunda e sagrada.

      O Evangelho (Mc 10, 2-16) apresenta os fariseus que se aproximam de Jesus para tentá-Lo, para fazê-Lo entrar em conflito com a Lei de Moisés. Perguntam a Jesus se era lícito ao marido repudiar a sua mulher. Jesus retoma o texto de Gn 2 (citado acima) e declara que o casamento é indissolúvel; isto desde a origem, conforme fora instituído por Deus, no princípio da criação.

     Diz Jesus: Quem repudia sua mulher e se casa com outra comete adultério contra a primeira (Mc 10,11). Não há por que duvidar: Jesus com essas palavras exclui precisamente aquilo que nós chamamos de divórcio.

     O divórcio! Não falar disso, neste caso, somente porque o assunto se tornou melindroso, seria fugir do Evangelho. Terríveis são os males do divórcio jurídico: mulheres condenadas à solidão, filhos destruídos psicologicamente pela escolha penosa que devem fazer entre a própria mãe e o próprio pai. Conheço crianças nesta situação; depois que vi seus olhos, não preciso ouvir mais conferências sobre os males do divórcio: os vi todos estampados naqueles olhos de passarinho ferido.

     “O homem não separe” significa sim: a lei humana não separe; mas significa também, e antes de tudo: o marido não separe a mulher de si; a mulher não separe de si o marido.
Jesus lembra a unidade: “… e os dois formarão uma só carne.” (Mc. 10,8), isto é, quase uma só pessoa, com a concórdia nos mesmos projetos e sentimentos; implicitamente inculca a construir sobre a unidade e renová-la cada dia. Como? Procurando resolver logo que surgem os problemas, as incompreensões, as friezas. Depois a confiança recíproca; esta é como um lubrificante; falar, comunicar as próprias dificuldades e também tentações. Enquanto há confiança recíproca, o divórcio fica longe.

     Devemos nos convencer de que tudo isto não basta e que são necessários os meios espirituais: sacrifício e oração. Se o matrimônio encontra tanta dificuldade de se manter unido, é porque enfraqueceu o espírito de sacrifício e se quer só receber do outro antes de dar ao outro.

     A dignidade do matrimônio e a sua estabilidade é um dos temas que mais importa defender e fazer com que muitos compreendam. Pois, a saúde moral dos povos está ligada ao bom estado do matrimônio. Quando este se corrompe, podemos afirmar que a sociedade está doente, gravemente doente.

     Por isso, todos temos que rezar e velar pelas famílias com tanta urgência!

     Os que se casam iniciam juntos uma vida nova que devem percorrer na companhia de Deus. É o próprio Senhor que os chama para que cheguem a Ele por esse caminho, pois o matrimônio é uma autêntica vocação sobrenatural. Sacramento grande em Cristo e na Igreja (Ef. 5,32), diz São Paulo; sinal sagrado que santifica, ação de Jesus que se apossa da alma dos que se casam e os convida a segui-Lo, transformando toda a vida matrimonial num caminhar divino sobre a terra.

     Não esqueçamos que a primeira coisa que o Messias quis santificar foi um lar. O primeiro milagre que Jesus fez foi no Casamento, em Caná da Galiléia(Jo 2, 1-11). E que é precisamente nas famílias alegres, generosas, cristãmente sóbrias, que nascem as vocações para a entrega plena a Deus na virgindade ou no celibato. Todas elas representam um dom que Deus concede muitas vezes aos pais que rezam pelos filhos de todo o coração e com constância.

     Que as famílias possam manter-se fiéis à sua vocação em cada época da vida, “na alegria e no sofrimento, na saúde e na doença”, como prometeram no rito sacramental. Conscientes da graça recebida, possam os cônjuges cristãos construir uma família aberta à vida e capaz de enfrentar unida os numerosos e complexos desafios deste nosso tempo. Hoje, há particularmente necessidade do seu testemunho. Há necessidade de famílias que não se deixem arrastar pelas modernas correntes culturais inspiradas no hedonismo e no relativismo, e estejam prontas a realizar com generosa dedicação a sua missão na Igreja e na sociedade

     A família, tal como Deus a quis, é o lugar idôneo para tornar-se, com o amor e o bom exemplo dos pais, dos irmãos e dos outros membros do círculo familiar, uma verdadeira escola de virtudes em que os filhos se formem para serem bons cidadãos e bons filhos de Deus. É no meio da família firmemente voltada para Deus que cada um pode encontrar a sua própria vocação, aquela a que Deus o chama.

    Numa época, em que muitos procuram destruir ou desfigurar a família, é urgente proclamar o Plano de Deus sobre o Matrimônio e a Família. Não é uma norma da Igreja, é Plano de Deus, reafirmado por Cristo.

      A Missão dos pais é repetir o gesto das mães israelitas: levar seus filhos a Jesus, para que, abençoados por Ele e crescendo na sua escola, conservem a inocência e sejam um dia recebidos no reino dos Céus, preparado para eles.

    O Documento de Aparecida diz: “Cremos que a família é imagem de Deus que em seu mistério mais íntimo não é uma solidão, mas uma família. Na comunhão de amor das Três Pessoas Divinas, nossas famílias têm sua origem, seu modelo perfeito, sua motivação mais bela e seu último destino” (434).

     Na resposta aos fariseus, jesus acrescentou: “... Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!”( Mc 10, 8-9 ). É este o projeto originário de Deus, como recordou também o Concílio Vaticano ll, na Constituição Gaudium et Spes: “A íntima comunidade conjugal de vida e amor foi fundada e dotada de leis próprias pelo Criador; baseia-se na aliança dos cônjuges... o próprio Deus é o autor do Matrimônio” ( n. 48 ).

    Na Exortação Apostólica FamiliarisConsortio, São João Paulo ll escreveu que o “Sacramento do Matrimônio constitui os cônjuges e os pais cristãos testemunhas de Cristo “até aos confins do mundo”, verdadeiros e próprios “missionários” do amor e da vida” (cf. n. 54 ). Esta missão é direta quer no interior da família – especialmente no serviço recíproco e na educação dos filhos – quer no exterior: de fato, a comunidade doméstica está chamada a ser sinal do amor de Deus para com todos. Trata-se de uma missão que a família cristã só pode realizar se estiver amparada pela Graça divina. Por isto é necessário rezar incessantemente e perseverar no esforço quotidiano para manter os compromissos assumidos no dia do Matrimônio.

      A família é insubstituível para a serenidade pessoal e para a educação dos filhos.

    A família é um dos tesouros mais importantes dos povos, é patrimônio da humanidade inteira. “O futuro da humanidade passa pela família” (São João Paulo II).

A HOMILIA DOMINICAL é semanalmente encaminhada ao blog pelo nosso querido Monsenhor José Maria Pereira, grande incentivador do Movimento das Equipes de Nossa Senhora e a quem agradecemos a pesquisa e o envio do texto).


MONSENHOR JOSÉ MARIA PEREIRA
SCE da Região RIO II

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

HOMILIA DOMINICAL

XXVI DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO B
(30/09/2018)




MISSÃO DE TODOS




O Evangelho (Mc 9,38-48), relata-nos que João aproximou-se de Jesus para dizer-lhe que tinham visto uma pessoa que expulsava os demônios em nome d’Ele. Como não era do grupo que acompanhava o Mestre, tinham-no proibido de fazê-lo.Jesus respondeu-lhes:”Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. Estão com ciúme! Jesus reprova a intransigência e a mentalidade exclusivista e estreita dos discípulos, e abri-lhes o horizonte e o coração para um apostolado universal, variado e diversificado.

Diz Jesus: “Quem não é contra nós é a nosso favor.” E, para testemunhar que tudo aquilo que se faz em Seu nome tem sempre algum merecimento, acrescenta: “Se alguém vos der a beber um copo de água, porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa.” A mais insignificante obra de misericórdia feita por amor a Cristo terá a recompensa, ainda que seja feita por alguém que ainda não pertence à comunidade. E, se é feita em favor dos irmãos ou de quem, na Igreja, é representante do Senhor, Ele aceitará e recompensará como se fosse feita a Si mesmo (Mt 10, 40-42).

Vale a pena destacar e refletir mais no Evangelho de hoje: Um fulano que não era um dos seguidores de Jesus, e tinha expulso demônios no seu nome. O apóstolo João, jovem e zeloso como era, queria impedi-lo, mas Jesus não permitiu que João impedisse o fulano de expulsar demônios e, aliás, inspira-se naquela ocasião para ensinar aos seus discípulos que Deus pode realizar coisas boas e até prodigiosas, mesmo fora do seu círculo, e que se pode colaborar para a causa do Reino de Deus de vários modos, também oferecendo um simples copo de água a um missionário ( Mc 9, 41 ). A este propósito, Santo Agostinho escreve: “Como na Católica  -- ou seja, na Igreja – é possível encontrar o que não é católico, assim fora da Católica pode existir algo de católico” ( Agostinho, Sobre o batismo contra os donatistas: PL 43, Vll, 39, 77 ). Por isso, os membros da Igreja não devem ter inveja, mas alegrar-se se alguém fora da comunidade realiza o bem em nome de Cristo, contanto que o faça com intenção reta e com respeito. Também no interior da própria Igreja, às vezes pode acontecer que haja dificuldade de valorizar e apreciar, num espírito de profunda comunhão, as coisas boas realizadas pelas várias realidades eclesiais. No entanto, todos nós devemos ser sempre capazes de nos apreciarmos e estimarmos reciprocamente, louvando o Senhor pela “fantasia” infinita com que Ele age na Igreja e no mundo.

Quem vos der a beber um copo de água porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa, disse Jesus. O valor e o mérito das obras boas está principalmente no amor a Deus com que se realizam: “Um pequeno ato, feito por Amor, quanto não vale!” (Caminho, 814). Deus recompensa, sobretudo, as ações de serviço aos outros, por pequenas que pareçam: “Vês esse copo de água ou esse pedaço de pão que uma mão caritativa dá a um pobre por amor de Deus? Pouca coisa é na realidade e quase não estimável para o juízo humano; mas Deus recompensa-o e concede imediatamente por isso aumento a caridade” (Tratado do amor de Deus, livro 3, cap. 2).

Jesus, depois de ter ensinado a obrigação de evitar o escândalo aos outros, coloca agora as bases da doutrina moral cristã sobre a ocasião de pecado; a doutrina do Senhor é imperiosa: o homem está obrigado a afastar e evitar a ocasião próxima de pecado, como o próprio pecado, segundo o que já tinha dito Deus no Antigo Testamento: “Que ama o perigo nele cairá” (Eclo 3, 27). O bem eterno da nossa alma é superior a qualquer estima de bens temporais. Portanto, tudo aquilo que nos põe em perigo próximo de pecado deve ser cortado e arrancado de nós. Esta forma de falar – tão gráfica- do Senhor deixa bem claro a gravidade dessa situação.

Nós, cristãos, não temos mentalidade de partido único, de quem condena formas apostólicas diferentes daquelas que, por formação e modo de ser, se sente chamado a realizar. A única condição -- dentro da grande variedade de modos de levar Cristo às almas – é a unidade no essencial, naquilo que pertence ao núcleo fundamental da Igreja.

Quais os critérios para discernirmos se uma determinada associação mantém a comunhão com a Igreja? Entre os critérios, diz o São João Paulo II, encontra-se a primazia que se deve dar à vocação de cada cristão para a santidade, que tem como fruto principal a plenitude de vida cristã e a perfeição da caridade. Neste sentido, as associações de leigos estão chamadas a ser instrumento de santidade na Igreja.

Outro critério apontado pelo Papa é o apostolado, que deve antes de mais nada proclamar a verdade sobre Cristo, sobre a Igreja e sobre o homem, em filial obediência ao Magistério da Igreja que a interpreta autenticamente. Trata-se de uma participação no fim sobrenatural da Igreja, que tem como objetivo a salvação de todos os homens. Todos os cristãos participam desse único fim missionário.

Se somos cristãos verdadeiros, embora às vezes sejamos muito diferentes uns dos outros, nos sentiremos comprometidos a levar para Deus a sociedade em que vivemos e da qual fazemos parte. E nos será fácil aceitar modos de ser e de atuar bem diferentes dos nossos. Como nos alegramos de que o Senhor seja anunciado de formas tão diversas! Isto é o que realmente importa: que Cristo seja conhecido e amado.

O Evangelho (Boa Nova) deve chegar a todos os cantos da terra! E para o cumprimento desta tarefa, o Senhor conta com a colaboração de todos: homens e mulheres, sacerdotes e leigos, jovens e anciãos, solteiros e casados, religiosos… conforme tenham sido chamados por Deus, com iniciativas que nascem da riqueza da inteligência humana e do impulso sempre novo do Espírito Santo.

Todo cristão é chamado a dilatar o Reino de Cristo, e qualquer circunstância é boa para levar a cabo essa tarefa. Diz o Concílio Vaticano II: “onde quer que o Senhor abra uma porta à palavra para proclamar o mistério de Cristo a todos os homens, anuncie-se com confiança e sem cessar o Deus vivo e Jesus Cristo, enviado por Ele para a salvação de todos” (Decreto Ad Gentes,13).

“Conservemos a doce e reconfortante alegria de evangelizar, mesmo quando temos de semear entre lágrimas” (Papa Paulo VI, EvangeliiNuntiandi).

Nós, que recebemos o dom da fé, sentimos a necessidade de comunicá-la aos outros, fazendo-os participar do grande achado da nossa vida. Esta missão como se vê na vida dos primeiros cristãos, não é da competência exclusiva dos pastores de almas, mas tarefa de todos, de cada um segundo as suas circunstâncias particulares e a chamada que recebeu do Senhor.

É nesta direção que o Doc. de Aparecida nos aponta: “Conhecer a Jesus Cristo pela fé é nossa alegria; segui-Lo é uma graça, e transmitir este tesouro aos demais é uma tarefa que o Senhor nos confiou ao nos chamar e nos escolher” (A,18).

Celebramos hoje o DIA DA BÍBLIA.

A Palavra de Deus sempre nos oferece uma luz para as mais diversas situações de nossa vida. “Por isso, como discípulos e missionários de Jesus, queremos e devemos proclamar o Evangelho, que é o próprio Cristo. Os cristãos somos portadores de boas novas para a humanidade, não profetas de desventuras” (Doc. de Aparecida,30).

Inspirados na mensagem do Evangelho, por intercessão de Maria Santíssima, oremos para que saibamos alegrar-nos por cada gesto e iniciativa de bem, sem inveja nem ciúmes, utilizando sabiamente os bens terrenos na busca contínua dos bens eternos.


MONSENHOR JOSÉ MARIA PEREIRAI
SCE Região Rio II